segunda-feira, 29 de junho de 2009

Veja 10 atitudes que fazem de você um perfeito cavalheiro

Publicado no Terra em junho de 2009
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As mulheres reclamam que não existem mais homens cavalheiros nesse mundo mas, em parte, a culpa é do público feminino. Com a luta pela igualdade que vem desde os anos 60, algumas atitudes cavalheirescas passaram a ser erroneamente taxadas de misóginas ou machistas e muitos homens, loucos para colocar seu casaco sobre uma poça d'água, acabam temendo reações exaltadas das moçoilas. Ser cavalheiro não é tratar a dama como algo frágil e desprotegida, mas sim, mostrar uma admiração e preocupação pela mocinha, valorizando-a. Sendo assim, listamos dez atitudes que ainda devem ser praticadas por você, macho da espécie, e que seguramente vão fazer com que o primeiro encontro não seja o último.

1. Ao andar na calçada com ela, você fica para o lado da rua: esta tradição vem dos tempos antigos onde as mocinhas, ao caminhar pelo lado interno da calçada, eram protegidas pelas sacadas e balcões das casas e, assim, não corriam o risco de serem atingidas por vasos ou qualquer coisa atirada pela janela. Hoje o cavalheiro, ao andar pelo lado de fora, a está protegendo do tráfego e eventualmente de poças de água atingidas pelas rodas de carros.

2. Na escada rolante, existe ordem dos fatores: ainda no sentido de proteção, ao entrar em uma escada rolante que sobe o homem deve dar a passagem à dama, mas quando for o sentido inverso, ou seja, a escada desce, é o cavalheiro que vai na frente. E por que isso? Se a mocinha se desequilibrar, o rapaz estará lá para segurá-la. Sinta-se um herói por isso.

3. Ela se senta antes: é sempre muito elegante puxar a cadeira para uma moça se sentar. Mostra que você a quer confortável e à vontade. Em restaurantes, porém, onde o maitre ou o garçom fazem essa distinção, você deve aguardar para que ela sente primeiro, sem dar muito na cara.

4. Abra a porta do carro: aqui é um ritual interessante que faz um sucesso tremendo no primeiro encontro, mas não deve ser esquecido nos seguintes. Espere a daminha fora do carro. Quando ela chegar, abra a porta do seu carro, deixe que ela se acomode confortavelmente. Feche a porta, contorne o carro POR TRÁS, e só então entre. De Fusca a Ferrari, a regra é a mesma.

5. Segure a porta para ela: em qualquer pesquisa que você ler, 90% das mulheres acham que um homem que segura a porta para ela passar é o máximo. E você não deve praticar isso só com quem conhece e não só com mulheres. Demonstrar respeito e educação pelos outros não arranca pedaço.

6. Ofereça seu casaco: em tempos de aquecimento global (onde a temperatura muda a todo instante) e de moda com os ombros para fora, essa regra é mais atual do que nunca. A mocinha, no sentido de ficar sensual para você, poderá usar uma peça de vestuário mais aberta e, se o tempo mudar, seguramente vai passar frio. Se você notar que sua companhia feminina está desconfortável com o clima, imediatamente ofereça seu casaco a ela. Mesmo que ela recuse, repita a oferta se notar que a temperatura está caindo. Lembre-se: você é um homem, logo você pode sentir frio. Ela não.

7. Ofereça seu lugar: mais uma regra que deve ser aplicada para qualquer mulher, conhecida ou não, e também para idosos e portadores de deficiência (digo tudo isso, porque mesmo nos locais onde existem assentos reservados a esse público, muita gente não respeita). No caso das mulheres, uma atitude dessas mostra que você está colocando o bem-estar dela acima do seu e sabe o que isso significa na cabeça feminina, não é?

8. Faça o pedido no restaurante: hoje as mocinhas trabalham, têm seu dinheiro e são mais independentes. Dividir a conta no restaurante é atitude comum e não ofende ninguém (menos no primeiro encontro, rapaz. Lembre-se que você quer impressionar). Acontece que, apesar de tudo isso, ainda é de bom tom o homem fazer o pedido do casal, uma vez que denota um interesse em deixá-la mais confortável e mais à vontade, não tendo que se preocupar com esses chatos detalhes operacionais da refeição.

9. Se estiver chovendo, você segura o guarda-chuva: aqui acontece aquela oportunidade maravilhosa de andar agarrado um ao outro, mas o objetivo é mantê-la seca. Sendo assim, se o guarda-chuva for pequeno demais para os dois, você, macho da espécie, deve se molhar mais. Com certeza, você passará aquela imagem de que se preocupa com os outros, especialmente pelo conforto dela.

10. Acenda o cigarro dela: mesmo em uma época de cruzadas antitabagista, ainda vale a pena resgatar uma tradição dos filmes dos anos 40 e rapidamente pegar seu isqueiro quando a ver colocando um cigarro na boca. Se não é cavalheirismo, pelo menos é charmoso pacas.

sábado, 27 de junho de 2009

Homem se pega pelo estômago, prova uma pesquisa australiana

Publicado no Terra em junho de 2009
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Se você acha que sexo é a melhor coisa do mundo, depois da pizza de mussarela, então pode não estar tão errado assim. Homens do país dos cangurus preferem comida a sexo, mostrou uma pesquisa promovida por uma marca de sorvete daquele país. Entrevistando mais de 10.000 pessoas, o estudo pediu para as pessoas ranquear as experiências diárias que mais dão prazer.

Os machos de lá, ao contrário das mulheres entrevistadas, colocaram a sensação degustativa, ou seja, comer, em primeiro lugar sendo que as sensações físicas, como sexo ficaram em quarto lugar. O resultado foi calculado através de uma fórmula de um quociente de prazer.

O psiquiatra David Haynes, da Universidade do Sul da Austrália, se surpreendeu com os resultados como sinal de que o público feminino dá mais valor ao todo enquanto os homens se focam em detalhes e lógica, mas disse não entender porque eles dariam mais importância à comida. Ele arriscou duas teorias: a primeira que reza que eles geralmente não cozinham e quem fica horas preparando não experimenta tanto prazer assim em devorar o que fez. A segunda é mais pragmática: você come mais do que faz sexo. E, se formos entrar em um ponto de vista freudiano, comer é uma volta às origens já que você relembra o tempo em que era servido e mimado pela sua mãe.

Site vende café orgânicos especiais, como do Watchmen

Publicado no Terra em junho de 2009
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Dizem as más línguas que, apesar de sermos o país do café, a nossa melhor produção é exportada (em 2008 foram 29,5 milhões de sacas com um faturamento de 4,7 bilhões de dólares), restando aqui um pó de segunda linha. Verdade ou não, nós brasileiros somos fanáticos pela bebida negra de origem etíope que chegou em terras tupiniquins lá pelos idos de 1727, clandestinamente, diga-se de passagem.

Um bom café, aliás, é preparado com água pura, filtrada e esquentada ao ponto de "chiar" e não fervida como a maioria faz. Aqui no Brasil os tipos de café mais conhecidos são o Arábica, de melhor qualidade e mais requintado, e o Robusta, que não possui tantos sabores variados mas seu teor de cafeína é bem mais alto.

Só que quem quer um café especial mesmo, tem que conhecer o OCC.com (Organic Coffee Cartel), site desenvolvido por um fotógrafo americano, Clay Enos, que após uma viagem à região cafeeira mexicana, resolveu criar uma entidade comprometida a oferecer café de altíssima qualidade, 100% orgânico e plantado e colhido com pelo menos 85% menos energia e impacto ambiental que as produções normais. Além disso, por ser uma ONG, todo o lucro da operação é destinado aos pequenos produtores.

As marcas comercializadas, que mudam de acordo com a estação, são um show à parte. Da Etiópia temos o Highly Salacious ("Altamente Indecente"), do México o Farmer´s Daughter ("Filha do Fazendeiro"), do Equador o Chateau Lojano e sua embalagem lembrando um rótulo de vinho, do Peru o Esposa Loca, da Nicarágua o Revolución e um dos destaques, 5 estrelas na opinião dos consumidores, é o brasileiríssimo Serpentes Allegres, produzido pela Fazenda Nossa Senhora de Fátima, em Perdizes, Minas Gerais. O nome incomum se dá por causa dos constantes ataques de serpentes que aconteciam na região. Hoje, o fato é raro mas inspirou o fazendeiro Ricardo de Aguiar Rezende a batizar seu café.

Uma das estrelas do site é o Nite Owl Dark Roast Coffee, o café oficial do filme Watchmen. Isso por que em um determinado momento da obra nos quadrinhos, pessoas são resgatadas de um prédio em chama e já em local seguro o herói, Nite Owl, oferece a bebida para tranqüilizá-los. Desenvolvido pela imaginária Veidt Enterprises (Adrian Veidt é outro personagem do filme), o café tem produção limitada de 10 mil unidades e é vendido a US$19,85 a lata. Infelizmente apenas nos EUA, já que está atrelado a um concurso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RESSUCITEI MEU OUTRO BLOG

Pessoal,

Há tempos eu tinha outro blog, mais pessoal, e resolvi ressucitá-lo hoje com coisas que o Terra não publicará. É óbvio que é mais para zoar e mostrar coisas que acho na internet. Bom divertimento.

O endereço é http://consiglieripucci.blogspot.com

Quer uma coisa benfeita? Fale no ouvido direito, diz estudo

Publicado no Terra em junho de 2009
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Essa veio da Itália, mais precisamente dos Drs. Dr Luca Tommasi and Daniele Marzoli da Universidade de Chieti. Sua pesquisa mostrou que as pessoas são mais receptíveis a processar uma informação e, por conseguinte realizar uma tarefa se for dita em seus ouvidos direito. Isso porque está diretamente relacionado ao lado esquerdo do cérebro, que é mais lógico e processa informações verbais melhor que o lado direito.

Para chegar à conclusão, os médicos e seu time devem ter se divertido muito, já que abordaram 176 pessoas em três danceterias italianas, pedindo um cigarro. As pessoas que foram inquiridas no ouvido direito foram mais receptivas ao pedido do que aquelas solicitadas no esquerdo. A pesquisa não traz se isso funciona também com pedidos de número de telefone e foi publicada na última edição do periódico especializado Naturwissenschaften.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Gordinhos vivem mais, diz pesquisa japonesa

Publicado no Terra em junho de 2009
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Todos os dias somos bombardeados pela mídia especializada a respeito dos riscos da obesidade, mas agora cientistas japoneses mostraram que ser magro demais também apresenta problemas sérios, inclusive com expectativa de vida mais baixa.

Pessoas levemente acima do peso depois dos 40 anos vivem de seis a sete anos mais que os muito magros e estes últimos tem expectativa de vida cinco anos menor que os obesos. A principal razão, segundo os pesquisadores, é que as pessoas com baixo índice de massa corporal são mais suscetíveis a doenças como pneumonia e seus vasos sanguíneos são mais frágeis.

O professor Ichiro Tsuji da Universidade de Tohoru acompanhou por 12 anos cerca de 50 mil pessoas entre 40 e 79 anos da cidade de Miyagi e se disse surpreso com o resultado. Ele acreditava que os magros viviam menos, mas não na proporção concluída. E recomenda que as pessoas não passem a comer demais depois desse estudo. Na realidade, os magros é que devem se alimentar para atingir um peso normal.

O estudo dividiu as pessoas em quatro grupos de acordo com o índice de massa corporal apresentado. A fórmula do índice é peso/(altura)2 e uma pessoa normal apresenta um valor entre 18,5 e 25. As pessoas magras estão abaixo de 18,5, enquanto aquelas entre 25 e 30 estão levemente acima do peso e as acima de 30 são consideradas obesas.

Estudo mostra que estar em um relacionamento influencia na avaliação de novos parceiros

Publicado no Terra em junho de 2009
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Um estudo conduzido na Universidade de Indiana pela neurocientista Heather Rupp e publicado na edição de março da revista especializada "Human Nature" mostrou que mulheres alteram seu comportamento ao avaliar homens dependendo se estão em um relacionamento ou não.

Na pesquisa, mulheres estando ou não em um relacionamento formal, não apresentaram grandes diferenças na avaliação por atração ou masculinidade de fotos de rostos masculinos, mas as solteiras não só levaram mais tempo que as "comprometidas" para chegar a uma conclusão, como também demonstraram um maior interesse pelas fotografias. Entre os homens que avaliaram imagens femininas não houve nenhuma diferença entre o time dos "casados" e dos "solteiros".

Segundo a pesquisadora-chefe, que também atua no famoso Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução, o status sexual da mulher pode impactar no seu processo cognitivo em relação a um rosto masculino novo, mas não necessariamente em sua avaliação subjetiva consciente.

Os pesquisadores também chegaram à conclusão que a influência deste status reflete no fato de as mulheres, na sua maioria, estarem realmente comprometidas com seus parceiros românticos e possivelmente suprimem sua atenção para uma avaliação de parceiros alternativos.

Para o estudo, 56 mulheres (21 comprometidas) e 59 homens, entre 17 e 26 anos de idade, avaliaram 510 fotos do sexo oposto nos quesitos masculinidade/feminilidade, atratividade e o sentimento de afeição. Os participantes tiveram que descrever a primeira sensação que aparecia, dando respostas rápidas.

Este foi o primeiro estudo a mostrar que estar ou não em um relacionamento influencia no interesse por outra pessoa. Outros haviam mostrado que hormônios, objetivos pessoais e contexto social eram mais preponderantes.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Falta de etiqueta com dispositivos móveis irrita americanos, diz pesquisa

Publicado no Terra em junho de 2009
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A Intel, junto ao Harris Interactive, promoveu uma pesquisa em abril último em todos os Estados Unidos para entender como as pessoas andam interagindo com seus dispositivos móveis (laptops, celulares, blackberrys, Iphones, netbooks etc.) e chegaram a uma conclusão que muitos intuitivamente já sabiam: as normas de etiqueta para o uso desses aparelhos estão esquecidas.

Nove entre dez entrevistados (e foram 2.160 participantes) mostraram-se irritados com a utilização indiscriminada desses dispositivos, sendo que 72% responderam que o mais estressante é ver alguém digitando mensagens no celular ou laptop enquanto dirige. Em segundo lugar nesta "lista de ódio" ficou o já consagrado falar alto ao celular (63%), assim como manter conversas privadas ao telefone em público (55%) e praticar conversações por texto no celular enquanto está acompanhado (54%).

Entre os locais inapropriados para utilizar dispositivos móveis, a pesquisa verificou igrejas, enterros, banheiros públicos, salas de cinema, concertos e teatros como os que mais tiram as pessoas do sério. É interessante notar que somente 38% dos participantes admitiram fazer esse tipo de coisa com seus aparelhinhos.

A antropologista e estudiosa de tecnologia, Genevieve Bell, explicou no relatório da Intel que mais e mais a tecnologia se faz presente em nossas vidas e que regras de conduta estão sendo desenvolvidas naturalmente para evitar abusos na sociedade. Ela explica que podemos nos ater em bom senso, leis e até mesmo no que nossos pais nos ensinaram na infância para montar um guia:

- Todos sabem que é proibido por lei usar celular no carro e os especialistas alertam que é perigoso e distrai o motorista. Além disso, digitar em um laptop enquanto dirige é ergonomicamente ruim. Assim o melhor é deixar os aparelhos desligados ou encostar o carro para responder alguma mensagem urgente.

- Nenhum celular saiu de fábrica até hoje com o famoso cone do silêncio do agente 86, portanto se for discutir algo pessoal ao telefone, escolha um lugar reservado e mantenha os detalhes de sua conversação entre você e seu interlocutor. Nada de viva-voz se tiver alguém do lado.

- Locais públicos como banheiros, vestiários, templos e cinemas não combinam com mensagens de textos, acesso a internet ou conversas ao celular. A menos que você esteja passando mal e precise ser resgatado, evite o uso.

- Ao escutar música ou assistir vídeo em seu dispositivo móvel, use fones de ouvido. Todos sabem que sua mãe disse que dividir é sempre bom, mas nesse caso é irritante. Isso vale especialmente para aqueles que insistem em escutar pagode no último volume dentro do ônibus lotado.

- Muita gente não consegue digitar e andar ao mesmo tempo, mesmo porque ao prestar a atenção na tela do computador ou celular, acaba esbarrando em tudo e em todos e além da mensagem, ganha de presente o dedo do pé machucado ou alguns palavrões dos outros transeuntes. Pare, saia do caminho, mande sua mensagem e depois continue seu passeio.

sábado, 20 de junho de 2009

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A MATÉRIA DOS PAULISTAS NA PRAIA

O Terra recebeu uma série de e-mails revoltadíssimos de pessoas que se sentiram ofendidas com a matéria, alguns até ameaçando cancelar a assinatura do provedor por considerá-la preconceituosa e me chamando de carioca revoltado, entre outros nomes impublicáveis.

Sou paulistano da gema, nascido numa maternidade da zona leste, passei a infância na zona norte, a adolescência e começo da vida adulta na zona sul e a vida de casado na oeste. Nunca morei em qualquer outra cidade e não trocaria Sampa por qualquer outra capital do Brasil.

A idéia do texto é mostrar, jocosamente, as manias que nós temos na praia. É rir de si mesmo. Obviamente que algumas coisas não são exclusividades de quem é natural de São Paulo, mas não sou carioca ou mineiro ou baiano ou gaúcho. SOU PAULISTANO, por isso só me vejo no direito de zombar do que conheço ou do que sou.

Inspiro-me nos grandes comediantes judeus americanos como Woody Allen, Mel Brooks ou Jerry Seinfeld. Grande parte do material cômico deles é justamente o que é ser judeu e ser criado na comunidade judaica americana. Eles não estão destruindo o que é deles. Estão rindo de si mesmos.

Pessoas como Moskanasopa entenderam o sentido e isso me alegra. Aos que se irritaram, cuidado! Porque além de fama de workaholic, nós, paulistas, podemos acabar com fama de destituídos de senso de humor.

Em tempo, as cariocas consultadas adoram São Paulo. E os paulistas. São minhas amigas (e do Tadeu também).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

10 coisas que identificam o turista paulista na praia

Publicado no Terra em junho de 2009
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São Paulo que amanhece trabalhando. São Paulo, a locomotiva do Brasil. Por todo o lado nós paulistanos temos a fama de estressados, workaholics e pessoas que só pensam em trabalhar, até a hora em que surge um feriado ou o momento mágico e deslumbrante das férias. Aí a coisa muda. Ou não? Já sabemos que paulistas são loucos por praia a ponto de lotar as estradas quando de um descanso prolongado ou no verão.

Também é sabido que o Rio de Janeiro é um dos destinos favoritos, então resolvemos consultar alguns cariocas para saber quais são as manias paulistas facilmente identificáveis na praia. Sabemos que muita gente vai xingar, mas o resultado está abaixo:

Paulista leva a casa para a praia: nós chegamos na orla equipados de celular, Ipod, cadeiras (porque homem paulista não põe a bunda na areia), toalhas, esteira, 11 tipos de protetores solar, geladeira com a cerveja, brinquedos das crianças, cartas para jogar truco, bola de futebol, raquetes diversas, bóias e, em alguns casos, o cachorro.

Paulista adora uma fila: seja para comer, tomar sorvete e, a mais famosa em cidades no litoral, comprar o pãozinho matinal, ficar de 30 a 90 minutos na fila parece ser o máximo de divertimento para nós.

Paulista geralmente começa o verão branco e termina vermelho: isso quando não volta com manchas brancas em pedaços do corpo devido ao excesso de protetor solar.

Paulista joga frescobol com bola de tênis: é sério isso. Bola de borracha, nem pensar, mesmo porque quando cai no mar é impossível de se achar.

Paulista consome muito: do camarãozinho no espeto que há 3 dias está tomando sol na barraquinha a "lindíssimas" estatuetas feita de côco e conchas, passando por esteiras de palha e colares hippies, nós compramos de tudo. Só que regateamos o preço, porque sabemos que aquela rede que começa custando R$ 300 vai ser comprada por R$ 25.

Paulista fica estressado até o terceiro dia de féria: é praticamente impossível para o turista de São Paulo relaxar e esquecer o escritório nos três primeiros dias de descanso. Depois ele começa lentamente a relaxar e pensar em alternativas ao trabalho como montar uma pousada na praia ou vender sanduíche natural na areia. No penúltimo dia de férias começa a ficar deprimido porque a folga está acabando e dali a alguns dias tem que pegar no batente de novo.

Paulista viaja no feriado só para se estressar na volta: especialmente no verão, nós adoramos levar cinco horas para rodar 120 km, descansar uns dias, aproveitar até o último minuto de sol na praia para assim enfrentar umas sete horas de congestionamento na volta da capital. Adivinha o resultado? E isso é válido para Campos do Jordão no inverno também.

Paulista vai para a praia e depois reclama da areia no pé: e nesse processo doloroso toca levar minutos preciosos batendo desesperadamente com a toalha no pisante para ver se fica impecavelmente limpo. Isso sem contar uma mania que assusta nossos irmãos cariocas: nós vamos até a beira da água de chinelo e depois tiramos para entrar no mar.

Paulista não deixa de ser paulista em cidades no nordeste ou no Rio de Janeiro: ou seja, precisamos achar urgentemente um shopping (de preferência com cinema). Se tiver todas as regalias em um resort que evite que nos desloquemos para paragens distantes, melhor ainda.

Paulista vai para o Rio de Janeiro e acha que o Corcovado e o Pão de Açúcar são a mesma montanha: apesar de loucos por mapas, guias e agora pelo GPS, os turistas paulistas ainda hoje fazem a confusão. E os cariocas se divertem!

Álcool leva 6 minutos para atingir o cérebro, diz pesquisa

Publicado no Terra em junho de 2009
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Que beber faz com que realizemos coisas inimagináveis, todo mundo está ciente, mas pesquisadores da Universidade de Heidelberg da Alemanha foram além nas suas pesquisas e descobriram a velocidade que o álcool na bebida leva para subir ao cérebro e lhe deixar não só mais corajoso e alegre mas com as funções motoras e reflexos prejudicados.

Quinze voluntários (oito homens e sete mulheres), deitados em mesas de ressonância magnética, consumiram por uma pipeta uma quantidade de álcool equivalente a três copos de cerveja ou dois de vinho. Em apenas seis minutos o nível de álcool no sangue já estava entre 0,05% a 0,06%, graduação que já prejudica a habilidade de dirigir, mas não causa induz a uma intoxicação.

Isso porque o cérebro passa a usar o açúcar contido no álcool como fonte de energia ao invés da tradicional glucose. Para os médicos, o resultado foi surpreendente. Além disso, não houve nenhuma diferença significativa nos resultados masculinos e femininos.

O pesquisador-chefe, Armin Biller, constatou que substâncias que protegem as células cerebrais, como a creatina, sofrem uma redução à medida que o nível de bebida sobe.

Em uma pessoa saudável, essas mudanças são totalmente reversíveis, mas para quem tem o hábito de fumar ou beber demasiadamente, o tempo de reparo dessas células acaba aumentando e, em longo prazo, o álcool pode levar a danos permanentes. É justamente neste ponto que Biller e sua equipe irão focar na continuidade de sua pesquisa. O estudo foi publicado no último número do Journal of Cerebral Blood Flow and Metabolism.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

10 coisas de filmes pornôs que todo homem gostaria na vida real

Publicado no Terra em junho de 2009
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A pornografia acompanha a história da humanidade. Seja em templos egípcios ou ruínas romanas, é possível se encontrar afrescos, gravuras e acessórios eróticos que apimentavam as noites de orgia da antiguidade.

Com o advento do cinema, esta milenar arte não foi esquecida e em 1908, na França, surgia o considerado primeiro filminho pornô do mundo, "A L'Ecu d'Or ou la bonne auberge", que mostrava um soldado em um encontro amoroso com uma empregada de uma hospedaria. Na década de 70, nos Estados Unidos, os filmes adultos passaram a ter uma produção mais rica e até mesmo enredos com "Garganta Profunda" e "Atrás da Porta Verde", ambos de 1972.

De lá para cá, invadiram a internet e satisfazem as taras de todos. De meninas com cara de teenagers a vietnamitas lésbicas gordas, há de tudo. Existe o lado negativo do pornô: não acreditar que aquilo tudo que passa na tela é simplesmente a personificação de fantasias e começar a acreditar que pode acontecer facilmente na vida real. Assim, aqui vai uma lista de dez elementos da pornografia que todo homem adoraria que rolasse no seu dia-a-dia:

Todas as mulheres são ninfomaníacas: o barato nos filmes pornôs das décadas de 80 e 90 (aqueles com história) é que qualquer mulher, de torneiras mecânicas a guardas de trânsito, eram safadas e promíscuas. E tudo era motivo para sexo! O cara ia consertar a máquina de Xerox no escritório e se dava bem com a secretária do presidente. Vazamento na cozinha? Lá vinha uma encanadora, deliciosa e bonita, com trajes mínimos, e mexia no cano. Até a musa Jenna Jameson estreou um clássico onde fazia uma bombeira que, além de combater incêndios em prédios, apagava o fogo alheio.

Todas as mulheres são bissexuais: nas obras cinematográficas adultas, achar uma mulher 100% hétero é bem difícil. Não vale dançar homem com homem, mas mulher com mulher está totalmente liberado. E as moçoilas sempre têm aquela amiguinha que, em nome da amizade, a satisfazem plenamente. Tenta perguntar para sua namorada se rola isso e você vai estrear um filme de terror.

Todas as mulheres têm entre 18 e 21 anos: não importa se ela nasceu em 1974 ou 1990. Todas as gatinhas safadas dos filmes não passam de 21 anos de idade. E mais: são novinhas e estão lá "pela primeira vez". Só que as novatas têm um talento absurdo, pois já sabem fazer de tudo, sem que ninguém precise indicar nada!

Todas as mulheres têm orgasmo: e mais do que isso: gritam alto, gemem mais que grávida dando a luz por parto natural e sempre o cara é o melhor que elas já tiveram. E isso vale para qualquer tipo de sexo que você pratique, oral, vaginal, anal e, provavelmente, veremos isso também na orelha e no nariz.

Basta um maço de dinheiro e um carro que a vida está garantida: existe uma série de filminhos na internet onde aquele bando de americanos feios e peludos saem de carro, vêm a menina andando na rua, param, oferecem grana e a moçoila já está nua e fazendo coisas de deixar Calígula assustado. Minha sugestão é você tentar o mesmo na parada de ônibus, às seis horas da tarde para ver o que é bom para a tosse.

A camisinha mágica: preservativos aparecem e desaparecem misteriosamente. Ninguém tem que pôr ou tirar. Você vai transar? Pronto! A camisinha já está devidamente colocada. Vai ejacular? Ela some. Não é preciso fazer cara de paisagem na farmácia ao comprar uma, parar a transa para se prevenir de problemas, ficar preocupado com o lado certo da borrachinha, e imaginar se está bem colocada ou se ela rasgou.

Não é preciso se preocupar com acessórios: as personagens femininas dos filmes pornôs têm tudo em casa. Abra a gaveta do criado mudo e você achará uma extensa coleção de acessórios que vão de vibradores diversos a plugs anais, cremes, gels, chicotes, algemas, cabo de bateria, chave Phillips e provavelmente Cathy, a vaquinha inflável (ela existe, acredite).

Um é pouco, dois é médio, três é ótimo, dezessete é uma festa: ménages e orgias acontecem tão naturalmente em filmes pornôs que a velha transa de casal é considerada careta. E aquela amiguinha no item 2 sempre aparece nas horas mais propícias e de vez em quando, acompanhada pela irmã, a tia, a vizinha, a prima de segundo grau e a menina que perguntou se elas sabiam onde ficava o açougue mais próximo.

Ninguém tem ciúme de ninguém: sua esposa pegou você com a vizinha? Sem problemas. Ela tira a roupa e entra na jogada. O casal de melhores amigos parece apetitoso? Vamos lá para um swing caprichado. O importante é que a base do relacionamento está consolidada no companheirismo, tolerância, amor e lealdade. Até parece. Vai sonhando, vai.

A regra básica de finalização em filme pornô: nada de orgasmos internos ou na camisinha mágica (lembre-se que ela desapareceu). É no rosto mesmo, porque aparentemente nos filmes, toda mulher ama isso e espera que o homem a provenha da substância que, dizem, faz bem para a pele. Ou você nunca notou a cútis aveludada de gente como Mônica Matos, Tera Patrick ou Sasha Grey?

Conheça as 29 melhores cidades para um homem viver

Publicado no Terra em junho de 2009
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Referência no que diz respeito ao mundo masculino, o site AskMen.com lançou sua edição 2009 das 29 melhores cidades para um macho de verdade morar e viver muito bem.

» Veja o ranking das cidades
» Veja o ranking das cidades - 2
» Veja o ranking das cidades - 3

Cada cidade foi avaliada em oito categorias:

- Esportes e Entretenimento: Horas em que bares e clubes ficam abertos, quantidade de clubes de esportes e eventos esportivos exclusivos sediados lá.

- Cultura: Número de restaurantes com estrelas no exclusivíssimo Guia Michelin, número de festivais de arte e número de profissionais empregados em arte.

- Moda: Número de lojas de roupas masculinas e se a cidade hospeda ou não um fashion week.

- Saúde: Expectativa de vida masculina e incidência de ataques cardíacos.

- Poder & Dinheiro: Custo de vida e aumento de emprego e ganhos.

- Sexo & Encontros: porcentagem homem x mulher, número de mulheres solteiras e número de mulheres com diploma.

- A boa-vida: Dias com sol, desenvolvimento urbano planejado e quantidade de partidas em vôos internacionais.

- Liveability: Capacidade de alguém se sentir confortável morando lá e varia de acordo com a característica da cidade.

Todos esses ingredientes foram colocados em uma fórmula estatística e o resultado descartou qualquer cidade brasileira do ranking final. Da America do Sul entraram Santiago no Chile em 26º lugar e Buenos Aires em 13º. A número 1 do ranking ficou para Chicago. Segundo o site, a cidade mescla um ar cosmopolita com conforto, combinando cultura, entretenimento e sofisticação de um destino internacionalmente reconhecido, com um estilo de vida acessível a qualquer um. Além disso, é berço de 39% dos melhores comediantes americanos e possui alguns dos melhores restaurantes do mundo.

Antes que nossos brios nacionalistas se exaltem, lembremos que Nova Iorque reduziu drasticamente o crime, Londres despoluiu o Tâmisa, Buenos Aires mantém seu patrimônio histórico-cultural impecável, Cape Town apagou sua história centenária de discriminação racial, Copenhagen tornou-se verde pelo critério das nações Unidas, e em nenhuma delas existem cidades-favela como Rocinha ou Heliópolis.

Um guia para cada cidade do ranking pode ser conferido no site www.askmen.com (em inglês).

terça-feira, 16 de junho de 2009

Homens preferem as loiras, mas James Bond gosta de morenas, diz estudo

Publicado no Terra em junho de 2009
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Todos sabem que um dos ingredientes principais dos filmes de James Bond são as mulheres estonteantes, geralmente com nomes engraçados como Pussy Galore ou Holly Goodnight. Agora, um estudo conduzido pela professora de comunicação da Universidade Estadual de Cleveland em Ohio, Kimberly Neuendorf e publicado na revista "Sex Roles", traçou o perfil das preferidas do famoso agente secreto.

Analisando 195 personagens femininas dos primeiros 20 filmes de 007 (pelo menos aquelas que tinham falas), os pesquisadores descobriram que a mulher ideal de Bond é morena, com sotaque americano e de preferência carrega uma arma. A idade média das moçoilas foi estimada em 26 anos de idade (mais novas que o agente) e as que acabam tendo algum contato mais íntimo com ele (98 delas) são mais magras e mais bonitas que aquelas que não se rendem aos seus encantos. Entre essas 98, 46 foram avaliadas como as que chegaram às vias de fato, dividindo a cama com Bond, e 52 tiveram um contato suave, como beijo, por exemplo.

Apesar de nas estatísticas gerais, consta que 40% das moças eram morenas, 27% loiras, 19% castanho e 9% ruivas, as primeiras eram mais propensas a serem mais íntimas com James, assim como as que tinham cabelos compridos e as de sotaque americano (as 43% com sotaque europeu eram mais contidas). Além disso, ¾ das mulheres eram brancas, 8% asiáticas, 7% negras e as outras de origem árabe ou índias.

"Todo filme de James Bond tem múltiplas personagens femininas que tentam, ajudam e distraem o agente em suas missões. Pelo menos uma delas será mais aventureira e firme e que acabará sendo seduzida por ele", diz o estudo. São as moças que carregam armas, aliás, que mais vão para a cama com 007. Duas delas tentaram matá-lo antes do ato sexual, duas durante e dez depois. Além disso, a pesquisa mostrou que nos filmes mais recentes os cabelos encurtaram e as moças se tornaram mais promíscuas. Sem contar que os papéis femininos ganharam mais importância, apesar dos estudiosos concluírem que as mulheres continuam um lugar-comum.

"As mulheres de James Bond continuam a ser mostradas com maneiras mais limitadas e sexualmente estereotipadas. O pior destino a uma mulher nos filmes - a morte - parece reservada às mais promíscuas ou a aquelas que querem desafiar o insuperável ícone masculino, no caso o próprio agente. O estudo dá evidências da constante marginalização, sexualização e disponibilidade da figura feminina e, de vez em quando, uma glorificação da persona chauvinista de James Bond".

Como o último filme analisado foi "Um Novo Dia para Morrer" com Pierce Brosnan, a pesquisa não levou em conta o novo James Bond de Daniel Craig que chora pela mulher amada e passa um filme todo praticamente sem pegar ninguém. Quem sabe, daqui a mais 20 filmes, não teremos um tipo diferente de mulher para o famoso agente de sua majestade?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Distúrbio do sono leva pessoas a fazerem sexo sem acordar

Publicado no Terra em junho de 2009
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No clássico filme de 1935, "Uma Noite na Ópera" - com os Irmãos Marx -, Harpo, totalmente adormecido, começa a agarrar as meninas que estavam tentando limpar a cabine de navio onde Groucho estava hospedado, que não titubeou: "Ele faz melhor dormindo do que eu acordado". Apesar do hilário espírito da famosa cena da cabine, na vida real existe um grave distúrbio do sono que levam homens e mulheres a praticarem sexo ou se masturbarem dormindo e não se lembrarem de absolutamente nada no dia seguinte. É a sexsomnia (em inglês), sexâmbulo (em espanhol) ou, em termos médicos, parasonia sexual.

O assunto desperta a curiosidade geral (uma só procura no Google pela expressão "sleep sex" - sexo durante o sono, em inglês - traz 552.000 resultados) e os estudos a respeito são relativamente recentes.

Em 1996, três especialistas canadenses em distúrbios do sono - os médicos Colin Shapiro, Nik Trajanovic e Paul Fedoroff - publicaram a primeira pesquisa médica a respeito do problema. Três anos depois, um grupo de médicos brasileiros do Centro de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostrou que a doença poderia ser tratada farmacologicamente. Entre eles, estava Flávio Aloe, neurologista e neurofisiologista clínico.

Em entrevista ao Terra, Aloe explica que essa condição é uma variante da parasonia normal, que é um distúrbio do nível de consciência e uma dissociação entre fazer e lembrar. Ou seja, clinicamente não há muita diferença entre o sexâmbulo e um sonâmbulo que se levanta a noite, dá alguns passos pela casa e volta a dormir.

"É, porém, uma condição potencialmente constrangedora e com conseqüências graves já que se for um assédio executado em uma pessoa não consentida, pode causar até uma acusação médico-legal. Imagine uma pessoa que seja supervisora em um acampamento de adolescentes e assedia à noite um jovem dentro deste conceito. É devastador para a pessoa e para o jovem", avalia.

E não são poucos os exemplos de gente que se deu mal devido a esse tipo de sonambulismo. Em 2005, o canadense Jan Luedecke foi julgado por ter estuprado uma mulher dois anos antes e livrou-se da acusação quando foi constatado que ele sofria de sexomnia. O próprio doutor Shapiro, do estudo inicial, testemunhou em favor do acusado alegando que não há crime quando não há a intenção de cometê-lo. O caso dividiu a opinião pública do país e atraiu a fúria de organizações de proteção à mulher.

Em 2007, um mecânico da Força Aérea Britânica, Kenneth Ecott, também foi inocentado da acusação de ter violentado uma menina de 15 anos, quando foi diagnosticado o mesmo problema. Na Austrália, em março último, a lei foi mudada nos territórios do norte já que mais uma pessoa foi inocentada de estupro devido a um testemunho médico. Os promotores querem mais rigor nesses casos.

Ainda este ano, a inglesa Haley Batty se tornou um sucesso na internet graças a um vídeo onde confessava ser uma sexâmbula e declarar que transa de três a quatro vezes por noite sem ter a menor lembrança no dia seguinte.

E não é só sexo que está envolvido na parasonia sexual. Em alguns casos estudados a pessoa se masturba e muitas delas acabam se machucando graças a uma falta de controle e até mesmo violência no ato.

E, antes que você ache que existam vantagens nesse tipo de comportamento onírico, saiba que muitos relacionamentos terminam devido ao medo dos parceiros ou até mesmo à falta de informação a respeito. A própria Senhorita Batty declarou que já levou muitos foras de homens que não acreditam que ela estava dormindo ou aqueles que se ofenderam por achar que ela estava zombando da performance dele. Em Singapura, um homem viu seu casamento se arruinar, pois sua mulher se sentia traída pelo fato dele se masturbar todas as noites enquanto roncava.

Preconceito leva a falta de informação
Obviamente que um comportamento assim gera uma situação de embaraçosa para quem está envolvido. Muitas pessoas, por temor a um vexame ou prejuízo de sua imagem pessoal, não procuram um médico quando são tomados pela performance sexual durante o sono.

Mesmo a sexsomnia em si não foi reconhecida pela Academia Americana de Medicina do Sono até 2005, o que aumenta essa resistência dos pacientes. O psicólogo da Universidade de Michigan e autor do livro "Sleepsex: Uncovered" (Sexo durante o sono: descoberto, em inglês) acredita que existam muito mais casos que os relatados.

O site www.sleepsex.org dá informações a respeito do distúrbio e pede para pessoas relatarem seus casos para que o estudo do distúrbio possa ser aprofundado. No Brasil não é diferente. O médico Aloe explica que existem pouquíssimos eventos relatados e que dificilmente são classificados como condições médicas.

Assim como no sonambulismo normal, a parasonia sexual manifesta-se em pessoas que tem uma pré-disposição genética na família. Também existem fatores estressores como privação de sono, stress sócio-psicológico, medicação e abuso de álcool e drogas que podem desencadear a doença.

"Não que esses fatores façam alguém, que nunca teve nada na sua história de vida, ter esse transtorno do despertar. Faz parte do conjunto de fatores de risco. Não conheço na literatura alguém que tenha inaugurado um caso de parasonia sexual sem ter tido histórico familiar de transtorno do despertar ou acessos antes", explica o especialista brasileiro.

O tratamento é tão simples quanto nos casos de parasonia tradicional: uma dose baixa de um medicamento que consolide o sono e, mais importante de tudo, alterações comportamentais focadas a corrigir os fatores desencadeantes como excesso de cafeína ou atividade física no horário errado. Nesses momentos, o que se convencionou chamar de higiene do sono é fundamental.

É necessário, ainda, entender que durante o sono você pode ter a reprodução de todo o repertório sobrevivencial como andar, falar, comer, atacar ou se defender. Este tipo de atitude, porém é inibido por outras estruturas mais fortes no nosso sistema nervoso central, mesmo porque de que serviria fazer esse tipo de atividade dormindo se o que o corpo e a mente da pessoa estão procurando é descansar?

Dentro da evolução humana, não é nada produtivo. Se você já passou por essa situação antes ou foi "vítima" de um sexâmbulo o melhor é procurar um centro de estudo de sono ou um neurologista. Acredite que, por mais divertido que possa parecer ter a capacidade de transar dormindo, o melhor mesmo é poder responder à pergunta "foi bom para você também?" depois do ato.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Confira uma lista dos melhores faroestes do cinema

Publicado no Terra em junho de 2009
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O western é considerado o cinema americano por excelência, pois não importa onde seja filmado, no Monument Valley na Califórnia ou no interior da Espanha, a trama sempre se passa durante a colonização do oeste dos Estados Unidos. O primeiro filme americano, O Grande Assalto do Trem era um faroeste e o gênero teve dias de glória dos anos 30 aos anos 60. Apesar de muita gente torcer o nariz para o gênero graças a uma antiga sessão de filmes na televisão, o faroeste nos brinda com grandes clássicos e histórias contundentes. O Terra montou uma lista com faroestes imperdíveis. Confira!

» Veja fotos dos filmes

No Tempo das Diligências (1939): filmaço de John Ford que colocou John Wayne no panteão das grandes estrelas, era inspirado por um conto de Guy de Maupassant e mostrava a vida dos passageiros de uma diligência atravessando a área indígena quando o chefe Gerônimo estava em pé de guerra.

Paixão de Fortes (1946): Henry Fonda é Wyatt Earp e o sarado Victor Mature, "Doc Hollyday", nessa adaptação de John Ford para o famoso duelo entre os dois e a família Clanton no Curral OK na cidade de Tombstone.

O Tesouro de Sierra Madre (1948): o filme de John Huston não é um western tradicional. Na verdade, é um dos maiores clássicos sobre cobiça e loucura ao mostrar três americanos que tentam achar ouro nas montanhas de Sierra Madre, no México. A interpretação de Humphrey Bogart é memorável.

Matar ou Morrer (1952): o primeiro western psicológico, com Gary Cooper como o xerife de uma cidade que recebe a notícia de que um bando de facínoras chegará no trem do meio-dia para um acerto de contas. O duelo entre o homem da lei e os bandidos nas ruas desertas e a cena final são sensacionais.

Os Brutos Também Amam (1953): grande filme que discute o que é ser um pistoleiro, na trajetória de Shane (Alan Ladd), que abandona as armas para trabalhar na fazenda de uma família, mas é obrigado a voltar ao antigo trabalho quando disputas territoriais acontecem na região.

Rastros de Ódio (1956): mais uma da dobradinha Ford/Wayne em um filme que discute racismo e intolerância na história da busca, por sete anos, de uma menina que foi raptada por índios. A última cena, com Wayne e seu distinto jeito de andar, tornou-se um marco.

Da Terra Nascem os Homens (1958): Gregory Peck é um marinheiro da Nova Inglaterra que, aposentado, resolve ir para o oeste e se torna motivo de escárnio entre os fazendeiros da região. Acontece que o homem tem um princípio de vida muito forte: não precisa provar nada para ninguém, a não ser para ele mesmo.

Onde Começa o Inferno (1959): John Wayne e Dean Martin em um grande filme do diretor Howard Hawks. Wayne é um xerife que precisa da ajuda de um bêbado, de um deficiente e de um jovem pistoleiro para defender a cadeia de um bando de malfeitores que querem libertar um prisioneiro. Foi refilmado depois como El Dorado (1966) e Rio Lobo (1970).

Sete Homens e um Destino (1960): refilmagem livre de Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa. A música-tema acabou virando jingle de uma marca de cigarros. Mexicanos atacados por um bandoleiro contratam sete pistoleiros para defender sua cidade (era mais barato do que comprar armas, segundo um dos personagens).

O Homem que Matou o Facínora(1962): um senador (James Stewart), que ficou famoso por ter matado o bandido Liberty Valance (Lee Marvin), volta para a sua cidade natal para o enterro de uma amigo (John Wayne) e conta a verdadeira história do incidente. Foi o filme que transformou Marvin em um dos grandes homens maus do cinema.

Por um Punhado de Dólares (1964): a obra que transformou Clint Eastwood, egresso da TV, em um dos maiores nomes de Holywood e o primeiro western-spaghetti do diretor Sergio Leone. Pistoleiro sem nome (sempre!), com seu indefectível charuto, chega a uma cidade dividida em duas facções em guerra e acaba trabalhando para os dois lados para enriquecer rapidamente.

Por alguns Dólares a Mais(1965): Eastwood retorna ao papel do filme anterior, desta vez como um caçador de recompensas perseguindo um bando chefiado pelo personagem do ator Gian Maria Volonté.

Três Homens em Conflito(1966): é o western número 1 do ranking do IMDB (site especializado em cinema), com Clint como "o bom", Van Cleef como "o mau" e Eli Wallach como "o feio", três homens que, em meio à Guerra Civil Americana, tentam chegar a um cemitério onde estaria enterrada uma fortuna em ouro. Da música de Ennio Morricone aos diálogos ferinos, é um filme perfeito.

Era uma vez no Oeste(1968): o único filme em que Henry Fonda fez o papel de vilão, e com uma crueldade de dar medo. Charles Bronson e Jason Robards dão um show à parte.

Meu Ódio Será Tua Herança (1969): o mestre da violência, Sam Peckinpah inovou a maneira de se mostrar o tiroteio colocando as cenas em câmera lenta e adicionando o sangue espirrando para todos os lados. O filme mostra um bando de assaltantes de banco que refugia-se no México. O massacre final é um verdadeiro banho de sangue.

Butch Cassidy & Sundance Kid(1969): baseado em dois bandidos que realmente existiram, consagrou a dupla Paul Newman e Robert Redford, além da música Raindrops Keep Falling on My Head.

Banzé no Oeste (1974): a sátira do genial Mel Brooks aos filmes de faroeste é considerada um dos grandes exemplos do gênero, já que mexe com a maioria dos clichês deste tipo de filme. Homem negro é condenado à morte por atacar um branco e consegue comutação da pena se assumir o papel de xerife em uma cidade. O que ele não sabe é que as pessoas lá são racistas. Apaches falando alemão, cenas imitando desenhos do Pernalonga e anarquia total dão o tom.

Silverado(1985): uma brincadeira de Lawrence Kasdan com o gênero western reunindo todos os grandes clichês em uma aventura formidável. Duelos, cowboys misteriosos, xerifes corruptos, cavalgadas desesperadas, está tudo lá. No elenco, Kevin Kline, Kevin Costner, Danny Glover e Scott Glenn.

Os Imperdoáveis(1992): a despedida de Clint Eastwood do gênero em um filme lento e tocante mostrando a história de um pistoleiro aposentado que precisa voltar às armas para defender um bando de prostitutas.

Há 30 anos morria John Wayne, um dos maiores "caubóis" do cinema

Publicado no Terra em junho de 2009
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Apesar de ter nome de mulher - ele se chamava Marion -, John Wayne foi uma das maiores personificações do legítimo macho durão e conservador, tanto nas telas como fora delas. Nascido em 26 de maio de 1907, Wayne entrou para a história do cinema como um de seus maiores ícones. Fumante inveterado, morreu em 11 de junho de 1979 por conta de um câncer.

Natural de Iowa, Wayne se mudou para a ensolarada Califórnia com a família aos quatro anos de idade. Por ser um bom jogador de futebol americano, conseguiu uma bolsa de estudos na USC (Universidade do Sul da Califórnia, na sigla em inglês), mas um ferimento o tirou do time. Quando isso aconteceu, ele passou a trabalhar em uma sorveteria cujo dono colocava ferraduras nos cavalos para os filmes de Hollywood. Foi assim que acabou conhecendo o astro de westerns mudos, Tom Mix, que conseguiu arranjar um trabalho de auxiliar de contra-regas para Wayne nos estúdios locais. Aos poucos, ele começou a fazer pontas nos filmes e foi aí que desenvolveu uma amizade com aquele que seria um dos maiores diretores do gênero, John Ford.

Em 1939, foi Ford quem transformou Wayne em astro de primeira grandeza quando o colocou no papel do bandido heróico Ringo Kid em Nos Tempos das Diligências. Wayne acabou trabalhando com o diretor em mais de 20 filmes, como no clássico Rastros de Ódio. Neste filme, ele fazia o papel do rude Ethan Edwards, homem racista e intragável, que parte numa busca de sete anos para resgatar a sobrinha raptada por índios. Sua predileção pelo personagem foi tanta que deu o nome de Ethan para um de seus filhos. Outro grande filme da parceira Ford/Wayne foi O Homem que Matou o Fascínora, que consagrou a máxima "quando a lenda é maior que a verdade, publica-se a lenda".

Fora das telas, Wayne era considerado um radical de direita, tendo sido um ativo perseguidor de "comunistas" na caça às bruxas dos anos 50, um defensor da guerra do Vietnã e até mesmo um racista declarado. Em uma entrevista para a revista Playboy nos anos 70 chegou a declarar: "não podemos de repente ajoelhar e desistir de tudo para os negros. Eu acredito na supremacia dos brancos até que os negros sejam educados a um ponto de responsabilidade". Sobre os índios ele disse: "era uma questão de sobrevivência. Precisávamos de terras que os índios egoisticamente tentavam manter para si".

Essa postura belicista e radical o levou a produzir, dirigir e atuar, em 1968, Os Boinas Verdes, único filme a defender a presença americana no Vietnã. Apesar disso, Wayne era muito admirado, até mesmo por seus desafetos. O radical de esquerda Abbie Hofmann chegou a dizer que gostava do estilo de Wayne, justificando que mesmo um homem das cavernas podia admirar o dinossauro que estava tentando engoli-lo.

Não foram poucos os pedidos para que Wayne entrasse para a política, mas ele achava patético um ator governando. Apesar disso, não hesitou em apoiar publicamente Ronald Reagan quando este se tornou governador da Califórnia.

Por ser um fumante inveterado, teve que remover o pulmão esquerdo e quatro costelas em 1964 devido a um câncer. Nos anos 70 foi diagnosticado com um câncer de estômago. Antes de morrer, teve a coragem de interpretar um velho cowboy com a doença em O Último Pistoleiro ao lado de Jimmy Stewart. Com 142 filmes no currículo e um Oscar de melhor ator por Bravura Indômita, faleceu em 11 de junho de 1979. Ele havia pedido que sua lápide tivesse o epitáfio "Feio, Forte e Formal", mas por 20 anos ela ficou sem inscrições até que foi colocada justamente uma de suas respostas à polêmica entrevista da Playboy: "o amanhã é a coisa mais importante da vida. Vem para nós à meia-noite, limpo. É perfeito quando chega e se coloca em nossas mãos. Espera que tenhamos aprendido alguma coisa com o ontem".

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O que ele tem que eu não tenho? Veja os lados bom e ruim de homens brasileiros e estrangeiros

Publicado no Terra em junho de 2009
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O Brasil é o país do futebol, do samba, do carnaval. O petróleo é nosso. Deus é brasileiro e além de ser um país de todos, que vai para frente, ninguém segura a juventude do Brasil. No fundo é isso: somos ufanistas sem sermos nacionalistas e nos achamos bons em tudo. Só que como fica a verve e o desempenho do legítimo macho brazuca frente às incautas moçoilas quando comparado ao europeu, americano ou ao argentino? Fomos perguntar para algumas meninas o que é se relacionar com um gringo e o que o brasileiro sai na frente ou ainda precisa aprender e chegamos a um ponto comum nos depoimentos: falta-nos cavalheirismo.

"O tupiniquim é mais galanteador e, às vezes, mais romântico. O chato é que sempre quer rachar a conta, e jamais abre porta do carro, puxa cadeira ou ajuda a gente a vestir o casaco. Por algum motivo, o infeliz acha que isso é quadrado", afirma Mônica Suannes, administradora de empresas de 37 anos. Regina Faria, analista de sistemas de 38 anos concorda: "é claro que existem exceções, mas dentre a maioria alguns têm vergonha de ser cavalheiros, dá pra acreditar? Outros acham bobagem, outros ainda acham injusto e outros simplesmente não gostam. Os estrangeiros, pelo contrário, fazem questão de o ser. Talvez seja a educação (ou a falta dela) que os nossos moçoilos recebem em nossa pátria amada".

E aí tem um ponto interessante: a educação que recebemos. E não adianta vir com a desculpa que é coisa de macho latino, porque aí do lado o tratamento é outro como afirma Mariana Gonçales de 28 anos, hoje residindo na Argentina.

"os argentinos tem sim algo europeu, mas a verdade é que são encantadores. Eles são mais românticos e cavalheiros, tem uma inteligência e um humor muito particular - que acredito que seja cultural - e são super politizados. Já o homem brasileiro é preocupado com a felicidade, com a alegria de viver. Se o time dele perde, se ele é demitido ou o relacionamento termina, fica triste, mas passa. Ao contrário do argentino que sofre por tudo e termina fazendo de sua vida um eterno tango, com muito drama. O brasileiro é intenso porém é mais divertido, despojado, natural - soa mais verdadeira a relação. Não sei se por uma questão cultural, ou de costume continuo preferindo os brasileiros".

Mônica já considera os hermanos mais ingênuos, porque pensam que estão se dando somente porque estão "pegando" uma brasileira. Uma coisa é certa, muitas meninas brazucas reclamam do fato deles acharem nossas mulheres muito fáceis (ou são as argentinas que são muito difíceis?)

Acontece que nem tudo são flores para quem se envolve com estrangeiros. Eles podem ser mais sensíveis aos apelos femininos por galanteios mais trabalhados, mas alguns costumes culturais acabam chocando e em alguns casos, divertindo.

Daniele Schupp, carioca de 40 anos, foi casada com um holandês e nos contou qual o maior conflito que teve com seu marido dos Países Baixos: "o velho problema com o banho. Uma vez meu ex voltou do treino de futebol, que era em um lugar bem distante na Baixada Fluminense e teve que pegar o trem lotado e subir a nossa rua, uma ladeira, à pé, debaixo de um calor infernal. Quando chegou em casa, exausto, queria se largar na cama limpinha. Mandei ele pro banho antes, e ele respondeu que já havia tomado uma ducha depois do treino e estava limpo. E quantas não foram as vezes que ele voltava da praia e não tomava banho, porque já tinha tomado banho de mar?".

Outra carioca, Aglay Scholz, de 35 anos, está casada com um alemão há 9 anos. Segundo ela, eles são carinhosos, fáceis de lidar e bem diretos, o que, segundo ela "no início até assusta, mas depois a gente ver o quanto que isso é bom". Outras qualidades listadas são de não serem tão machistas e não ter vergonha de se expor, dizem que amam na frente de quem quer que seja. "Já os brasileiros são divertidos, espontâneos (até demais), bons de cama, mas são cheios dos 'jeitinhos' que levam a mentiras e armações", complementa.

A nutricionista de 29 anos, Vanessa Strauss, não guarda as melhores lembranças de um relacionamento com um americano há alguns anos. Higiene pessoal foi uma das coisas que pegou. Só que o que irritava mesmo a menina era o ar de superioridade.

"O americano se achava o rei da cocada e dizia que era o seu povo era o melhor em tudo", afirma ela e complementa, "em termos de sexo, só pensava nele. Sem sombra de dúvidas, o brasileiro dá de 10 a zero."

Na verdade o brasileiro dá de 10 nos estrangeiros mesmo, menos nos gregos em termos de frequência de sexo e nos austríacos no tocante a dar e receber sexo oral. Isso é sabido graças a uma pesquisa promovida pela famosa marca de camisinha Durex e realizada pelo Harris Institute, envolvendo 26.000 pessoas em 25 países. Nela, os brasileiros ficaram em segundo lugar na quantidade de sexo por ano (145 vezes contra uma média mundial de 103), mas apenas 42% estão plenamente satisfeitos com sua vida sexual (a média é 44%).

A título de curiosidade, o Japão ficou em último lugar nas duas categorias, Nigéria em primeiro em termos de satisfação (78% das mulheres responderam que tem orgasmos em qualquer relação, seguidas das mexicanas), os tailandeses dominaram o ranking no uso de brinquedos sexuais e os suíços em realização de fantasias e prática de masturbação.

No final das contas, o que devemos mesmo é partir para o benchmarketing e copiar o que os gringos fazem de bom sem perdermos nossa identidade de homem brasileiro ou chegar ao ponto de parar de tomar banho e forçar um sotaque. A profissional de marketing Mariana coloca um ponto final nessa questão: "não existe melhor ou o pior. Brasileiros e estrangeiros são completamente diferentes e acredito que existam gostos para tudo".

Conheça mais de 35 maneiras de apimentar seu dia dos namorados

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terça-feira, 9 de junho de 2009

10 coisas que fazem do Pato Donald um legítimo brasileiro

Publicado no Terra em junho de 2009
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Uma pesquisa informal na década de 80 mostrou que o brasileiro se identificava mais com o Pato Donald do que com o Zé Carioca, esse sim produto da política de boa vizinhança americana em tempos de Segunda Guerra e uma caricatura do carioca romântico. Para quem gosta de quadrinhos não é difícil saber o porquê. Donald, que comemora 75 anos em 09 de junho, reúne o melhor e pior dos habitantes das terras de Santa Cruz, até mesmo quando está falando inglês. Confira abaixo os motivos:

Ele trabalha muito e está sempre devendo: Donald se mata para colocar o arroz e feijão no prato da família, mas chega ao final do mês sempre falta um pouquinho para comprar algo que ele realmente quer. Parece alguém que você conhece? Sem contar que está sempre devendo para alguém, especialmente ao seu tio.

Ele anda de carro velho e não troca por nada neste mundo: o velho 1313 pode enguiçar de vez em quando, mas está com o pato faz décadas e ele nem pensa em se livrar da charanga. Até mesmo quando se tornou o Superpato, preferiu colocar acessórios no calhambeque a sair por aí com um Aston Martin.

Ele tem primos que agem como cunhados: Peninha e Gastão são o próprio reflexo dos típicos irmãos de esposa. Um só aparece para filar a bóia, enquanto o outro fica se gabando de seu próprio sucesso e relembrando Donald de seu papel de fracassado.

Ele é explorado no trabalho: o famoso Tio Patinhas (cuja fortuna, em 2006, foi estimada pela Forbes - isso é sério - em 10,9 bilhões de dólares, perdendo para Montgomey Burns dos Simpsons e para "Daddy" Warbucks da pequena órfã Annie) sempre consegue um empreguinho para o pobre pato, mas com salários irrisórios como 0,05 centavos de pataca a hora ou o colocando em cargos esdrúxulos como arrancar as penas de preocupação ou polir as milhões de moedinhas na caixa-forte. E isso sem pagamento de hora extra.

Ele tem vizinhos irritantes: seguramente todo mundo que mora em prédio teve ou tem um Silva na vida. Aquele vizinho chato, que reclama de tudo, incomoda ao extremo e depois parte para a briga.

Ele cria o filho dos outros: Huguinho, Zezinho e Luisinho são filhos de sua irmã gêmea, Dumbella, que largou as pestes com ele e não mais apareceu. O brasileiro também é assim. Assume os problemas alheios como seus, não se importa com as conseqüências e parte para a luta. E é lógico que geralmente se dá mal.

Sua namorada o faz de gato e sapato: Margarida está com ele há 69 anos e, apesar do romance entre os dois, adora provocá-lo seja fazendo ciúmes com o Gastão, seja colocando-o para carregar os inúmeros pacotes de compras. E é óbvio que ela quer mudar o jeito dele de qualquer maneira. Assim, como a sua esposa faz com você.

Mesmo quando é especialista em algo, se dá mal: Donald já foi mestre-relojoeiro e destruiu os vidros de Patópolis. Também foi mestre-demolidor e pôs abaixo um asilo de multimilionários. Qualquer semelhança entre ele e a seleção brasileira de futebol em copas do mundo não é mera coincidência.

Ele quer uma vida pacata: o tio tenta de qualquer maneira mostrar ao sobrinho as vantagens e maravilhas de ser um empresário milionário de sucesso, mas o que Donald quer mesmo é apenas curtir uma tarde no parque tomando sorvete. Para que ter as preocupações e estresses de um ricaço? Sem contar que há sempre a possibilidade de se herdar algo ou ganhar na Mega Sena, não é mesmo?

Apesar de tudo isso, ele não desiste nunca: nenhuma adversidade tira o pato de seu rumo ou de conseguir o que quer. As coisas podem dar errado aqui e ele vai tentar algo novo lá. Mais ou menos como o brasileiro. Ou você acha que chegamos à posição de segundo povo mais otimista do mundo à toa?

Saiba como comprar uma lingerie para sua namorada sem erros

Publicado no Terra em junho de 2009
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O Dia dos Namorados está aí e um dos presentes mais certeiros é ofertar uma bela lingerie, de preferência mais sensual, para sua namorada. É um presente, aliás, que as meninas adoram por vários motivos: valoriza-as como mulher, mostra que você está feliz com o corpo dela e ainda promete brincadeiras apimentadas para "estrear" o regalo.

Veja fotos

Acontece que, segundo as lojas consultadas, o maior erro dos homens não é na escolha do modelo (sempre mais ousados, enquanto as mulheres escolhem os mais tradicionais), mas sim no tamanho. Se você é daqueles que não tem a menor idéia por onde começar a compra, aqui vai uma ajudinha:

Tamanhos
o rapaz tem que ter três vetores na cabeça ao comprar uma lingerie: tamanho do busto, largura das costas e tamanho dos quadris, portanto, escaneie a menina de cima a baixo antes de ir à loja. O formato da taça do soutien está ligado ao tamanho do peito e vai de A a DD, sendo o primeiro busto pequeno e último o formato super-litro. A largura das costas vai definir o número da peça. As brasileiras usam, geralmente, 42 B, ou seja, costas e peitos médios. Conselho de amigo: a menos que sua namorada seja gordinha e esteja muito feliz com isso, nunca, em hipótese alguma, compre tamanho G ou 44 para cima. Ela vai se ofender e achar que você a está chamando de Free Willy.

Tipos de calcinha
existem quatro tipos básicos de calcinhas: a Fio Dental (aquele que usa o mínimo de tecido e é muito íntima, pessoal e intransferível, ótima para momentos mais picantes), a tanguinha (um pouco maior que a anterior e com tecido para cobrir parte do bumbum), a biquíni (a mais comum, com laterais largas e bastante tecido) e a calcinha-boneca ou caleçon (que vai daquele modelo que a sua tia-avó usa aos mais divertidos, ótimas para mocinhas espevitadas que fazem o tipo mais teenager).

Tecidos e estampas
do básico algodão ao tule, tem de tudo no mundo da lingerie feminina, ao contrário do homem que opta apenas por algodão, sintético e agora bambu na escolha de uma cueca. O Fluity, por exemplo, é um tecido moderno, quase malha fria, ótimo para o tato e que é prático, pois seca muito rapidamente. A lingerie com tule e rendas deixa a moça extremamente sexy e o homem vai se sentir como um Toulouse Lautrec nos bordéis da Paris do século 19. As "divertidas" são aquelas com estampas alegres (esqueça os bichinhos) e cores tendendo para os pastéis. Escolha a que mais combinar com sua garota.

Cuidados ao comprar
Dependendo do tipo físico da menina, alguns modelos são mais ou menos indicados, por exemplo:

Se sua namorada tiver peito pequeno: evite qualquer tipo de sutiã sem enchimento e que não tenha aro. Ela quer realçar o busto e somente os modelos com bojo fazem isso, por mais que alguns caras insistem em chamar de propaganda enganosa. O enchimento também evita constrangimentos quando o ambiente estiver muito frio.

Se sua namorada tiver busto grande: aí é o contrário. Evite bojo e aros porque senão os peitos dela vão parar no pescoço. Aliás, com o advento das operações de silicone, os sutiãs sem aro ganharam força, mas a menina tem que ter um peito muito em cima para usá-los sem medo.

Para namoradas mais gordinhas ou com quadril largo: fuja do fio dental ou da tanguinha tradicional, para não dividir o corpo da menina em dois hemisférios independentes e ainda marcar na roupa. Na verdade, você tem que escolher peças com a lateral mais larga. Para isso, opte por modelos com elástico e alguns ajustáveis.

Para as magrinhas: as mais esbeltas, obviamente, ficam bem com tudo, mas as calcinhas string, aquelas que têm somente um fio na lateral realçam o corpo da donzela.

Para a total ausência de bumbum: o fio dental valoriza as meninas nessa categoria e obviamente compensam a falta do que pegar.

No caso de bumbum grande: no país da bunda, o traseiro feminino é mostrado de todos os jeitos, ignorando até regras de bom senso, mas se sua namorada não gosta de exibir a dela, a saída é dar um caleçon ou uma calcinha-boxer (parecida com a cueca feminina).

Outros acessórios
Tem gente que prefere fugir da dupla calcinha e soutien e partir para coisas como espartilhos, cinta-liga ou até mesmo camisolas sensuais. As regras são praticamente as mesmas, mas no caso das roupas de dormir, para as mais cheinhas, evite as muito justas. Presenteie a menina com uma peça enviesada e mais solta. Seguramente vai deixá-la mais sensual. Outra coisa que pode ser presente a mais acompanhando a lingerie é uma liga para as pernas no mesmo tecido ou estampa. A Miss Victoria, marca de lingeries de luxo, vendidas por todo o Brasil oferece esse plus aos clientes e afirma que é um sucesso.

Obviamente que no campo da sedução vale de tudo, especialmente bom senso. Portanto veja o estilo de sua namorada antes de escolher uma peça tão íntima. Se ela for mais conservadora que embalagem de Maisena, por mais corpo que tenha, uma calcinha fio-dental vai pegar mal. Se ela faz o tipo sedutor, um pijama de ursinho será equivalente a um banho de água gelada. Em todo o caso, valorize seu romance com uma lingerie e tenha, obviamente, um bom divertimento.

Pato Donald chega aos 75 anos

Publicado no Terra em junho de 2009
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Nervoso, explosivo, azarado, preguiçoso, teimoso e, ao mesmo tempo, muito encantador. Donald Fauntleroy Duck, o Pato Donald, chega aos 75 anos hoje, 9 de junho.

Foi em 1934 que o famoso personagem fez sua primeira aparição nas telas com o desenho animado A Galinha Sábia, onde apesar da tradicional roupa de marinheiro e da esganiçada voz (dublada por Clarence Nash, que faria a voz do personagem até sua morte, em 1985), não continha ainda as características de personalidade que o tornariam tão famoso. A animação foi um tremendo sucesso e Donald apareceu em outro desenho ao lado do carro-chefe da Disney, Mickey Mouse, em The Orphan's Benefit, onde se irritava ao extremo ao tentar declamar um poema e era atrapalhado pelas crianças.

Seus três sobrinhos, Huguinho, Zezinho e Luisinho, apareceram pela primeira vez nas tirinhas em 1937. Primeiramente, eles eram endiabrados, depois se transformaram em comportados escoteiro-mirins. A eterna namorada de Donald, Margarida, surgiu em 1940 em um desenho chamado Mr. Duck Steps Out.

O ano de 1942 foi particularmente especial para o pato. O desenho The Füerer's Face, onde ele sonhava viver em uma opressiva Alemanha nazista, ganhou um Oscar, e no mundo dos quadrinhos, um homem chamado Carl Barks assumiu as histórias do famoso personagem e desenvolveu toda uma mitologia em torno dele, criando e adicionando personagens, como Tio Patinhas, Pardal, Maga Patológica, o vizinho Silva e seu maior nêmeses, o primo sortudo Gastão. Foi com Barks que Donald cristalizou suas maiores características, como se dar mal em qualquer atividade que pudesse assumir (ele sempre começa como um especialista para depois destruir tudo) e ainda viajar pelo mundo em aventuras fantásticas ao lado do milionário tio. Barks desenhou a família pato até 1965 e teve toda sua obra relançada recentemente pela Editora Abril na extensa coleção O Melhor da Disney.

Em 1943, Donald visitou o Brasil no longa-metragem Alô Amigos, onde conhece Zé Carioca. O pato volta ao País alguns anos depois em Você Já Foi à Bahia?, de 1944, onde se apaixona por Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda.

Ainda em tempos de guerra, o sucesso do Pato Donald foi tão grande que, mesmo com a proibição da publicação de personagens americanos nos países do Eixo, ele continuou a ter uma revista na Itália - Benito Mussolini era um fã confesso. Os italianos são, até hoje, um dos grandes produtores de aventuras do pato (junto aos holandeses e dinamarqueses) e foram eles que, em 1969, o transformaram em um super-herói com a criação do Superpato, uma paródia de Diabolik, personagem de sucesso no país da bota.

Em 12 de julho de 1950, a revista O Pato Donald foi lançada no Brasil e marcou a estréia da Editoria Abril no mercado. Sucesso instantâneo, a primeira edição teve uma tiragem inicial de 82.000 exemplares, que foram vendidos rapidamente. Aliás, a revista Pato Donald é o título mais longevo do mercado brasileiro, são 59 anos de publicação ininterrupta.

Recentemente, o desenhista americano Don Rosa estudou todo o trabalho de Carl Barks e conseguiu criar uma consistência histórica na cronologia dos patos ao contar toda a vida e glória do Tio Patinhas. Nessa história, vemos que Donald é filho de uma das irmãs do multimilionário, Hortência, com Patoso, filho da Vovó Donalda, e tem uma irmã gêmea, Dumbella, que é a mãe de Huguinho, Zezinho e Luisinho. Aliás, é engraçadíssimo quando os pais de Donald se encontram, pois ambos são extremamente estressados e só se acalmam quando estão juntos, o que explica o comportamento explosivo do pato.

Mais de 200 filmes e milhares de tirinhas e histórias depois de sua estréia, Donald é um dos grandes ícones modernos. Já foi identificado com os brasileiros da década de 80 (por ser explorado pela família, se esforçar muito e nunca sair do lugar ou conseguir ser bem-sucedido) e também ferozmente atacado pelo escritor chileno socialista Ariel Dorfman em Para Ler o Pato Donald. Mas o pato nunca perdeu sua majestade. E hoje, mais do nunca, merece um grande e sonoro QUACK!