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Liz Taylor morreu hoje aos 79 anos de idade. Ela foi um dos rostos mais bonitos de Hollywood e um dos grandes mitos surgidos no cinema clássico. Inglesa de nascimento, filha de pais americanos, Liz teve um carreira consistente no cinema, começando como artista em filmes infantis e aos poucos assumindo papéis cada vez mais profundos e intensos. Fora das telas, deu muito assunto para as revistas de fofocas com seus oito casamentos com sete maridos, seu alcoolismo. Deixou-nos como Dama do Império Britanico, com dois Oscars e um prêmio humanitário pela sua luta contra a Aids na prateleira, como estudiosa da Cabala e madrinha dos filhos de Michael Jackson. Mais do que tudo, foi embora como um mito.
Seu começo no cinema foi engraçado. Extremamente bonita mesmo quando criança,com uma mutação que a fez nascer com dupla fileira de cílios, e com seus deslumbrantes olhos violetas, a menina conseguiu um contrato com a Universal Pictures onde fez apenas um filme, aos sete anos de idade, There´s One Born Every Minute em 1942. Seis meses depois o estúdio cancelava o contrato, pois segundo um dos chefes de produção, “ela não sabe cantar, não sabe dançar, não sabe interpretar e mais, sua mãe é uma das pessoas mais insuportáveis que eu já conheci”. Foi aí que entrou a MGM e Taylor é a atriz humana principal de Lassie e a Força do Coração com o astro infantil, Roddy MacDowall. Além dos filmes da cachorra mais famosa do cinema, Liz atuou naqueles baseados em grandes clássicos da literatura como Jane Eyre e Quatro Destinos e ainda mostrou sua verve cômica no ótimo O Pai da Noiva e na sua sequência, ambos ao lado de Spencer Tracy.
Em 1951 veio uma das maiores interpretações de sua carreira, Um Lugar ao Sol de George Stevens. Nesse filmaço ela faz a socialite mimada Angela Vickers, objeto da paixão de Montgomey Cliff, um pobretão que engravidou uma colega de trabalho. A força de sua performace encantou a crítica, mas não o estúdio. Ela continuou a fazer papéis de meninas tolas ou de caricatura de si mesma em filmes como Ivanhoé, Rapsódia e No Caminho dos Elefantes.
Em 1955, aconteceu Assim Caminha a Humanidade e nada mais foi o mesmo para ela. Depois da saga do Texas ao lado de Rock Hudson, veio uma interpretação visceral em Gata em Teto de Zinco Quente, o chocante drama De Repente no Último Verão e Disque Butterfield 8, que lhe deu um Oscar. Em 1960, Liz, já uma estrela com direito a chiliques e exigências absurdas quase levou a Fox à falência com seus constantes atrasos nos três anos de filmagens da superprodução Cleopatra. Foi nesse filme que ela conheceu o ator Richard Burton e os dois fariam 11 filmes juntos e se casariam duas vezes. Lançado em 1963, o filme, tão dispensioso, levou 10 anos para se pagar.
Ainda na década de 60, Taylor brilhou no divertido A Megera Domada, em Quem tem Medo de Virginia Wolf, O Pecado de Todos Nós (este ao lado de Marlon Brando) e Jogo de Paixões com Warren Beaty. Nos anos 1970 e 1980, ela se dedicou a filmes menores e produções para a TV. Destes se destacam A Maldição do Espelho baseado em Agatha Christie e Os Flintstones como a sogra de Fred.
Taylor sempre foi também a rainha dos tablóides. Colecionava jóias e maridos. Seu primeiro casamento foi com o milionário socialite (drogado, dizem as más línguas) Conrad Hilton Jr, seguido pelo ator Michael Wilding e pelo produtor Michael Todd (deste ela enviuvou). Em 1959, veio o grande escândalo. Taylor roubou o ator e cantor Eddie Fischer de sua amiga Debbie Reynolds (e os dois são os pais de Carrie Fischer, a Princesa Leia). Entre 1964 e 1974, ficou casada com o ator Richard Burton. Os dois se divorciaram, só para casar de novo em 1975 e separarem de novo em 1976 (e neste meio tempo, ela teve um caso com um dos minitros do Xá iraniano Reza Pahlevi). Ainda em 1976, ela se casou com o senador republicano John Warner e em 1991 com o empreiteiro Larry Fortensky, que conheceu em uma clínica de reabilitação para alcoólatras (um dos seus grande vicios, além do cigarro).
Com todos os escândalos e doenças que teve a partir dos anos 1960, ela nunca deixou de ser uma estrela maior, que brilhava mais que as outras e que encantava quem aparecia na sua frente. Com a morte de Elizabeth Taylor vai-se embora toda uma época de glamour, elegância e estilo. Deus salve a Rainha!
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