sábado, 14 de fevereiro de 2009

O Consigliere recomenda o verdadeiro pequeno notável

Publicado na revista VIP em julho de 2007

Como estai, paisan? Mio fratello, Mauro, me recomendou uma pelicolla muito louca, chamada “Uma Vida Iluminada e um dos personagens principais é um cachorro chamado Sammy Davis Júnior Jr. Daí me deu a inspiração de escrever sobre o artista que foi, na minha piccola opinão, o maior entertainer que a América já viu.


Baixinho, feio (perdeu um olho em um acidente de carro) e magérrimo, Sammy Davis Junior fazia de tudo: cantava, dançava, imitava e fazia rir.Fez parte do Rat Pack, grupo fundado por Frank Sinatra no qual faziam parte Dean “Dino” Martin, Peter Lawford e Joey Bishop. Grande defensor dos direitos humanos, Sammy foi atacado por ter se convertido ao judaísmo em 1954 (a comunidade judaica, na época, não o aceitava bem) e depois por ter se casado com uma loira sueca (não sendo aceito, desta vez, pela comunidade negra). Mesmo assim, brincava com sua condição de minoria, sempre zombando de si mesmo. Em um dos seus shows se colocava como alguém que esvaziava um bairro, quando se mudava, por ser negro, judeu e filho de latina. Sammy se foi em 1990, vítima de um câncer na garganta, mas você pode aproveitar para conhecer mais do seu trabalho conferindo a seleção abaixo:


EM DVD: Onze Homens e um Segredo (1960): a versão de George Clooney é muito boa, mas a original tem um dos finais mais sacanas e surpreendentes que já puseram num filme. Todo Rat Pack está lá, como ex-parceiros de guerra que se juntam para roubar TODOS os cassinos de Las Vegas em uma noite.


Em CD importado: At The Coconut Grove (1963): incrível show gravado no Ambassador Hotel em Los Angeles onde Sammy vai se soltando até levar o espetáculo a um frenesi. É de dobrar de rir os sketches onde ele fala de sua visita à Casa Branca para conhecer JFK e do seu sonho de ser d'Artagnan, além, é lógico, de sua habilidade vocal.


Em CD & DVD (pacote): Live & Swingin: lançado em 2003 pela Warner Music no Brasil, esse show de 1965 reunia Sinatra, Dino, Sammy e Johnny Carson em prol da instituição beneficente Dismas House. Veja a versatilidade do baixinho cantando acompanhado só de um bongô, imitando Astaire, Nat King Cole, Louis Armstrong, Dean Martin e Jerry Lewis e ensinando a platéia a dançar.


Ecco, só não me pergunte porque o canne se chamava Sammy Davis Junior Jr, ......ele nem cantava, nem dançava. Mas se aquele amigo seu, que se emociona com Ivete Sangalo, achar que tudo isso é coisa para velho, me escreva. Eu e meus associados vamos lhe poupar o trabalho e garantir que ele não chegue na velhice. Ciao, bello.


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