quinta-feira, 19 de março de 2009

Conheça as Bond Girls que fizeram história no cinema

Publicado no Terra em março de 2009
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Depois do primeiro filme, 007 contra Dr. No , que tem Ursula Andress como Bond Girl, o filme que veio na sequência, Moscou contra 007 (1963) teve a maravilhosa italiana Daniela Bianchi como a relutante espiã russa Tatiana Romanova. Assim como Ursula, Daniela teve que ser dublada em suas falas, já que não falava nada de inglês, mas isso não importa. A moça compensava em beleza.

Em Goldfinger (1964), a melhor de todas as aventuras do espião, babava-se primeiro com Shirley Eaton, aquela que teve o corpo pintado de dourado, depois com Tania Mallet, a irmã da mocinha morta. O bacana é que neste filme finalmente o público se depara com uma Bond Girl diferente, feroz e bem avançada para a época, que ainda por cima carregava um nome singelo: Pussy Galore, interpretada por Honor Blackman.

Claudine Auger, a Domino de 007 e a Chantagem Atômica (1965), havia sido Miss França antes do filme, mas a italiana Luciana Paluzzi não fazia feio como a assassina Fiona Volpe.

Em 007 Só de Vive Vuas vezes (1967), a beleza estava no oriente, já que a missão se passava no Japão e Akiko Wakabayashi fazia a doce e fatal Aki, em um filme que trouxe a coisa mais inverossímil de toda a série: o escocês Connery travestido de japonês.

George Lazenby entrou no lugar de Sean Connery em 1969 para A Serviço de Sua Majestade e encontra uma série de beldades no covil de seu arqui-inimigo, Erns Stavro Blofeld (Telly ¿Kojak¿ Savallas), mas seu coração pende para a antipática Tracy de Vicenzo, personificada por Diana Rigg.

Os Diamantes são Eternos (1971) trazia a sem graça Jill St. John como Tiffany Case, depois que Raquel Welch, Jane Fonda e Faye Dunaway recusaram o papel. Ela pelo menos ganhou a fama de primeira Bond Girl americana da série.

Em 1973 um substituto à altura de Connery aparece, o britânico Roger Moore. Como 007, ele seduz a belíssima Jane Seymour e ainda usa um truquezinho legal para levar a moçoila para a cama em Viva e Deixe Morrer. Já O Homem da Pistola de Ouro (1974) traz duas mulheres fantásticas para deixar Bond louco: Britt Ekland como Mary Goodnight (não é à toa que Austin Powers sacaneou com os nomes das personagens) e ainda Maud Adams como Andrea Anders, a namorada do vilão, Scaramanga.

Em O Espião que me Amava de 1977, a senhora Ringo Star, Barbara Bach, aparece na tela como a agente russa determinada a matar James Bond. Não só não consegue como vai repetidamente para a cama com ele. O péssimo 007 e o Foguete da Morte, com algumas cenas filmadas no Brasil, teve sua fraca história compensada pela beleza sem igual de Lois Chiles com sua Dra. Holly Goodhead.

Em Octopussy, de 1983, Moore ainda teria em seus braços Maud Adams mais uma vez (sim, ela é a única Bond Girl a trabalhar em dois filmes como dois personagens diferentes) e seduziria a andrógina cantora Grace Jones e a ex-pantera, ex-That´s 70´s Show, Tanya Roberts em sua despedida do papel em Na Mira dos Assassinos de 1985.

Entra em cena, Timothy Dalton e seu Bond sério. Em Marcado para a Morte, de 1987, a bonitinha Maryam d'Abo faz a violoncelista Kara Milovy. Já em Licença para Matar, que mais parece um episódio da extinta série Miami Vice, 007 se vê frente a frente com duas beldades: Talisa Soto como Lupe Lamora e Carey Lowell como Pam Bouvier.

Com Pierce Brosnan assumindo o manto no século 21, as mulheres se tornaram mais decididas e fortes, a começar pela chefe. A "M" de Judi Dench é simplesmente genial. No seu primeiro filme como Bond, Goldeneye (1995), Brosnan encontra a assassina mais original de toda a franquia, Xenia Onatopp com Famke Janssen mais bonita do que nunca (depois ela foi a Jean Grey de X-Men). A moça matava com as pernas (e que pernas!). Já no lado das boazinhas, 007 acaba ficando com outra russa, Natalya Simonova, feita pela polonesa Izabella Scorupco.

Em O Amanhã Nunca Morre de 1997, a série trouxe Teri Hatcher como Paris Carver, esposa do vilão e ainda a mestre em artes marciais, Michelle Yeoh (de O Tigre e o Dragão) como Bond Girls. Só que em termos de beleza nada supera O Mundo não é o Bastante (1999) onde a maravilhosa Denise Richards faz uma improvável cientista nuclear, Christmas Jones, enquanto Bond está mesmo a fim da quase-desprotegida Elektra King com a francesa Sophie Marceau.

Um Novo Dia para Morrer de 2002, última participação de Brosnan, e comemorando a 20ª aventura de Bond, mostra Halle Berry saindo do mar emulando a aniversariante de hoje, Andress, numa homenagem que deveria ser repetida à exaustão. Só que o filme também teve Rosamund Pike como a fria Miranda Frost.

Daniel Craig e seu 007 guardam pouquíssimas semelhanças com seus antecessores, mas mostraram que não brincam em serviço. Apesar de Eva Green ter mostrado todos os seus dotes em Os Sonhadores de Bertolucci, está bastante recatada e bem sem graça em Cassino Royale de 2006. Mulherão mesmo era Caterina Murino, só que Bonde se apaixona pela insossa Vésper Lynd. Então, na aventura seguinte, Quantum of Solace de 2008, ele fica lado a lado da ucraniana de cair o queixo, Olga Kurylenko e não faz absolutamente nada. Espero que na próxima ele volte a ser mais canalha.

Enfim, a mais sensacional Bond Girl de todos os tempos é, na verdade, a Srta. Moneypenny. A coitada deu em cima de Bond na maioria dos filmes, mas conseguiu ganhar apenas alguns beijinhos na testa. Ela merece essa distinção.

Um comentário:

Marcelo Tadeu disse...

Na verdade, aos 12 anos, eu tinha duas paixões... esqueci da Claudine Auger!!