O festival de Cannes entra em sua segunda (e última) semana, com artistas e beldades desfilando para gáudio dos paparazzo e da imprensa especializada. Criado em 1939 e anulada pela II Guerra, a primeira edição do Festival aconteceu somente em 1946 e logo se tornou o lugar para ver e ser visto por amantes da sétima arte. É um misto de festival de filmes cult com espírito de revista de fofocas, mas gente como Steven Soderbergh (com Sexo, Mentiras e Videotapes), Quentin Tarantino (com Pulp Fiction),  Bahz Luhrman (com Vem Dançar Comigo) e Lars Von Trier, devem muito de suas carreiras a ele. E uma das características mais legais é que sempre tem a “musa” informal da festa.

Em 1953, quem dominou Cannes foi a belíssima Brigitte Bardot, então com apenas 19 aninhos. A menina, modelo da revista Elle e aspirante a dançarina, encantou todo mundo com seu belíssimo corpo e sorriso matador e, três anos depois, voltou triunfante ao festival, já famosa, com o filme E Deus Criou a Mulher de Roger Vadin, então seu marido. Loira e ainda bonita, é um dos grandes símbolos da era clássica do balneário francês.
A italiana Sophia Loren era outra figurinha constante do festival nos anos 1950 até que em 1961 ganhou o prêmio de melhor atriz por sua performance como uma mãe que tenta proteger a filha na II Guerra na Itália no belíssimo drama, dirigido por Vittorio de Sicca, Duas Mulheres.
A peituda Jayne Mansfield, ex-playmate e primeira atriz premiada (com Globo de Ouro) a aparecer nua em um filme, causou furor em 1964, quando resolveu brincar só de biquini em uma fonte de Cannes. Obviamente que uma legião de fotógrafos estava lá para registrar o momento. Uma curiosidade: a atriz Mariska Hargetay do seriado Law and Order – Special Victims Unit é filha de Mansfield, mas não herdou em as formas abundantes, nem a sensualidade da mãe.
Você pode nunca ter ouvido falar nela, mas com certeza já ouviu Jane Birkin, uma das atrizes e cantoras mais lindas do mundo, meio que cantar. Ela encantou Cannes ao lado de seu mentor e segundo marido,  o feião Serge Gainsbourg em 1969. Birkin, que já havia sido casada com John Barry, o cara que musicou os filmes de James Bond de 60 a 80, se apaixonou por Gainsbourg e os dois presentearam o mundo com a nauseabunda canção Je t’aime…moi non plus. Sim, era ela que sussurava e tinha orgasmos na canção.
A ciência ainda vai explicar como a atriz Nastassja Kinski pode ser filha de um dos caras mais horrorosos do mundo, o polonês Klaus Kinski (de Fitzcarraldo). Com apenas 18 anos, a gatíssima atriz levou um Globo de Ouro e encantou o pessoal de Cannes, com seu trabalho em Tess de Roman Polanksi (outro carinha feio pacas e de muito bom gosto para mulheres). Kinski, a menina, voltou depois em 1984, com o mega cult e emblemático Paris Texas de Wim Wenders.]
E não podemos esquecer da bela Natalie Portman, que provou ser deslumbrante até mesmo sem cabelo, quando desfilou pelo tapete vermelho em 2005, careca, graças à sua (ótima, diga-se de passagem) performance em V de Vingança.

Agora de todas as musas que Cannes já teve (e olha que até Madonna já passou por lá), nada mais interessante que a “modelo” Simone Silva. Em 1954, ela foi escolhida “Miss Festival” e fez questão de posar para uma foto junto do ator norteamericano Robert Mitchum. Na hora de posar, a moça quis mostrar dois de seus maiores atributos para surpresa de Mitchum (que não quis por a mão) e do fotógrafo que, no afã de não perder a cena, caiu e quebrou o pulso e uma perna. Ela foi expulsa de Cannes.