quinta-feira, 30 de abril de 2009

Confira nove motivos para invejar o Ronaldo

Publicado no Terra em abril de 2009
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Quando o Corinthians anunciou Ronaldinho como titular para 2009, criou-se todo tipo de rumor e conversa de botequim em torno do mesmo assunto: estaria ele acabado ou não? Apesar de ser um bom não-corintiano, meu único pensamento foi: este será um campeonato divertido.

A apenas um jogo do título paulista, Ronaldo conseguiu mostrar a todos que ainda ostenta o apelido que o acompanha desde o Milan. Ele é um fenômeno. E mesmo que São Jorge durma no ponto e o Santos reaja, ainda assim, vamos invejar o craque. Em homenagem ao camisa 9, aqui vão nove razões para isso:

1. Ele voltou para um dos times mais populares do Brasil
É o mais perfeito exemplo de negociação ganha-ganha da história do futebol. De um lado, o então "decadente" jogador com a chance de brilhar para a torcida mais fiel e rigorosa do país. Do outro, um time recém-saído da segunda divisão que precisava chegar ao topo de novo. Deu no que deu.

2. Ele conseguiu fazer um clássico ter um resultado bizarro
Aos 47 minutos do segundo tempo, Ronaldo destruiu os sonhos de todos os palmeirenses (eu incluso) e empatar o maior clássico deste ano. E ainda quebrou o alambrado e foi perdoado por isso.

3. Já cantaram sua aposentadoria várias vezes
Quantas vezes já decretaram o fim do Fenômeno? Quando ele sofreu uma contusão em 2000? Quando teve a crise na Copa da França? Ou quando voltou agora bem acima do peso? E em todas as vezes ele deu a volta por cima e retornou como astro.

4. Ele pode estar gordo, mas corre muito
O cara está se esforçando para recuperar a forma física de anos atrás, mas mesmo bem acima do peso consegue disparar com a bola e desesperar qualquer defesa. Ou ainda calar a boca de diretor de time adversário.

5. Ele tem um patrimônio estimado de US$250 milhões
Aos 32 anos, ele já garantiu o futuro dele, da família, dos filhos, das ex-esposas, dos vizinhos, dos primos de terceiro grau e assim por diante.

6. Ele é o maior artilheiro da história das Copas do Mundo
Fez 15 gols em quatro copas batendo a marca do alemão Gerd Müller e também é o segundo maior artilheiro da Seleção Brasileira com 73 gols em 112 partidas (só perdendo para Pelé).

7. Ele já foi melhor jogador do mundo pela FIFA por três vezes
E na primeira vez, em 1996, com apenas 20 anos de idade, o que o faz craque de mais tenra idade a ter a honraria.

8. Ele só namora gatas
Quer a lista? Tem Cicarelli, Milene, Suzana Werner, Fabiana Andrade, Lívia Lemos, Bia Anthony, Viviane Brunieri, Raica Oliveira, entre outras. E para aqueles que, seguramente, vão dizer que elas o querem só pelo dinheiro, eu reafirmo: só gatas.

9. Ele se envolveu em um escândalo com travestis
A gente não tem inveja disso não, mas pelo menos não precisamos mais invejar os argentinos. A jogada do Fenômeno foi digna de um Maradona.

O que todo homem não deve usar no inverno

Publicado no Terra em abril de 2009
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No inverno as pessoas ficam mais elegantes e as ruas parecem um desfile, certo? Errado! A estação também dá a oportunidade aos marmanjos para castigarem o bom gosto e se fantasiarem ao sair de casa com combinações de deixar Zé Bonitinho orgulhoso. E já que o tempo está esfriando, aqui vão alguns toques para você levar em conta na frente do guarda-roupas, antes de envergonhar sua companhia feminina:


Camisa de flanela quadriculada: este modelo é sensacional quando acompanhado de chapéu de palha e cavanhaque feito de rolha queimada. Ou seja, use na festa junina e depois a transforme em uma camisa sexual, aquela que você só usa para ir para a cama.

Calça de veludo desgastada: todo mundo consegue notar que suas calças já viram dias melhores, graças às manchas brancas no traseiro e no joelho. Esqueça aquela coisa de rodelas de couro e compre novas, mas nunca com pregas e/ou da cor vinho.

Casaco de couro: aqueles cru, marrom e com franjas é apropriado se você se senta no chão de uma grande avenida ou praça e vende miçangas e artesanato. Já os "Harley Davidson" são mais destinados a quem tem uma Harley. O sobretudo de couro preto vai te dar um ar de investigador de polícia, que é um charme só. O resto está liberado.

Blaser: prefira os clássicos e não invente muito, já que se optar por usar um com camiseta vai parecer um fã descontrolado da série de TV oitentista, "Miami Vice" (aí dobre a manga também, ok?). Os muito quadriculados saíram de moda lá pelos idos de 1971 e só ficavam bem no Mário Fofoca. Agora, se seu desejo for usar um azul com botões dourados, não se esqueça do chapéu de capitão de navio e o lenço no pescoço. Com calça branca ou bege, óbvio.

Gorros: é meio complicado conseguir cobrir a cabeça em pleno século 21 sem ficar estigmatizado. Gorros vão lhe relacionar imediatamente com torcedores de futebol, especialmente aqueles compridos com um "rabo". Agora nem que você curse filosofia na USP, vai conseguir arrumar alguma justificativa para usar um daqueles gorros peruanos que tapam as orelhas. Se fizer questão disso, mude-se para Machu Picchu.

Calça de moletom: usa-se com tênis e camiseta. Só. Nada de botina ou sapato ou ainda tentar combinar com a camisa de flanela. E por tudo que é mais sagrado nesse mundo, não saia de casa com aquela calça apertada que destaca o "pacote" e nem com a modelo cinza clara acompanhada de tênis preto e meia branca.

Blusa com capuz debaixo de jaqueta jeans: combinação proibida para maiores de 30 anos. Ponto.

Sobreposições: se você for moderno, descolado e tem um corpo bem cuidado e barriga tanquinho, até pode usar camisa de manga comprida de uma cor com camiseta de outra cor por cima. No entanto, se tiver um milímetro a mais de gordura na barriga, vai ficar um verdadeiro show de horrores.

Sobretudo: fica muito legal em cima do terno ou da camisa social (desde que combinem), mas se usar um sobretudo preto ou cinza com calça jeans velha e camiseta e for confundido com um guarda-noturno ou tomador de conta de carro na rua, não reclame.

Bota: as modelos country que tem bico de prata para matar barata no canto da parede não caem bem fora do rodeio. As carrapetas então, com aquele salto que afunila, só vão te deixar um charme no show sertanejo. E nunca, em hipótese alguma, com moletom (acredite, tem quem use).

Cachecol: tem quem diz que é indumentária obrigatória da turma gls, mas não acredite nisso. Dá para se usar alguns com sobretudo ou blusa de lã, mas evite cores berrantes como laranja ou verde-limão. Ou com nó na ponta. Porque aí sim você vai escutar bastante.

'Wolverine' é pancadaria pura; veja especial sobre o filme

Publicado no Terra em abril de 2009
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Muita porrada, humor negro e coreografias violentas. Esses são os ingredientes básicos de X-Men - Origens: Wolverine, que estréia em mais de 500 salas em todo o Brasil na quinta-feira (30). Só que isso não é ruim. O filme é ágil, violento, divertidíssimo e com ação ininterrupta, desde a belíssima abertura, com o esquentado canadense e seu irmão, Victor Creed, passando por inúmeras guerras, da independência americana ao Vietnã, até o ápice em uma usina nuclear. E tudo isso recheado de piadas ótimas e muito sarcasmo. Ou seja, para quem espera um roteiro mais bem elaborado com discussões sobre de onde viemos e para onde vamos, esqueça! Wolverine é um gibizão filmado, com seus furos e forçadas de barra perdoáveis.

Como o próprio título diz, o filme mostra como o mutante Wolverine ganhou suas garras de adamantium e sua relação com duas grandes nêmeses: Dente-de-Sabre e General Stryker, aquele que queria acabar com os mutantes em X-Men II (2003). Também conseguiram amarrar as pontas deixadas nos três outros filmes da série, como por exemplo a amnésia do herói. Nas HQs, demorou mais de 30 anos para se contar quem era Logan antes de se tornar Wolverine; e sua infância apareceu na graphic novel (editada em três partes), Origens, de 2001. Seu esqueleto de metal, porém, foi mostrado 10 anos antes, em Arma X, de Barry Windsor-Smith. Da primeira obra quase nada foi aproveitado, a segunda é claramente a base para o roteiro desta aventura cinematográfica.

Obviamente, o filme todo se sustenta no carisma de Hugh Jackman, mais sarado e nervoso do que nunca (sim, meninas, para vosso deleite, ele aparece nu!), mas os produtores tiveram a grande sacada de colocar outro ator de peso como Victor Creed/Dente-de-Sabre: Liev Schreiber, de A Profecia (versão de 2006) e Sob o Domínio do Mal (2004). Com essa medida, os diálogos e brigas entre os dois acabaram ficando convincentes e muito mais engraçados.

Para os fãs, um desfile imenso de mutantes conhecidos dos quadrinhos, como um jovem Ciclope, Emma Frost, Blob (interpretado por Kevin Duran, de Lost - ótimo!), Deadpool (Ryan Reynolds, de Blade Trinity) e aquele que todos queriam desde o segundo filme da série X-Men: Gambit (Taylor Kitsch, da série Friday Night Lights). E é também para os entendidos em quadrinhos a cena final pós-créditos - agora mais do que sacada. Fique até o fim!

Jerry Seinfeld faz 55 anos e prepara novo seriado

Publicado no Terra em abril de 2009
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Desde meados do anos 80 quase todos os novos comediantes querem ser Jerry Seinfeld. O nova-iorquino que hoje completa hoje 55 anos, teve uma das mais bem-sucedidas e lucrativas carreiras na televisão americana, especialmente graças ao seu seriado sobre nada, onde mostrava a vida de um solteirão em Nova Iorque e sua interação com seus três amigos disfuncionais: Elaine Benes, Cosmo Kramer e o histérico George Constanza.

Começando sua carreira em palcos de clubes de comédia, Seinfeld chegou a participar do seriado O Poderoso Benson mas seu personagem foi tão criticado que foi demitido após poucas apresentações. Sua grande chance veio mesmo em 1981 quando se apresentou no Tonight Show e ganhou a aprovação e benção do lendário apresentador e comediante Johnny Carson. Em 1989, a NBC o deu carta branca para estrear seu seriado e tudo mudou na vida de Jerry.

Com linguagem inovadora, temas bizarros e humor de primeiríssima qualidade, Seinfeld chegou a ser eleito pelo TV Guide como o melhor programa de televisão dos últimos tempos e introduziu inúmeras expressões no vocabulário americano como "Yada Yada Yada", "No Soup for You" e "shrinkage". Com uma legião enorme de fãs, é difícil dizer qual seria o melhor episódio, mas quando a série se encerrou nos Estados Unidos em 1998, a emissora fez uma votação online para escolher os 10 mais amados do público. Todas as "vítimas" do quarteto que constavam nesta lista apareceram como testemunhas em um julgamento na despedida do seriado como o nazista da sopa, a inglesa virgem (do episódio sobre masturbação que teve a classe e a ousadia de não mencionar o ato ou qualquer palavra que pudesse descrevê-lo), a hoje dona de casa desesperada Terri Hatcher (do capítulo onde eles duvidam se seus seios eram naturais ou não), entre muitos outros. O derradeiro episódio foi assistido por mais de 76 milhões de pessoas só nos Estados Unidos.

Com o fim da série, Seinfeld fez também sua despedida das piadas antigas com o show I'm Telling You For The Last Time (Vou lhe contar pela última vez) e começou a preparar um novo material. Além disso, produziu o documentário Comedian que mostra os bastidores da comédia stand-up e ainda dublou a abelhinha Barry B. Benson na animação de 2007, Bee Movie. Este ano foi anunciado que Jerry vai produzir e apresentar um reality show, The Marriage Ref sobre as agruras do casamento. Solteiro convicto no começo da carreira , Seinfeld casou-se há 9 anos e tem hoje 3 filhos. O novo show vai retratar as coisas estranhas no relacionamento marital e segundo ele será um show de comédia, porque ele não está interessado se haverá realidade ou não.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Wolverine é retratado em capas especiais da Marvel

Publicado no Terra em abril de 2009
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Wolverine está mesmo em alta. O novo filme do herói canadense invocado, X-Men - Origens: Wolverine, está para ser lançado. Além disso, em comemoração aos 35 anos de sua criação por Len Wein e John Romita, a Marvel lançou nos Estados Unidos o Wolverine Art Appreciation Month.

Neste mês, catorze revistas da editora têm capas alternativas onde artistas atuais imitam o estilo de grandes pintores, como Andy Warhol, Rene Magritte, Roy Lichenstein, Edward Munch, Picasso, entre muitos outros, sempre retratando o famoso X-Men.

A Marvel é famosa por "brincar" constantemente com suas capas alternativas, já foram publicados heróis transformados em zumbis e até reproduções de capas clássicas com macacos. Segundo o editor-chefe da editora, Joe Quesada, Wolverine não é popular apenas entre os fãs, ele também tem grande popularidade entre os artistas, que não perdem a chance de desenhar o personagem.

A coleção completa pode ser conferida no site www.marvel.com.

terça-feira, 28 de abril de 2009

No Dia da Sogra, mães de Sandy e Ticiane Pinheiro falam da relação com genros

Publicado no terra em abril de 2009
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Bruxa, intrometida, rainha da discórdia. Se ser mãe é "padecer no paraíso", como diz o ditado, ser sogra é, muitas vezes, sofrer com o preconceito na própria vida terrena. E não é só hoje, Dia da Sogra, que elas são vítimas de línguas venenosas.

Através dos tempos (e isso vem desde a mitologia greco-romana, já que as deusas não eram muito amáveis com as amantes de seus filhos), a figura da mãe do marido e, principalmente, da esposa acabou se tornando um arquétipo com todos os defeitos do mundo e quase nada de bom. A sogra é a vítima das piadas, dos caras chatos, de parachoques de caminhão - como o lendário "Não mando minha sogra para o inferno porque fico com pena do Diabo" - e até marchinhas de carnaval onde o coração dela foi trocado pelo de um jacaré.

No entanto, a relação das mulheres que entregaram as mãos de suas filhas famosas com seus genros tem muito de paraíso e pouco de padecer. Sogra desejada por uma geração de homens, Noely Lima, mãe de Sandy, diz que a relação com o genro Lucas é de parceria e amizade.

"Eu e o Lucas temos um ótimo relacionamento, que vai além da relação sogra e genro: somos também muito amigos. Temos muitas coisas em comum, como o bom humor. Vamos juntos ao cinema, às vezes viajamos juntos, temos gostos muito parecidos. Somos muito parceiros."

Ao falar do genro - o publicitário e apresentador de TV Roberto Justus -, a eterna garota de Ipanema, Helô Pinheiro, é só confete. Para ela, o mais importante é a felicidade da filha Ticiane. E, neste aspecto, Justus estaria se saindo muito bem.

"Sou uma sogra muito orgulhosa, de um genro inteligente, de um coração maravilhoso e que está fazendo minha filha feliz, o que é o mais importante de tudo. Sogra nessa situação já passa a ser até mãe, é um momento especial. Isso em si já é um presente."

Mulher é quem reclama da sogra
O interessante é que os homens adoram perturbar por causa da sogra, mas estudos mostram que quem sofre mesmo é a esposa com a mãe de seu marido. A psicóloga da Universidade de Cambridge, Terri Apter, lança em julho próximo o livro "What do you want from me?" (O que você quer de mim?) com seus estudos de mais de 20 anos nas relações genros/noras com suas sogras. Depois de pesquisar a vida de 163 pessoas, Apter descobriu que 60% das mulheres reclamam de sua relação com a megera, especialmente no que diz respeito a criação de filhos e cuidados na casa. Já entre o público masculino, somente 15% tem dor de cabeça com a progenitora da esposa.

No Japão, pesquisadores acompanharam 91.000 pessoas por 10 anos e mostraram que mulheres que tem que morar com a sogra são três vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco, já que o stress as levam a beber e fumar além do limite. E quem podia reclamar mesmo da sogra foi Lady Diana Spencer, afinal a mulher era nora de uma rainha em um país conhecido pela frieza da realeza. Já Xuxa, rainha aqui, não agradou a mãe de Luciano Szafir e todo mundo conhece a confusão de que instalou quando da gravidez de Sasha.

Muitos psicólogos acreditam que o ódio pela sogra começa na realidade quando o filho ou filha começa a descrever as mazelas da personalidade da mãe para seu parceiro. Obviamente que a este não vai ficar com uma impressão muito boa da coitada e, na primeira situação ruim que acontecer, vai repetir justamente o que escutou e aí, imagina o que acontece? Você estará falando da mãe dele ou dela e o tempo vai fechar.

Só que existem maneiras de provocar outras situações péssimas. Sogras odeiam a competição, mesmo porque antes de serem sogras, elas são mães. Então, seja você o homem ou a mulher, frases como "não se preocupe porque agora vai ter alguém para cuidar dele/dela" soa mais ou menos como desafio para duelo em filme de bangue-bangue, já que passa a impressão de que antes de você, o parceiro não tinha atenção. Aí, até o entardecer, a cidade ficará pequena demais para vocês dois.

Se você for a esposa/namorada, acostume-se ao fato de que nunca vai fazer o filé do jeito que o Júnior gosta, de que ela conhece pelo menos 117 maneiras simples de fazer o bebê parar de chorar e que sim, existe uma maneira de tirar manchas da toalha de mesa. Você que não se esforçou direito. Lembre-se que ela só quer o melhor para o filhinho e o melhor para ele é ela.

A sogra, porém, pode ser uma grande aliada dos namorados da filha para viagens a dois já que é ela que vai acalmar o sogro ou até mesmo ajudar a acobertar coisas como "não, querido, vai toda a turma dela". Mesmo porque para o pai sempre vai valer a regra "não faça com minha filha o que fiz com a filha dos outros". Como a sogra já foi filha, sabe das manobras necessárias para tudo dar certo. Só que se você pisar na bola, é ela que vai fazer a sua caveira, da maneira mais criativa e colorida que existe, para seu parceiro ou parceira. Não existe aliada e inimiga maior que a sogra.

Agora, se sua sogra for realmente um inferno, você pode fazer como o bósnio Miroslav Miljici. Ele foi recentemente condenado porque disparou um míssil antitanque em cima da casa de sua sogra. Como a velha não morreu, tentou metralhá-la. Mesmo assim, a mulher sobreviveu. Ele devia saber da máxima popular: você até pode virar ex, mas sogra é para sempre.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Estudo americano tenta desvendar o hábito da masturbação

Publicado no Terra em abril de 2009
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Dizem que 98% das pessoas se masturbam e os outros 2% mentem e um estudo realizado por sociólogos da Universidade de Chicago tentou desvendar como anda o ato do amor solitário nos Estados Unidos. 3116 pessoas, entre 18 e 60 anos, divididos em 1769 mulheres e 1347 homens passaram por entrevistas pessoais onde uma das perguntas era "nos últimos 12 meses, qual a freqüência com que se masturbou". Obviamente que por serem presenciais, as entrevistas podem ter criado um viés nos resultados, porque muita gente não gosta de admitir que se masturba, mas algumas conclusões sobre o ato acabaram surpreendendo os pesquisadores.

Se antes, por exemplo, havia sido constatado que homens se masturbam da adolescência à meia idade, hoje se viu que o período é prolongado até mais de 50 anos de idade. Já nas mulheres, a grande maioria começa a partir dos 20 anos de idade e diminui sensivelmente depois dos 40.

O mais interessante do estudo foi a quebra de alguns paradigmas, como masturbação ser uma saída para aqueles sem uma vida sexual ativa. Na realidade, o que foi verificado é que quem não faz sexo a dois não costuma praticar o onanismo. Já aqueles que estão em relacionamentos sexuais mais intensos, têm maior propensão para se masturbar.

Além disso, se sexo é uma ação que combina fatores emocionais e físicos, a falta do sentimento acaba levando o público feminino a se masturbar mais, mesmo que estejam com uma vida sexual plena em termos físicos. A pesquisa também confirmou que o sexo solitário ocorre com maior incidência na população branca do que na negra ou oriental. E, como já era esperado, pessoas criadas em famílias mais conservadoras ou mais religiosas tendem a evitar a masturbação.

Enfim, os sociólogos concluíram que masturbar-se não é tão comum como se pensava e que depende de fatores pessoais e sócio-econômicos. O estudo foi publicado na revista Journal of Sex and Marital Therapy no final de 2008.

Conheça os 10 maiores comediantes americanos do cinema antigo

Publicado no Terra em abril de 2009
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Enquanto a comédia britânica vem dos diálogos afiados e a brasileira do ambiente circense, a comédia americana nasceu nos palcos dos burlescos vaudeville. Essa baratíssima forma de entretenimento popular, febre no começo do século 20, unia dança, comédia, drama e até strip-tease e muitos grandes artistas de cinema, inclusive Chaplin, começaram aí.

Os primeiros filmes mudos traziam a fórmula desenvolvida nos teatros, especialmente no tocante à piada física (onde a pessoa cai, estapeia, se machuca para fazer os outros rirem). E também daí que veio a tradição americana dos one man show, comediantes que sozinhos no palco, contam piadas e zombam de situações cotidianas. Se Charles Chaplin foi o grande rei da comédia antiga e Lucille Ball a rainha da televisão, então podemos concluir que este reino era repleto de súditos especialistas na arte de rir. Confirma a seguir os grandes nomes da comédia americana que fizeram o mundo gargalhar dos anos 10 aos anos 60:

Keystone Cops: foi uma série de curtas produzida por Mack Sennet entre 1912 e 1917 com um esquadrão de polícia totalmente atrapalhado. Eram famosos pelas cenas ousadas envolvendo carros e trens e pelos acidentes bizarros que causavam. O comediante Roscoe "Fatty" Arbuckle, que depois viu sua carreira afundar devido a um processo de estupro de uma menor, começou nesse grupo, assim como Charles Chaplin.

Harold Lloyd: foi um dos mais populares atores do filme mudo, tendo feito mais de 200 filmes entre 1914 e 1947. Com cara de bebezão, Lloyd arriscava a vida por uma boa piada, como em Safety Last de 1923, onde escala um prédio pelas paredes externas, sem proteção e ainda acabou perdendo dois dedos na explosão de uma bomba em um de seus filmes. Além disso, era fotógrafo profissional e chegou a retratar nus de Bettie Page e Dixie Evans para revistas masculinas.

Buster Keaton: o homem que nunca sorria, eleito um dos maiores diretores e atores de todos os tempos pela revista Entertainment Weekly e pelo American Film Institute, era outro que punha sua integridade física a serviço do riso. Em A General, anda em rodas de um trem em movimento. Em Steamboat Bill Jr., ficou famosa a sua cena onde a fachada de uma casa cai inteira sobre ele, e o rapaz se salva graças a uma janela aberta que passa por seu corpo. Apareceu, depois de velho, em Luzes da Ribalta de Chaplin, em A Volta ao Mundo Em 80 Dias e ainda em um episódio da série de TV, Twilight Zone.

O Gordo e o Magro: o inglês Stan Laurel e o americano Oliver Hardy formaram uma das duplas mais conhecidas da comédia americana. Oficialmente a reunião ocorreu no filme The Second Hundred Years de 1927 e durou até final dos anos 50. Misturando comédia física e até violentas com piadas finíssimas, incorporavam o espertão Hardy que sempre sabe tudo e se dava mal e o inocente e chorão Stanley. Na realidade, o gênio da dupla era o inglês que bolava os roteiros e as situações. A união entre os dois era tão forte que combinaram verbalmente nunca aparecerem nas telas sozinhos e mesmo anos depois da morte de Oliver, Laurel recusou papéis em nome da promessa.

Os 3 Patetas: os irmãos Howard e seu amigo de infância Larry Fine eram os reis da comédia violenta e ultrajante que fizeram sucesso não só no cinema, mas também na adaptação para a TV. Começaram a trabalhar juntos em 1925 e a carreira durou até os anos 70, com várias alterações no elenco. A primeira formação do grupo foi com Moe, Larry e Shemp Howard, mas o último abandonou o grupo sendo substituído pelo irmão, Curly. Em 1946, Curly teve um derrame e Shemp voltou ao grupo, mas 11 depois morreu de um súbito ataque cardíaco. Entra em cena Joe Besser, que, para tristeza dos fãs, incluiu em seu contrato que não poderia apanhar de Moe ou Larry (exigência que acabou caindo depois, desde que ele pudesse revidar). A Columbia decidiu acabar com o trio, já que era considerado "ultrapassado", mas o sucesso de seus curtas na TV, fizeram com que o estúdio voltasse atrás e colocasse os comediantes de volta no cinema em longas. Começa aí a fase onde Joe de Rita, conhecido por Curly-Joe, participa como o terceiro pateta. Tanto Moe quanto Larry morreram em 1975 e deixaram saudade para muita gente.

Os Irmãos Marx: Groucho, Chico e Harpo Marx levaram literalmente o seu show de vaudeville para as telas de cinema. O trio era tão afiado que chegou um ponto onde não tinham script, só situações a serem interpretadas (à caótica maneira deles, óbvio). Groucho ficava com as piadas verbais e tiradas sarcásticas, enquanto Harpo sempre interpretava um mudo e era famoso por suas gags visuais, tão imitadas depois pelos desenhos animados de Pernalonga ou Pica-Pau. Chico fazia o tipo italiano e era a ponte para as situações. Seus filmes se dividem em duas fases: na Paramount, onde se concentram as melhores obras do trio e depois na MGM, RKO e United Artists. Foi na Metro que estrearam sua comédia mais famosa, Uma Noite na Ópera (que depois virou nome de disco do Queen, assim como A Day at The Races). Além disso, tinham seu próprio programa de rádio e Groucho ainda foi o apresentador de bem-sucedido programa de TV de competição com perguntas e respostas, You Bet Your Life. Nesse último os convidados não tinham medo das perguntas de Groucho e sim das suas réplicas. Ao entrevistar uma moça que nos anos 50, era a única mulher em seu local de trabalho, ele perguntou: "Você não é muito assediada?". E ela respondeu: "quando alguém passa do limite, eu mostro minha aliança". E na hora, o comediante atacou: "mas o anel só protege um dedo!". Genial.

W. C. Fields: ator, comediante e ilusionista, Fields criou em seus filmes um dos maiores personagens da primeira metade do século 20, um beberrão avesso a pessoas que acabava atraindo a simpatia de todos, apesar de seus conceitos distorcidos e sobre cruéis sobre cachorros, crianças e mulheres. Sua interpretação era tão convincente que as pessoas achavam que ele era daquele jeito na vida real, embora, muitos anos após sua morte em 1946, alguns conhecidos afirmaram que Fields tinha algumas características de sua criação. A famosa frase, "eu nunca bebo água porque os peixes fazem coisas nojentas nela", é de sua autoria.

Abbot e Costello: mais uma dupla genial que fez muito sucesso lá fora e é pouco conhecida aqui no Brasil. Foram a maior bilheteria de 1942 e seus filmes constaram entre os 10 mais rentáveis dos EUA até 1952, quando partiram para a televisão. Abott era o irritadiço amigo de Costello, um gordinho com cara de puro, invertendo a situação que vimos com Laurel and Hardy. Trabalharam juntos até o final dos anos 60.

Jerry Lewis: quem nunca se divertiu com os filmes de Jerry Lewis, acompanhado ou não de Dean Martin? Considerado um gênio da comédia pelos franceses, Lewis unia comédia física com piadas beirando o surreal com o a da máquina de escrever invisível em Errado para cachorro. Sua parceria com Martin começou em shows em bares e palcos e acabou devido a desentendimentos entre suas esposas. Mesmo sozinho, Lewis escreveu, dirigiu e protagonizou comédias fantásticas como O Professor Aloprado, O Terror das Mulheres e O Cinderelo Trapalhão, sendo que em algumas fazia vários papéis. Afastado a anos das telas, especialmente devido a dores em suas costas causadas por uma queda de um piano em um show de 1965, Lewis é o criador e apresentador do Teleton.

Peter Sellers: o ator inglês migrava da comédia para o drama e personificou o palhaço triste em sua vida real. Sua maior característica era fazer vários personagens num mesmo filme, como em Dr. Fantástico de Stanley Kubrick onde interpreta o Tenente Mandrake, o presidente dos EUA e o Dr, Strangelove ou em Rato que ruge onde personificava a Gran Duquesa Gloriana XII, o primeiro-ministro Conde Rupert Mountjoy e o militar Tully Bascombe. Ficou conhecido por ter interpretado o Inspetor Clouseau em cinco filme da série A Pantera Cor de Rosa e pela hilariante comédia Um Convidado Bem-Trapalhão.

Há 20 anos morria a maior comediante americana de todos os tempos

Publicado no Terra em abril de 2009
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Apesar de no Brasil ter feito um relativo sucesso no final dos anos 70 e começo dos anos 80, quando passou na TVS/SBT com uma dublagem horrorosa, Lucille Ball nunca conseguiu aqui a estatura que tem nos Estados Unidos. Lá, ela é até hoje idolatrada e seguramente é a grande dama da comédia americana, no cinema e principalmente na televisão.

Lucille Désirée Ball nasceu em 6 de agosto de 1911 em Jamestown no estado de Nova York. Aos 16 anos de idade, por estar namorando o filho de um famoso gangster local, chamado Johnny DeVita, Lucy foi mandada a Nova York para estudar na Escola de Arte Dramática John Murray Anderson, onde foi colega da mítica atriz Bette Davis, mas foi mandada de volta para casa porque segundo um professor, ela não tinha nenhum futuro como atriz.

Acontece que Lucy não desistia nunca do que queria e voltou à Grande Maçã onde trabalhou como modelo e ainda se arriscou em espetáculos da Broadway. Em 1933, depois de aparecer como ponta em um filme, mudou-se definitivamente para Hollywood onde fez papéis menores em filmes da RKO e pequenas aparições em comédias dos Irmãos Marx e os Três Patetas.

Na época, era chamada de rainha dos filmes "B", aqueles de baixo orçamento, e começou a ganhar um dinheiro extra e mais notoriedade quando decidiu participar de shows de humor em rádio. Em 1940, conheceu e se apaixonou perdidamente pelo músico cubano e bandleader Desi Arnaz. Seu casamento quase instantâneo foi prato cheio para a imprensa na época, mesmo porque, Arnaz, como todo amante latino, não resistia a nenhum rabo de saia que aparecesse na frente e as brigas e reconciliações do casal estavam sempre nas manchetes.

Em 1948, Lucy era a atriz principal de um famoso show de rádio, My Favorite Husband e a detentora dos direitos, a poderosa CBS, queria transferi-lo para a nova mídia: televisão. A comediante insistia em fazê-lo com o marido e chegaram a montar uma produtora, a Desilu, para filmar um piloto, mas a CBS não se encantou. Assim, Lucy passou a fazer um tour pela America, interpretando uma dona de casa escandalosa que tentava invadir o show de Arnaz.

O sucesso foi tão grande que a rede de TV capitulou e aceitou veicular o programa. É interessante notar que mais do que exposição e sucesso artístico, a intenção de Lucille Ball era salvar seu casamento, que naufragava devido à impulsividade de seu marido e ao ritmo dos shows que os mantinha afastados.

No final, I Love Lucy foi um sucesso retumbante e por anos dominou a audiência americana com seu humor leve e escrachado, com Lucille fazendo a esposa atrapalhada de Arnaz e sua relação com os vizinhos em situações cotidianas. O episódio favorito do público americano é Lucy faz um comercial, onde a comediante tenta participar de uma propaganda de tônico, mas ninguém lhe conta que na composição há 23% de álcool.

Após várias tomadas e ensaios, Lucy está bêbada de cair e obviamente destrói o programa de TV de Desi, na época, ao vivo. É nesse episódio que vemos a maestria de Ball, improvisando diálogos e caretas e fazendo até os extras caírem na gargalhada. Quando Lucille Ball engravidou de seu único filho, Desi Arnaz Jr., teve a brilhante idéia de continuar o programa, mostrando a personagem grávida. Todo os Estados Unidos acompanharam a gestação mês a mês e o nascimento do menino foi celebrado de costa a costa, sendo considerado um Record de audiência até os dias de hoje.

A Desilu ainda ganhou notoriedade e muito dinheiro produzindo clássicas séries como Jornada nas Estrelas, Os Intocáveis e Missão Impossível. As traições de Arnaz, porém, começaram a atriz e em 1960, dois meses após p último episódio de I Love Lucy o casal se separou definitivamente, mas continuaram amigos inseparáveis até a morte dele, em 1986. Após o divórcio, Lucille continuou na TV com o Lucy Show, e participou de musicais da Broadway como Mame e comédias de sucesso como Os Meus, Os seus e os Nossos com Henry Fonda.

Em meados dos anos 80 muitas tentativas foram feitas para ressuscitar a carreira de Lucille, sem grandes sucessos. Sua última aparição na TV foi na cerimônia do Oscar de 1989, ao lado do também lendário humorista Bob Hope. Os dois improvisaram todas as suas piadas e Lucy dobrava de rir no palco com a verve cômica de Hope, sendo aplaudidos de pé por todos os presentes. Em 26 de abril de 1989, Lucille Ball faleceu devido a um aneurisma da aorta. Tinha 77 anos e seu legado foi tão poderoso que a revista Time a elegeu uma das 100 pessoas mais importantes do século.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Artesanal e mística, bebida com larva, invade os EUA

Publicado no Terra em abril de 2009
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O mezcal (ou mescal) é comumente conhecido como a "tequila com larva", já que muitas marcas possuem larvas do inseto gusano rojo no fundo da garrafa. Reza a lenda que o inseto, depois de curtido dentro da bebida, possui propriedades alucinógenas e afrodisíacas. Pura bobagem para fazer adolescentes encherem a cara. Não só não dá barato algum, como existem várias etiquetas de mezcal sem bichos (e algumas com escorpiões, diga-se de passagem), como também seu processo de fabricação é muito diferente daquele usado na tequila.

Assim como sua prima mais famosa, o mezcal é feito da pinha da planta da família das suculentas Agave. Enquanto a tequila usa basicamente o agave azul, o mezcal usa diferentes espécies e sua fabricação hoje é totalmente artesanal. Assim, dependendo da planta e da região onde é feito, o sabor muda consideravelmente. Apesar de sua produção e consumo estar atrelado ao estado de Oaxaca no México, outras regiões também produzem a bebida e as batiza a seu próprio gosto já que em Sonora é chamado de bacanora e em Chihuahua é conhecida como sotol.

Os fabricantes de tequila cozinham as pinhas em fornos e em suas fábricas. Já os mescaleros as tostam, por 3 a 5 dias, em buracos na terra coberto de rocha. Esse processo dá à bebida um distinto e intenso sabor defumado, característica que mais atrai os fãs. Lorena Canales, uma gastrônoma nascida no México e radicada em Nova Iorque diz que existe uma complexidade no mezcal que não é encontrada na tequila. "É mais salgado. É mais amadeirado. Você sente o gosto do barril. Você sente o gosto da terra".

Até recentemente nos Estados Unidos era muito difícil encontrar uma garrafa de mescal, a não ser algumas marcas feitas em massa e de baixíssima qualidade, contrabandeadas pela fronteira. Agora, acordos entre americanos com senso de negócio e mescaleros de quarta ou quinta geração tentam mudar esse panorama e colocar a bebida em um patamar que beira o modismo. John Rexer é um que lança nesse versão a "Ilegal" em Nova Iorque, uma marca legítima, apesar do nome, importada de Oaxaca.

O somelier Richard Betts já está comercializando a sua "Sombra" em bares, restaurantes, lojas e mercados por todo o país, enquanto um dos mais famosos barmen da Grande Maçã, Philip Ward, abre o Mayahuel, um bar dedicado somente ao mezcal e à tequila no East Village. Até mesmo o pintor Guillermo Olguín, que importa a marca de mezcal "Los Amantes", está se aventurando em seu novo empreendimento, a Casa Mezcal que unirá culinária, bebidas e cultura da região de Oaxaca nos Estados Unidos, mesmo porque acredita que a melhor maneira de ser introduzido a essa bebida tão diferente é experimentando toda a riqueza cultural que sua região de origem oferece.

Infelizmente, até agora, a única maneira de se conseguir a bebida aqui no Brasil é através de amigos que vão para o México e trazem uma garrafa na bagagem ou em sites de leilão virtual. Não há importação oficial por aqui e por enquanto nenhuma empresa se dispõe a passar pela burocracia governamental para isso. Fica o alerta, porém que, assim como a tequila, existem muitas marcas vagabundas no mercado externo. E ainda que um bom mezcal custa caro: o "Sombra" é vendido nos EUA por US$47 a garrafa, já o "Los Amantes" joven (que não recebe envelhecimento em barris) sai por US$52 e um reposado (levemente envelhecido), por US$57.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

11 coisas que todo homem tem que fazer antes de morrer

Publicado no Terra em abril de 2009
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Superações são importantes na vida de um homem. Aliás, quando você era criança provavelmente quis ser o cara que cuspia mais longe ou que corria mais com a bicicleta. Lá pelos 15 anos de idade, quando as meninas não pareciam tão repulsivas assim, beijar o maior número delas se tornou um louvável objetivo na vida.

À medida que o tempo passa sua capacidade de ousar, obviamente aumenta, e assim relacionamos 11 emoções que você tem que ter antes de sua hora chegar.

1. Tenha uma reputação
Seja fama de bom piadista ou de garanhão, a maneira que as pessoas te enxergam acaba sobrepondo àquilo que você é na verdade. Ser frouxo também é reputação.

2. Saiba os diálogos de pelo menos um filme de macho de cor
Eu sei frases de cor de toda a série "O Poderoso Chefão". Se só conhece as de "O Amor Não Tira Férias", você tem um problema. Se não sabe de nenhum, pode começar já.

3. Colecione algo
Está no sangue de todo homem ter uma coleção. Começa com figurinhas e pode terminar com ex-mulheres. A escolha é sua.

4. Saiba fazer pelo menos um prato bem
Arroz com ovo cozido não conta. Aprenda uma receita, faça-a a exaustão, seja sua cobaia até você conseguir impressionar qualquer um com o sabor.

5. Faça sexo em local público uma vez na vida
Seus netos, um dia, vão lhe agradecer por essa historia, mas tenha discernimento para não escolher um ônibus lotado na hora do rush ou o balcão do McDonalds.

6. Salte de pára-quedas
Realize o sonho de ser o Superman e sinta o vento no rosto enquanto você despenca de uma altitude de 3.700 metros. Se gritar, pelo menos faça com que pareça que está adorando.

7. Tenha uma noite de sexo com uma menina que acabou de conhecer
Garantimos que essa noite será lembrada por você quando completar 80 anos de idade. Só não vale pagar pela menina.

8. Dê seu lugar para uma mulher em um transporte coletivo
Você pode ser um bronco, mas uma vez na vida precisa agir como um perfeito cavalheiro e silenciosamente apontar para o lugar vazio à donzela. Se não ganhar pontos com ela, ganhará no céu.

9. Seja bom em algum jogo que não seja considerado esporte
Vale poker, truco, War, xadrez e até Banco Imobiliário. O importante é você se sentir desafiado em seu poder de estratégia e não só na sua capacidade de entrar nas pernas do adversário.

10. Proporcione um legítimo orgasmo a uma mulher
Isso sem perguntar depois se foi mesmo de verdade.

11. Faça uma lista de 11 coisas que você deve fazer antes de morrer
Você não precisa concordar com nossa relação, mas metas são importantes na vida. E homem que é homem tem as dele.

Conheça as "Lolitas" mais famosas do cinema

Publicado no Terra em abril de 2009
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O livro Lolita expõe como os desejos e traumas reprimidos de um homem cinqüentão trazem desgraça para a sua vida ao se relacionar com uma menina de 12 anos de idade. Mas o livro não é a única obra a tratar do assunto. Hollywood já provocou muito marmanjo com ninfetas sedutoras. Confira alguns exemplos:

Sue Lyon em Lolita (1962): na primeira adaptação do livro de Vladimir Nabokov para o cinema, mais de 800 garotas fizeram teste para o papel-título, mas a escolha recaiu sobre a loirinha Sue Lyon (no livro a personagem é morena), então com 16 anos de idade, por causa do tamanho de seus seios. Os censores não queriam uma menina com muitas curvas para não passar a lascividade do livro para as telas.

Jodie Foster em Taxi Driver (1976): Foster já atuava desde os 7 anos de idade, mas aos 13 deixou todo mundo de queixo caído como Iris, uma prostituta infantil que inspira o motorista de táxi, interpretado por Robert De Niro, a assassinar um político. Foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Brooke Shields em Pretty Baby (1978): a atriz mostrou como veio ao mundo com 13 anos de idade no chocante filme de Louis Malle sobre um prostíbulo em New Orleans em 1917. Nele, Brooke faz Violet, a filha virgem de uma prostituta (Susan Sarandon). Violet é oferecida ao freqüentador do local que melhor pagar para dormir com ela. Depois, em A Lagoa Azul (1980), a ninfetinha Brooke fez pré-adolescentes e marmanjos quererem fugir para uma ilha deserta no clássico açucarado dos anos 80. As cenas de nu usaram dublês de corpo, mas a beleza de Shields era insuperável. Tornou-se musa do falecido jornalista Paulo Francis.

Jane March em O Amante (1992): o filme, baseado na obra autobiográfica da escritora Marguerite Duras, mostrava a relação entre uma adolescente e um milionário chinês na Indochina francesa de 1929. March, apesar do corpo mirrado e do rosto de criança, já era maior de idade durante as filmagens, o que explica as cenas mais tórridas e explícitas.

Rosario Dawson em Kids (1995): o filme que lançou Dawson, então com 16 anos de idade, é um perturbador relato sobre pré-adolescentes "perdidos" em Nova York e suas vidas repletas de drogas, transgressões e aids. Dawson era uma virgem, alvo máximo do personagem principal, um skatista soropositivo.

Dominique Swain em Lolita (1997): na refilmagem de Lolita, com Jeremy Irons como Humbert Humbert, o papel ficou com Swain, então com 15 aninhos na filmagem. Mais explícito e sensual, as cenas de sexo foram feitas com um dublê de corpo. Mesmo aquelas cenas onde o casal aparece abraçado na cama foram feitas com um travesseiro entre os dois corpos devido à tenra idade da atriz.

Mena Suvari em Beleza Americana (1999): o objeto de desejo do personagem de Kevin Spacey era a garota interpretada por Suvari, que tinha 20 anos na época, mas aparentava bem menos. Ninguém que assistiu ao filme conseguiu sair impassível depois da cena do sonho do personagem de Spacey onde Suvari está nua com o corpo coberto de pétalas de rosas vermelhas. A cena da sedução final, ao som de Annie Lennox, também é um dos pontos altos do filme.

Alice Braga em Cidade de Deus (2002): mais um exemplo de atriz que aparentava menos idade do que na vida real. Braga, com 18 anos na época, fazia Angélica, gatinha de praia adolescente que se envolve com os meninos da favela Cidade de Deus.

Há 110 anos nascia o homem que chocaria o mundo com um livro

Publicado no Terra em abril de 2009
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Ele escreveu muitas obras literárias entre poemas, críticas, contos e novelas, mas um livro de seus livros conseguiu chocar o mundo, chegando a ser banido em alguns países para só depois ser considerado um dos maiores clássicos da literatura inglesa. Estamos falando de Vladimir Nabokov, que nasceu há 110 anos, em 23 de abril de 1899, e sua obra máxima, Lolita.

Nabokov era filho de um político e jornalista de São Petersburgo, na Rússia, e teve uma infância rica e confortável. Desde pequeno falava três línguas, russo, inglês e francês. Depois da revolução comunista de 1917, a família foi transferida para a Criméia e depois para a Inglaterra, onde Vladimir passou a estudar. Finalmente os Nabokov se estabeleceram em Berlim, onde seu pai foi morto, em 1922, por monarquistas russos. Com a ascensão dos nazistas, Vladimir fugiu para a França e depois, em 1940, aportou em Nova York, onde se tornou professor de literatura em várias universidades, além de trabalhar com entomologia (estudo de insetos).

Lolita foi escrito em 1953 durante as viagens que fazia com sua mulher para pesquisar borboletas, mas o livro correu o risco de nunca ver a luz do dia. Primeiramente Nabokov tentou queimar a obra, mas foi impedido por sua mulher. Depois o problema foi conseguir publicar o livro, nenhum editor queria se responsabilizar por uma história tão bombástica.

O livro conta a história do professor Humbert Humbert que, por ter perdido o amor de Annabel Leigh na pré-adolescência tem uma fixação por meninas novas. Ao alugar um quarto na casa da viúva Charlotte Haze, fica de quatro ao conhecer sua filha de 12 anos, Dolores, também conhecida como Dolly, Lola, Lo, ou Lolita. Para não se afastar de seu objeto de desejo, ele acaba cedendo aos impulsos sexuais de Charlotte e casa-se com ela. Acontece que ele mantinha um diário com seus sentimentos e quando Charlotte descobre a verdade ameaça denunciá-lo, mas ela morre atropelada. É o início de um relacionamento entre padrasto e enteada, onde ele a seduz o tempo todo. Nesse drama ainda aparecem personagens mais pervertidos e sociopatas como o "tio" da menina, Clare Quilty. Com uma linguagem inovadora, muitos jogos de palavra e duplos sentidos, o livro traz uma observação ácida da cultura americana. E introduziu ao mundo duas palavras que passaram a significar sedutoras menores de idade: lolitas e ninfetas (até então, ninfas eram apenas figuras mitológicas).

Por dois anos nenhum editor americano quis se responsabilizar pelo lançamento da obra, foi só em 1955 que Lolita apareceu nas livrarias graças à editora Olympia Press, de Paris. Toda a primeira tiragem de 5.000 exemplares foi vendida rapidamente e dividiu opiniões. O escritor inglês Graham Green o considerou o melhor livro de 1955, enquanto o jornal Sunday Express, de Londres, o chamou de "pura pornografia descontrolada". Funcionários da alfândega americana não permitiam que cópias chegassem aos EUA. A França o baniu por dois anos e o editor da versão inglesa perdeu o emprego por tê-lo publicado nas terras da rainha.

Lolita não é uma propaganda a favor da pedofilia, que sim, é um crime seríssimo (veja os recentes casos de estupros infantis no Brasil). Na realidade, Nabokov coloca seus personagens como degenerados e problemáticos. Narrado em primeira pessoa, somos convidados a todo momento pelo professor Humbert a desculpá-lo por sua "doença". Já Clare Quilty é mostrado como pornógrafo e realmente pedófilo e o final mostra que todos se dão mal. Até mesmo a pequena Lolita.

A obra teve duas adaptações cinematográficas, uma em 1962, dirigida por Stanley "2001" Kubrick, e outra em 1997, por Adrian Lyne, que nos deu também a obra erótica-chique 9 ½ Semanas de Amor, em 1986.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Conheça a maior grife dos seriados de TV dos anos 70 e 80

Publicado no Terra em abril de 2009
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Quem sempre gostou de seriados de TV consegue reconhecer o nome de Aaron Spelling nos créditos. O produtor, nascido em 22 de abril de 1923, esteve por trás de nada mais, nada menos que nove dos dez maiores sucessos da televisão entre os anos 70 e 80, aqui e nos Estados Unidos. Seu primeiro grande hit moderno foi Mod Squad, sobre três delinqüentes que se tornam combatentes do crime para escapar de penas na cadeia. O foco erava em drogas, movimento hippie, contracultura e questões raciais. Em 1999, virou filme para telona com Claire Danes.

Mais tarde veio outro grupo que virou hit: As Panteras. A primeira formação tinha Kate Jackson, Farrah Fawcett-Majors e Jaclyn Smith, como Sabrina, Jill e Kelly, três moças recém-formadas pela academia de polícia que decidem trabalhar para o misterioso Charlie (voz de John Forsythe, já que o personagem nunca apareceu) no negócio de investigação particular. Depois, com a saída de algumas atrizes, entraram no elenco Cheryl Ladd (Kris), Tanya Roberts (Julie) e Shelley Hack (Tiffany). As duas primeiras temporadas estiveram entre os 10 programas de TV mais vistos nos Estados Unidos. Drew Barrymore, que levou as aventuras das Panteras para o cinema, promete um terceiro filme para 2011.

Na linha policial Spelling criou ainda Starsky e Hutch, com dois policiais muito durões, T.J. Hooker (Carro Comando no Brasil) que salvou a carreira de William "Capitão Kirk" Shatner depois de Jornadas nas Estrelas, Vegas sobre um detetive na cidade do pecado, Casal 20 com dois bons vivants investigadores (Stephanie Powers e Robert Wagner - série que fez um sucesso monstruoso no Brasil e virou até tema de propaganda - e o seriado que fez muitas crianças quererem partir para a academia de polícia: Swat, com sua indefectível música-tema.

Para os mais românticos, a Spelling Productions trouxe O Barco do Amor, mega-sucesso na América com as vidas e situações engraçadas dos passageiros e tripulantes do transatlântico Pacific Princess; Dinastia, uma resposta ao sucesso de Dallas da CBS, focando mais uma família milionária e disfuncional e ainda A Ilha da Fantasia com os dramas e desejos dos visitantes do paraíso tropical do Sr. Rourke, sempre acompanhado de seu parceiro, o anão Tattoo.

Para os mais moderninhos, foi Spelling que criou Beverly Hills 90210 ou Barrados no Baile, como a Globo batizou, mostrando um grupo de adolescentes ricos e de bem com a vida na parte nobre de Los Angeles. É engraçado notar que a filha de Aaron, Tori, fazia o papel da virginal Donna Martin porque papai não queria ver sua rebenta na cama dos rapazes. A fórmula de sucesso de série levou ao desenvolvimento de Melrose Place ainda nos anos 80 e mais recentemente Charmed, sobre as três irmãs bruxinhas, quase um As Panteras com magia.

A produtora de Spelling também investia em longas para a TV - e fica aqui uma curiosidade. Em 1976, catapultaram a carreira do jovem John Travolta no drama O Menino na Bolha de Plástico. Já em 1993, produziram o premiadíssimo And The Band Played On, primeiro filme a focar a descoberta do vírus HIV e as mortes por AIDS na São Francisco do final dos anos 70. Spelling faleceu em decorrência de um derrame em junho de 2006 aos 83 anos idade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Brincadeiras com tom sexual baixam a moral nos escritório

Publicado no Terra em abril de 2009
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Pesquisa recente desenvolvida pela Universidade da Colúmbia Britânica no Canadá mostrou que, ao contrário do que se acreditava, piadas e brincadeiras de cunho sexual fazem com que as pessoas fiquem desconfortáveis no ambiente de trabalho. Na realidade, desde o surto de normas e regras em torno do "politicamente correto" que apareceu na America do Norte, especialistas se perguntam se a proibição de flertes e situações engraçadas em torno de sexo acabaria com a espontaneidade dos locais de trabalho.

O próprio medo de processos de assédio sexual, comum por lá, já começou a controlar os ânimos das pessoas, mas este novo estudo mostra que mesmo aqueles que acham esse tipo de piada divertida, sentem-se mal depois de contá-las ou ouvidas. Os pesquisadores oferecem duas teorias para explicar essa reação: na primeira comparam a situação com comer junk food. Você pode comer um saco inteiro de salgadinhos e achar delicioso, ma seguramente depois de um tempo estará enjoado com o sabor. Ou seja, mais é menos nesses casos.

A segunda possível explicação para esse mal-estar em torno do clima de vestiário masculino no escritório é que os homens se sentem humilhados (mesmo porque sempre há um que é a vítima) e as mulheres, diminuídas em seu valor. A brincadeira pode não ser abertamente um assédio sexual mas mesmo quando é divertida é considerada anti-profissional e um prejuízo para o ambiente de trabalho. A pesquisa é da revista especializada Journal of Applied Psychology.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Relembre as grandes mortes do cinema

Publicado no Terra em abril de 2009
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Já disse a filósofa e símbolo sexual Brooke Shields que se você morre perde uma parte importante da sua vida. Em homenagem à grande citação da musa de A Lagoa Azul, montamos uma lista de grandes mortes do cinema, aquelas em que os diretores e roteiristas capricharam em mirabolantes esquemas para que os personagens partissem para o país dos pés juntos criativamente. Aqui, uma lista de 23 mortes marcantes na telona em categorias muito especiais.

Melhor morte em filme de James Bond: Oddjob em 007 Contra Goldfinger
Aqui quem se dá mal é o capanga do vilão, interpretado pelo havaiano e ex-medalhista olímpico em levantamento de peso, Harold Sakata. A luta entre ele e Sean Connery no Fort Knox já é memorável, mas sua morte, eletrocutado segurando as abas de metal do seu chapéu cortante, chega a ser poética.

Melhor morte em duelo de filme de faroeste: Henry Fonda em Era uma Vez no Oeste
Leva o prêmio só pela expressão no rosto do fenomenal ator Henry Fonda depois de levar um tiro disparado por Charles Bronson. Aliás, é o único filme em que o pai de Jane trabalhou como bandido e deu um show de crueldade, matando criancinhas e maltratando deficientes.

Melhor morte em filme de aventura: Alan Rickman em Duro de Matar
Mais um olhar de desespero que merecia um Oscar. O cruel, ganancioso e divertidíssimo seqüestrador Hans cai do alto do Nakatomi Plaza com aquela cara de "onde fui amarrar minha égua?".

Melhor morte em filme geek: Spock em Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan
O orelhudo dá a vida para salvar a nave Enterprise e a peruca do Capitão Kirk quase sai do lugar devido ao impacto emocional. Lágrimas caíram dos olhos de homens barbados e cheios de espinha.

Melhor morte em ficcção científica: John Hurt em Alien, O Oitavo Passageiro
O filme pode estar um pouco datado hoje, mas em 1979, ninguém esperava que aquele bicho nojento fosse sair do estômago de Kane, e bem na hora do jantar! O mesmo Hurt brincou com a cena na comédia SOS, Tem um Louco no Espaço, de Mel Brooks, anos depois.

Melhor morte em saga que parece não acabar nunca: Golum em O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
O monstro digital, que conseguia ter mais expressão que os humanos no filme, cai dentro da lava do vulcão feliz da vida porque estava com seu precioso. O importante é morrer satisfeito, não é?

Melhor morte em casal: Faye Dunaway e Warren Beaty em Rajada de Balas
Na vida real e no cinema, o casal de assaltantes de bancos dos anos 30, Bonnie e Clyde, encontrou seu fim em uma emboscada numa estrada de terra. A polícia disparou tanto que só Clyde Barrow teve seu corpo perfurado por 28 balas antes de cair morto. Uma nova versão cinematográfica da história está sendo prometida para 2009.

Melhor morte em multidão: As tropas americanas em O Resgate do Soldado Ryan
Na seqüência inicial já é possível sentir o impacto do filme. Centenas e centenas de soldados explodindo, perdendo membros e pintando as praias da Normandia de vermelho. Depois dessa, aqueles antigos filmes de guerra que mostravam John Wayne de pé no barco durante a invasão viraram comédia.

Melhor morte por execução: Sean Penn em Os Últimos Passos de um Homem
Tremenda obra dramática sobre um prisioneiro no corredor da morte e o trabalho de uma freira para dar paz e ao mesmo tempo mostrar ao criminoso o mal que ele havia causado, o filme tem como ápice a cena da injeção letal. Com qualquer outra dupla de atores seria uma porcaria, mas Penn e Susan Sarandon mostram porque estão no Olimpo de Hollywood.

Melhor morte por piedade: Jack Nicholson em Um Estranho no Ninho
O personagem de Nicholson representava o questionamento e a rebeldia contra o poder vigente, no caso, uma enfermeira durona em um hospital psiquiátrico. Quando, para conter seus arroubos e a má influência sobre os outros detentos, os médicos lhe fazem uma lobotomia, um dos pacientes o sufoca com o travesseiro, arrebenta a janela com um bebedouro e foge. A cena é tão impactante que até os Simpsons já imitaram.

Melhor morte por amor: Frederick March em Nasce uma Estrela
O filme é antigo pacas e foi refilmado duas vezes, mas quando o ator decadente resolve se suicidar para não prejudicar a carreira da esposa, uma estrela ascendente, o diretor mostra uma das cenas mais metafóricas e belas já filmadas. Só assistindo para ver.

Melhor morte absurda: Ricardo Montalban em Corra que a Polícia Vem Aí!
O ex-chefe da Ilha da Fantasia e vilão do filme cai do alto do estádio do Dodgers, é atropelado por um caminhão, por um rolo compressor e a banda inteira da University of Southern California. E ainda vem o George Kennedy, parceiro de Leslie Nielsen, e diz "não posso ver isso. Meu pai morreu assim".

Melhor morte nada a ver: o historiador de Monty Phyton e o Cálice Sagrado
A comédia do grupo inglês chega às vias do surrealismo no meio do filme, quando um historiador começa a explicar a trajetória do Rei Arthur e é decapitado por um cavaleiro andante. Totalmente inesperada, a cena vai dar o gancho para o final do filme.

Melhor morte em desenho da Disney: Malévola em A Bela Adormecida
Já começa pelo cenário, uma floresta de espinhos com cores fantásticas. Depois a vilã, uma bruxa que dava show de sarcasmo e cinismo e que vira um dragão. Aí o Príncipe Felipe lança a "espada da verdade e da justiça" bem no coração do bicho. E ele cai em um desmoronamento. E soca Tchaikowski no fundo! Nem vem falar da mãe do Bambi ou do pai do Simba, porque a gente quer mesmo é sangue!

Melhor morte em desenho da Pixar: Syndrome em Os Incríveis
Já não bastava a animação mostrar que uma quantidade enorme de heróis foi eliminada desta vida e ainda nos premiar com o corpo decomposto de Gazerbeam, somos agraciados com o vilão encontrando seu singelo fim sendo sugado pela turbina de seu avião. Há 30 anos, o desenho teria censura 16 anos, no mínimo.

Melhor morte em filme família: Professor Quirrel em Harry Potter e a Pedra Filosofal
O filme tem uma atmosfera dark para combinar com o ambiente de Hogwarts, mas o cara em questão tem outro rosto na nuca e derrete quando o aprendiz de bruxo o toca. Enquanto isso, os pais ficam loucos da vida porque seus filhinhos vão querer dormir na sua cama naquela noite.

Melhor morte cometida por um crosdresser: Janet Leigh em Psicose
A cena do chuveiro do grande clássico de Alfred Hitchcock já se tornou lenda. A personagem Marion Crane é esfaqueada pelo esquisito Norman Bates no banho e nunca são mostrados a faca penetrando ou o corpo nu da vítima. Além disso, a música de Bernard Herrmann ajuda você a grudar na cadeira.

Melhor morte à mando do Diabo: David Warner em A Profecia
Aí está um suspense que impressionava pelo elenco e pelos passamentos extremamente criativos. Este, bem para o final, é de arrepiar. Um fotógrafo pára para pegar suas chaves no meio da rua, enquanto um caminhão misteriosamente perde os freios em uma ladeira. Ao frear abruptamente, uma lâmina de vidro que estava em sua traseira voa e decepa a cabeça do coitado.

Melhor morte provocada por animal: a banhista nua em Tubarão
Outro grande exemplo de aliança entre música e terror, já que o tema em questão assusta até hoje. A mocinha entra na água, nada um pouquinho, e algo arranca suas pernas torneadas, para depois levá-la inteirinha a um passeio sem volta pelo reino de Ariel, a pequena sereia. O bicho só vai dar as caras lá pelo final do filme, mas você fica pelo menos um ano sem entrar no mar.

Melhor morte por conjunto da obra: todas as mortes de O Poderoso Chefão
Como escolher a melhor? Luca Brazzi sendo esganado? Sonny emboscado no pedágio? O cabeça do cavalo na cama? Michael vingando a tentativa de assassinato do pai? Ou seria todo o massacre final? O ideal é ficar com o filme por inteiro, considerado por muitos críticos, o melhor já feito até hoje e uma aula de cinema da primeira á ultima cena.

Há 120 anos nascia Chaplin, maior gênio da comédia dramática

Publicado no Terra em abril de 2009
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Falar de Charles Chaplin, nascido em 16 de abril de 1889, não é uma tarefa fácil. O genial diretor, roteirista, produtor, ator e humanista já foi cantado em verso e prosa e não é para menos. Até hoje sua obra é considerada moderna e avançada e seus filmes entraram para o Olimpo do cinema. Além disso, sua vida pessoal foi envolvida por escândalos e polêmicas, mais propriamente devido a dois fatores: suas convicções políticas e sua obsessão por mulheres.

Chaplin nasceu em Londres de uma família disfuncional. Seu pai era alcoólatra e a mãe, uma atriz frustrada e desequilibrada mentalmente. Sua infância paupérrima e cheia de dificuldades acabaram por lhe inspirar em seus filmes, especialmente no famoso vagabundo. Começou sua carreira nos teatros ingleses aos 5 anos de idade, cantando e dançando. Já por volta de 1910, participou da trupe de Fred Karno, onde se tornou amigo pessoal de um rapaz chamado Arthur Stanley Jefferson, que mais tarde conquistaria o mundo com o nome de Stan Laurel, e formaria com Oliver Hardy a dupla O Gordo & O Magro. Foi com Karno que Chaplin visitou os Estados Unidos em várias turnês, estabelecendo-se na América a partir de 1913.

Foi então descoberto pelo grande produtor de filmes mudos, Mack Sennet, que, apesar de não gostar do comediante, o contratou para suas famosas comédias mudas. O problema é que o ritmo frenético dos filmes de Sennet (famoso pelo Keystone Cops) não casava com a pantomima lírica de Chaplin, mas foi nessa companhia que o ator, aos 24 anos, criou seu personagem imortal: o vagabundo. O próprio Chaplin disse em sua autobiografia que o Carlitos (como foi conhecido no Brasil) era todo contraditório com suas calças largas, jaqueta apertada e chapéu coco, além, é óbvio, de ser um verdadeiro cavalheiro em trajes de mendigo.

A partir de 1915, Chaplin assinou contrato com várias produtoras diferentes que lhe davam total liberdade de criação e produção, mesmo porque os filmes dele vendiam muito. Foi aí que ele desenvolveu sua técnica: a total ausência de script (e sim situações previamente combinadas, mas com total improviso de sua companhia) e um rigor técnico que levava os atores à exaustão, dadas as inúmeras vezes que uma cena era refilmada. Foi através de uma dessas produtoras, First National, que o diretor passou a fazer filmes de longa duração, entre eles, o clássico O Garoto. Foi em 1919 que, junto aos super-astros do cinema mudo, Mary Pickford e Douglas Fairbanks e ao diretor de super-produções D.W. Griffith, fundou a United Artists Pictures para fugir do controle das grandes produtoras e dos financiadores inescrupulosos, lançando filmes como Gold Rush e O Circo.

Apesar do surgimento dos filmes falados, Chaplin ficou bastante resistente à nova idéia. Entretanto, conseguiu emplacar dois sucessos inesquecíveis e referências em comédias dramáticas: o tocante Luzes da Cidade e o maravilhoso Tempos Modernos. É interessante notar que, apesar de mudos, os dois filmes continham trilha sonora e efeitos sonoros. Tempos Modernos marca também a primeira vez que a voz de Chaplin é ouvida nas telas.

O primeiro filme falado dirigido, escrito e interpretado por ele foi O Grande Ditador de 1940. A obra era um ato de desafio a Adolph Hitler e Benito Mussolini, com Chaplin fazendo um papel duplo, o do barbeiro judeu e do ditador Adenoyd Hynkel da Tomania. A crítica ao nazismo, a exposição dos planos de Hitler e o retrato dos judeus perseguidos foram tão contundentes que ditadores reais da época (entre eles o espanhol Franco) o baniram dos territórios ocupados.

Seu grande fracasso cinematográfico foi Monsieur Verdoux de 1947, uma comédia de humor negro mostrando um assassino de mulheres ricas e fúteis. O filme foi visto como um libelo contra o capitalismo e Chaplin, que já tinha fama de esquerdista acabou pagando o preço de sua ousadia, sendo expulso dos Estados Unidos em 1952. Na realidade, havia partido em visita à Inglaterra para lançar seu filme Luzes da Ribalta, uma obra quase autobiográfica, e ao voltar seu visto de residência foi negado pelo chefão do FBI, J. Edgar Hoover. Acabou se mudando para Vevey, na Suíça, e só retornou à America em 1972 para receber um Oscar Honorário. Seus últimos filmes foram Um Rei em Nova York, uma sátira ácida ao american way of life, de 1957, e A Condessa de Hong Kong, estrelada por Marlon Brando e Sophia Loren.

Chaplin recebeu o título de Cavaleiro do Império Britânico em 1975, aos 84 anos de idade e faleceu dormindo em 1977. Em 1981, um pequeno planeta foi batizado pela astrônoma russa Lyudmila Georgievna Karachkina de 3623 Chaplin. Na constelação de Hollywood, porém, ele já era um sol.

Conheça os escândalos em que Charles Chaplin se envolveu

Publicado no Terra em abril de 2009
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O fraco de Charles Chaplin eram as mulheres. E quanto mais novas, mais interessante, sendo que se envolveu em inúmeros problemas devido a seu gosto por menininhas. O grande amor de sua vida foi Hettie Kelly quando o comediante tinha apenas 15 anos de idade. Ela faleceu de gripe e devastou o coração de Chaplin.

A seguir veio a estrela de seus maiores filmes mudos, Edna Purviance. Entretanto, em 1918, ele teve que acabar o romance com Edna pois havia engravidado Mildred Harris, 16 anos, e foi obrigado a se casar. O divórcio de Mildred foi bastante escandaloso com ela acusando-o de "crueldade mental" e ainda com direito a uma briga de socos e pontapés com Louis B. Mayer, chefão da MGM e ¿empresário¿ de Mildred.

Quatro anos depois do divórcio e com direito a affairs com as atrizes Pola Negri e Marion Davies, Chaplin se envolveu em outra confusão quando foi pego em relações sexuais com a atriz Lita McMurray (ou Lita Grey), de 15 anos. Obviamente, a menina engravidou do astro e Chaplin casou-se no México para se livrar de uma acusação de estupro. O casamento acabou em 1926 com um divórcio tão complicado que só a petição inicial da moça tinha 52 páginas de acusações tenebrosas, inclusive a de fazê-la praticar atos sexuais degenerados. Detalhe: sexo oral na época era esse ato e estava até previsto no código penal. Chaplin pagou a pensão recorde (na época) de 650 mil dólares para acalmar os ânimos. E Lita ainda o afastou dos filhos, Charles Chaplin Jr. e Sydney Earle Chaplin.

Entre 1927 e 1941, várias atrizes caíram na cama de Chaplin, como Georgia Hale, Louise Brooks, a lindíssima Paulette Goddard (de Tempos Modernos e O Grande Ditador) e até sua secretária particular, May Reeves. Chaplin ainda teve tempo para se envolver em mais uma situação desagradável, quando se relacionou com a atriz iniciante Joan Barry, que, neurótica ao extremo, ameaça se matar a cada separação do ator. Ao saber que Chaplin estava se apaixonando pela filha do teatrólogo Eugene O´Neil, Oona O´Neil, então com 17 anos, Joan correu para os braços da maior fofoqueira hollywoodiana, Hedda Hopper, afirmando que estava grávida do comediante. A notícia logo se espalhou , mas acabou sendo descoberto que a atriz estava realmente grávida, mas o filho não era de Chaplin.

Ele se casou em 1943 com Oona, que o acompanhou até o fim da vida. Tiveram sete filhos, Geraldine (que virou uma atriz de sucesso), Eugene, Michael, Josephine, Jane e Victoria. Oona faleceu em 1991 e por 14 anos lamentou a morte de seu grande a amor.

Além dos escândalos com as mulheres, Chaplin estava sempre envolvido com questões políticas. Foi criticado pelos jornais ingleses por não ter se alistado na primeira guerra mundial, acusado de ser judeu por direitistas americanos e finalmente exilado dos Estados Unidos como simpatizante comunista. Na verdade, Chaplin acreditava imensamente no ser humano e na paz entre os povos e sua grande frase, "sou um cidadão do mundo", reflete, perfeitamente, suas convicções.

Veja lista de cinco filmes imperdíveis de Chaplin

Publicado no Terra em abril de 2009
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Muita gente pode torcer o nariz para listas porque sempre algo é esquecido e a filmografia de Chaplin, com certeza, traz em sua totalidade os toques de genialidade de seu criador. Mesmo assim, arriscamos relacionar cinco filmes essenciais para entender as várias facetas do cineasta. Confira:

O Garoto (1921): o filme auto-intitulado "a comédia com um sorriso e talvez uma lágrima" mostra a tocante história do vagabundo adotando uma criança órfã, apesar da vida paupérrima que levava. A obra vai da comédia ao drama, facilmente, sem cair em cenas piegas ou forçadas e já mostrava o lado humano do gênio com um final que enaltece as virtudes do homem.

Luzes da Cidade (1931): Carlitos se apaixona por uma jovem florista cega que o confunde com um rico duque. Ao saber que sua visão poderia ser restaurada através de uma operação, o vagabundo se envolve em todo o tipo de trabalho e confusões para conseguir o dinheiro. Seus esforços dão resultado, mas acabam levando-o para a cadeia. A cena final onde ela, com a visão restaurada, descobre a verdadeira identidade de seu benfeitor faz derreter o coração do mais durão dos homens.

Tempos Modernos (1936): a grande crítica ao lado desumano das fábricas e da grande depressão americana foi o primeiro filme onde Chaplin falou (ou cantou, no caso). Ao lado de Paulette Goddard, Chaplin cria situações surreais, seja tendo uma crise nervosa por repetir o mesmo movimento nas linhas de produção ou se envolvendo com manifestações comunistas. No final do filme, o vagabundo canta, mas Chaplin foi tão genial que o que fala é inteligível. Para ele, Carlitos era mundial, logo não poderia falar essa ou aquela língua.

O Grande Ditador (1940): antes mesmo que as atrocidades nazistas chegassem aos ouvidos do mundo, Chaplin já fazia uma contundente crítica aos governantes europeus e ao racismo alemão, incorporando Adenoyd Hynkell, ditador da Tomania e seu gêmeo, um perseguido barbeiro judeu. Além de ser seu primeiro filme totalmente falado, entrou para a história do cinema pelo bailado com o globo terrestre e por seu discurso final, carregado de esperanças para o futuro.

Monsieur Verdoux (1947): o filme mais incompreendido do gênio, ganha uma releitura especial no século 21. Ao mostrar a história de um sedutor francês, que assassinava ricas mulheres fúteis para sustentar sua família, Chaplin mostrava as agruras do capitalismo e da vida regida a dinheiro. O diálogo final com o padre é um sensacional discurso sobre a hipocrisia humana, onde o assassino ousa dizer que se um homem mata uma pessoa é considerado cruel, mas se um soldado mata dezenas é chamado de herói.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Estudo aconselha mulheres a serem diretas na hora da paquera

Publicado no Terra em abril de 2009
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Na hora de flertar homens desconhecidos, as mulheres devem optar por uma abordagem mais direta e não depender apenas de linguagem corporal, diz estudo promovido pela Universidade Bucknell na Pensilvânia, já que a maioria dos homens não consegue ler as dicas.

Os pesquisadores entrevistaram um grupo de mulheres e pediram para relacionar suas frases "quebra-gelo". As 50 frases mais comuns foram passadas a 70 homens que a avaliaram e montaram um ranking das mais eficientes. Ao contrário das moças, que admiram homens que tem uma capacidade verbal mais desenvolvida, os machos se encantam com abordagens mais diretas como um convite para um drinque ou cinema. Em segundo lugar veio a troca de telefones.

Mulheres tendem a pensar em assuntos que estabeleçam um vínculo comum entre ela e seu alvo, mas segundo o psicólogo Joel Wade, "a indicação direta de um possível encontro dá ao homem um sinal mais claro ao invés de ter que decifrar embaralhados sinais não-verbais".

Por essa incapacidade masculina de ler nas entrelinhas, as mulheres devem evitar, segundo o estudo, falas mais humorísticas como "sua camisa combina com meus lençóis, você pertence à minha cama" e sim preferir ataques frontais com "o que você vai fazer hoje?" ou ainda "você tem planos para o fim-de-semana?".

Então, se você for mulher, na próxima vez que ver alguém que te interesse, esqueça os sorrisinhos e a gentileza e vá direto ao ponto. Só lembre-se que o estudo não trouxe, se o homem não vai ter aquele ataque de machismo e lhe achar fácil demais.

Brinquedos interativos e realistas são tendência para mercado

Publicado no Terra em abril de 2009
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Lembra quando éramos pequenos e conseguíamos criar um mundo de fantasia com o que achávamos pela frente tal como um pedaço de galho de árvore, uma pedra, papel e cola? Pois é, aparentemente isso mudou muito. Os brinquedos atuais estão cada vez mais realistas, com detalhes incríveis e tecnologia de ponta para que a criança possa interagir ao máximo na brincadeira. De bonecas com expressão facial a cachorros eletrônicos, passando por equipamentos infantis de espionagem, a ABRIN 2009, maior feira de brinquedos da América Latina, que começou dia 13, em São Paulo, apresenta mais de mil novidades entre jogos e brinquedos espalhados em 200 expositores.

Bebês quase reais
Para as meninas que adoram brincar de mamãe e filhinha, as bonecas-bebê estão impressionantes. Segundo Paula Jensen da Roma Brinquedos, os lojistas vêm solicitando cada vez mais bonecas interativas, mesmo porque a primeira pergunta que sai da boca de uma criança na loja é: "o que ela faz?". Graças a sensores espalhados em todo corpo do brinquedo, é possível extrair reações normais de um ser inanimado. A própria Roma importa a linha de bonecas da espanhola Carmen Gonzáles (famosa pela qualidade e pelas feições trabalhadas de suas bonecas), que tremem de frio ou choram ao tomar uma injeção.

O que impressiona mesmo e lembra muito o filme Inteligência Artificial é o lançamento da Estrela "Bebê Quero Crescer". A boneca, ao ser amamentada pela segunda vez, cresce e evolui. Seus braços, pernas e tronco expandem até 10cm, e ela começa a falar, pedir coisa e cantar. Ou seja, passa de um bebê para uma criança. Outra novidade: finalmente saiu uma boneca que além de "mamãe", fala "papai"! Os homens não serão mais ignorados em sua condição masculina de perpetuadores da espécie.

Cachorros que não mordem e bichos na internet
No mesmo caminho de tecnologia e interação, a Hasbro impressionou a todos com o "Biscuit", da linha Furreal Friends, um cachorro que consegue replicar tudo que um animal real faz: dá a pata, responde a carinhos, late e acata ordens de deitar e sentar. E não vem com pulgas! A linha tem ainda gatos, macacos, elefante e pônei. Já a Bungee traz o "Bunguinho", um cachorro de brinquedo que se mexe reagindo ao som ambiente. Além disso ele tem um cabo P2 para conexão em IPOD, TV, som etc, que faz com que seja transformado em um alto-falante divertido, já que dança conforme a música.

Unindo bichinhos fofinhos e internet, a Sunny dá continuidade à linha Neopets. Ao adquirir um dos modelos, a criança ganha uma senha para acesso ao site, uma espécie de "second life" infantil, em que precisa juntar pontos para usar no ambiente online. A cada dois meses, a empresa lança 12 novos modelos de bichinhos e o sucesso é tão grande que o Brasil é segundo país em acesso ao website, só perdendo para os Estados Unidos.

Lipoaspiração na Suzy e relançamento de brinquedos
Os mais tradicionalistas vão chiar, mas a Suzy foi repaginada. Está com um novo rosto, sem grandes cílios e, seguindo uma tendência contrária à Mulher-Melancia, está com as pernas mais finas. Além disso, ganha inúmeros novos acessórios como a "Casa Fashion", a banheira de hidro, a versão noiva, a "Hora de Malhar" (aparelho de abdominais e bicicleta), a "Suzy Meus 15 Anos", que, com um controle remoto, valsa e, como preza a toda mulher, a "Boutique", que traz um armário com 14 pares de sapatos e seis bolsas. A Estrela também relança, a pedido do público, a coleção "Feijãozinho", a "Bebezinha" (agora falante), e a antiga "Mãezinha", agora menor e eletrônica.

Para brincar de Rambo e enlouquecer a família
Há muito tempo que as armas de brinquedos realistas foram banidas do mercado e então a saída são aquelas com cores berrantes e mais recursos. Para desespero das paredes brancas a Bunguee lança uma coleção de paintball para crianças composta de zarabatana, pistola e lança-dardos.

Os dois primeiros, para atividades externas, usam tinta biodegradável e lavável. Já o lança-dardos só marca a roupa com um pozinho colorido. A Hasbro já ataca com a linha Nerf, diversas armas que disparam dardos com sucção, inclusive uma metralhadora de dar inveja ao Stallone. A DTC lança o "Visão Noturna", uma máscara que permite enxergar na escuridão total e que usa a mesma tecnologia dos visores reais.

Velocidade máxima
Outro grande sucesso entre os meninos são os carrinhos de controle remoto. A novidade na Candice, uma das empresas especialistas nesse tipo de brinquedo, é uma réplica da Ferrari Fórmula 1 com escala de 1:20, cujo controle remoto reproduz o volante de um carro de verdade. Além disso, a empresa expande sua linha de helicópteros de rádio-controle com cinco novos modelos.

Já a Estrela deu uma turbinada no já famoso "Máximus", que agora pode chegar a 17,5km/h. E estréia também uma série de brinquedos aéreos, com destaque para o "Flying Robot", que permite a duas crianças travarem batalhas no céu, já que um robô tem a capacidade de cortar o sensor do controle remoto do outro. A Roma, que começou sua história com carrinhos de brinquedo, lança um que possui até alarme. Não se pode bater no automóvel de brinquedo com ele acionado, que o som dispara.

Grande personagens, grandes licenciamentos
Por onde você anda na Abrin vê "Ben 10". O personagem do Cartoon Network figura entre os campeões de licenciamento em 2008 e é possível encontrar todo o tipo de brinquedo e jogo com ele estampado. A DTC traz para o Brasil o projetor de filmes Cine Ação e os jogos Identidade Secreta" e o "Kit de Criação de Gibis" (a criança tem como montar uma história em quadrinhos), todos com o herói juvenil, enquanto a Candice lança laptops infantis, óculos walk-talkie, minigames e até um rádio disco voador com controle remoto. Todos com Ben 10.

A grande sacada, porém, é da Gulliver que lançará em breve toda uma linha de bonecos articulados com a Turma da Mônica Jovem, verdadeiro sucesso editorial de 2008 e pelo que pude ver na feira, vão ser muito bonitos. A empresa também investe em importação de action figures de filmes como o novo Jornada nas Estrelas (sim, teremos fasers, tricordes, pontes de comando, teleporte e a nave, além dos bonecos), Exterminador do Futuro (que possui até luva e máscaras eletrônicas) e Zorro Geração Z. Outro personagem nacional que está faturando com licenciamento é a linha Cocoricó da Cultura, fazendo parte do catálogo da Estrela e da Candice.

Para quem não resiste a um tabuleiro
Jogos de tabuleiro são ótimos para tardes chuvosas e obviamente as empresas fabricantes colocam à disposição dos marmanjos novas versões de antigos clássicos. A empresa Pais & Filhos aposta em uma nova forma de fabricação de jogos, com impressão digital em madeira e corte à laser, que garante maior durabilidade e um visual deslumbrante. Com isso, põe no mercado o "KV 62 ¿ A Expedição", com um tabuleiro em 3 dimensões recriando uma exploração na tumba do faraó Tutancâmon.

Além disso, o tradicional jogo de xadrez ganha uma versão muito mais bonita com o Xadrez Ilustrado. A Grow aposta em seus jogos tradicionais como Perfil e Lince, agora com personagens da Pixar e traz o "Quest Vídeo Show", baseado no programa de TV que junta tabuleiro, cartas e DVD. Os jogadores tem a disposição 2.000 perguntas na TV e mais 500 cartas. A Hasbro lança o "Monopoly Edição Mundial" com 20 localidades mundiais escolhidas pelos jogadores em uma votação pela internet. A Estrela, por sua vez, dá um novo visual ao "Detetive", lança também o "Novo Mundo", com perguntas e respostas sobre sustentabilidade e responsabilidade social e o "Transport", um jogo de logística lançado com a empresa DHL.

De volta à tradição
Apesar de todos os avanços tecnológicos, algumas brincadeiras não saem de moda nunca. Um exemplo disso é a experiência que a Copag teve ao entrar no mercado infantil. Há três anos, a tradicional fabricante de baralhos lançou uma linha de cartas da Disney e depois o jogo Super Copag com bastante sucesso, mas se impressionou quando viu que seu maior sucesso de vendas ainda é o jogo do mico, por isso lança agora o "Mico 2", com animais em extinção e um mico-leão dourado estampado na embalagem.

Além disso, realizando uma pesquisa com crianças, a empresa detectou que elas pediam o jogo Rouba-Monte. Então chegarão às lojas versões como Hannah Montana para meninas (que possui uma carta mágica cuja imagem só aparece com o calor das mãos) e Power Rangers Jungle Fury para os meninos. Outro mega-sucesso a voltar com força total ao mercado brasileiro é o Playmobil.

Para este ano, a Sunny traz a linha Egito que já ganhou o prêmio TOP 10 TOY da Associação Alemã dos Varejistas de Brinquedos, além de três outras premiações internacionais e ainda a linha Fundo do Mar que tem até submarinos que realmente ficam dentro da água. Outro brinquedo que não sai de moda nunca é a massinha de modelar. Hoje em material mais limpo e menos fedorento, é a aposta da Toyster com uma nova linha Disney e da própria Sunny com Bob Esponja.

Para os bebês
A Toyster reavaliou toda sua linha de brinquedos voltados a bebês e relança seus produtos com novas embalagens, cores e materiais. A grande preocupação da empresa é com materiais resistentes, atóxicos e que atraiam a atenção dos pequenos. Já a Estrela investe pesado em uma linha com interatividade cujos destaques são o andador do bebê que também é mesa de atividades, o Urso de Ninar, que liga automaticamente ao captar o choro da criança e a Bela Camille, uma bonequinha de longos braços que permite à mãe colocar seus dedos na mão do brinquedo e usá-la como fantoche.