Al Pacino é, sem dúvida, um dos maiores monstros do cinema, que conseguiu sobreviver sem virar uma caricatura de si mesmo. Explico, Bob De Niro hoje só faz papel de Robert De Niro. Dustin Hoffman ficou simpático demais. Warren Beaty sumiu, mas Pacino arrisca e tem hoje a mesma força de interpretação do seu início de carreira. Ele completa hoje 71 anos de idade e, pesquisando sobre ele, descobri queo cara tem uma das biografias mais interessantes de Holywood, portanto aqui vão algumas curiosidades sobre ele, um dos meus atores favoritos:

1. O cara é solteiro até hoje. Tem um par de gêmeos com Beverly D´Angelo (a esposa da cinessérie Férias Frustradas) e uma filha com a professora de interpretação Jan Tarrant, mas sempre se recusou a casar. Bom menino.

2. Seu pai e avós eram de Corleone na Sicília, terra de Vito Andolini, o Don Corleone de O Poderoso Chefão, filme que o consagrou.

3. Recusou o papel de Han Solo em Guerra nas Estrelas e sinceramente, não dá para imaginar Pacino como o anti-herói de Lucas. Ainda nessa linha do “nada a ver com ele”, também dispensou Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Uma Linda Mulher.

4. Estudou no Actor´s Studio e é um dos maiores representantes do “método” de Lee Strassberg (que reza, entre outras coisas, que você deve viver o papel e trazer emoções reais de sua vida para compor uma cena). O ator Alec Badwin chegou a escrever uma tese de 65 páginas para seu curso na NCU só sobre a forma como Pacino atua.

5. Ninguém o queria para ser Michale Corleone, o filho hesitante de Don Corleone em O Poderoso Chefão, embora muitos atores consagrados na época quisessem o papel (Robert Redford, Warren Beatty, Jack Nicholson, Ryan O’Neal, Robert De Niro e outros brigaram por ele). Copolla insistiu em manter o ítalo-americano baixinho no filme e fez com que sua carreira deslanchasse. Anos mais tarde, Pacino pediu sete milhões para repetir o papel no Chefão III e Copolla ficou tão louco da vida que ameaçou começar o filme no enterro de Michael Corleone. Fecharam por cinco milhões.

6. Pacino não quis trabalhar em Apocalypse Now, pois, segundo ele, faria qualquer coisa por Copolla, menos lutar numa guerra. Também não pegou o papel do detetive David Kujan no fantástico Os Suspeitos de Brian Singer e diz que é seu maior arrependimento (o subestimado Chazz Palminteri acabou ficando com ele).

7. Não lhe faltam prêmios. Já ganhou um Oscar de Melhor Ator por Perfume de Mulher, dois Tonys (o prêmio dado ao teatro) por Does a Tiger Wear a Necktie? e The Basic Training of Pavlo Hummel, um
Emmy por Angels in America e ainda tem um prêmio Cecil B De Mille, dado pela imprensa estrangeira de Hollywood (a que organiza o Globo de Ouro) por sua contribuição ao cinema.

8. Além disso, a força de sua interpretação o faz figura constante em qualquer lista de cinema. Quando a revista especializada Premiere escolheu as 100 maiores performances de todos os tempos no cinema, Pacino apareceu e quarto lugar por seu Sonny Wortzik do fantástico Um Dia de Cão e em 20o. lugar por Michael Corleone. A mesma publicação colocou Tony Montana do sanguinário Scarface como o 74o. maior personagem do cinema, e o American Film Institute deu a seu Serpico, o policial que desafiou a corrupção na polícia de NY, o 40o. lugar entre os 100 Maiores Heróis e Vilões.

9. Geralmente quando um ator vai interpretar um cego, usa uma lente especial para lhe tirar a visão. Isso se o ator não é Al Pacino. Para Perfume de Mulher, ele interpretou o militar deficiente visual, simplesmente acostumando os olhos a não focar em nada. Parece fácil? Tente aí. Já em Insônia a coisa foi mais fácil, já que ele é um insone crônico.

10. A voz original do barman Moe de Os Simpsons é inspirada na de Pacino em Um Dia de Cão.

11. Ficou de 1985 a 1990 afastado dos cinemas depois do fracasso do drama épico Revolução dedicando-se ao teatro, sua maior paixão. Voltou com Vítimas de uma Paixão, um bom filme policial que eternizou a música Sea of Love.