quinta-feira, 5 de março de 2009

Ao fazer currículo, seja claro, simples e direto

Publicado no Terra em março de 2009
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Na quarta reportagem da série sobre a melhor forma de procurar empregos em tempos de crise, o Terra procurou três especialistas para entender qual é a melhor maneira de preparar um bom currículo. A resposta surpreende: não existe um modelo ideal. Eles foram unânimes em dizer que o CV deve ser claro, simples e direto, com no máximo duas páginas. "Quando se coloca muita coisa, não consegue ser objetivo. Já vi currículos de 22 páginas e de meia página. O importante é conter a essência do profissional", diz Rodrigo Vianna, da Hays Consulting.

É preciso ter dois cuidados na hora de redigir um CV: saber quem lerá e o que é importante relacionar nele. Um exemplo: os profissionais de vendas e da área comercial devem contar sobre as conquistas, com números e valores. Já aqueles que trabalham em áreas técnicas, os cursos e atualizações ganham mais peso. A consultoria Authent recomenda que o candidato faça dois CVs. Um deles será destinado aos leitores de currículo (consultorias, departamentos de recursos humanos de empresas), com todas as datas, empresas, tecnicalidades e cursos que o profissional atendeu. O outro, com uma pegada mais de marketing, voltado a profissionais das áreas contratantes, que mostram mais histórias e realizações.

Outro detalhe interessante na hora de fazer um currículo é escrever uma carta de apresentação. Isso porque empresas de recrutamento e as corporações recebem dezenas de currículos todos os dias. A carta de apresentação nada mais é que um mini-currículo, um resumo de suas aptidões profissionais, de preferência em quatro ou cinco linhas. Segundo o consultor Pedro Carvalho, a carta tem de mostrar de forma sucinta o que o profissional sabe, quais são seus grandes diferenciais. Quando vê uma carta que mostra o que ele está procurando, o profissional de RH já comemora pois acredita que achou seu candidato ideal.

E outro ponto importantíssimo é que seu currículo só deve ser enviado aos cargos nos quais o profissional se encaixa. Se o anúncio pede inglês fluente e a pessoa não fala nada do idioma bretão, é melhor nem arriscar. Enviar CVs para qualquer vaga pode ter o efeito contrário: mostrar que o profissional não tem foco em sua carreira. Muitas consultorias disponibilizam o telefone do responsável pela vaga em seus sites. É ideal fazer uma ligação, explicar seu interesse antes do envio. O mesmo cabe para os RHs de companhias. Se conseguir um contato, ligue antes para pedir autorização para o envio do currículo e assim sua chance de ir para a caixa de spam reduz bastante.

Nesta sexta-feira, dia 06 de março - o que é preciso fazer para se sair bem em uma entrevista de emprego.


Hays - Consultoria especializada em ajudar empresas a contratar. Informações: www.hays.com.br.

Authent - Consultoria com unidade especializada na recolocação de executivos. Informações: www.authent.com.br.

Dulce Salles - Consultoria especializada em empregos no mercado de luxo. Informações: www.dulcesalles.com.br.

2 comentários:

Marcelo Tadeu disse...

Dá-lhe outra enquete disputadíssima!!
Sei que não é maioria e que existem níveis diferentes de trabalho, mas engraçado como nos últimos meses escuto histórias que escutava há 15, 20 anos atras: do pessoal não conseguindo emprego através do envio do CV, mas sim pela força da pessoa no mercado (por suas qualificações, o que infelizmente gera o "pula-pula"), através de "fortes" amizades ou ainda pelo marketing pessoal... isso sem contar a invasão no mercado da "admissão temporária não remunerada sem auxílio de custo"!!!??!!... mas isso já é outro tema...

Unknown disse...

Acho que hoje em dia depender somente de currículo é uma alternativa muito fraca. Se tiver uma grande experiência mas o currículo não mostrar isso, pode ser prejudicial, valendo tb o contrário, não saber p...nenhuma mas ter um currículo lindo, encadernado, folhas couchê, fontes de letras bonita, bem redigido, cheio de voltas e termos difíceis. Penso que somente ter indicação, sem ter capacidade comprovada tb não dá. O ideal seria ter o que, afinal? QI (quem indica), currículo bem formulado, bom conhecimento e experiência, dar-se bem em grupo/equipe, inteligência emocional (tá em moda ainda?), etc.etc. etc. Parece até que são fórmulas milagrosas que variam de tempos em tempos e são incrementados por uma novidade ou outra. Outro dia ouvi que além de um bom currículo, bom conhecimento, etc, os RH de hoje verificam se vc tem vida pessoal além do profissional, se viaja bastante, pois aí mostra que tem interesse por novas experiências, se tem algum hobby, se pratica esportes, etc.etc.etc. Cada hora inventam um argumento ou item diferente, e vc tem que ser a pessoal ideal, que sabe tudo, faz tudo, pai de família, viaja, malha, mergulha, lê monte de livros e revistas, vai ao cinema toda semana, faz atividades sociais para necessitados, toca algum instrumento musical, vai a concertos, seminários, congressos, sabe tudo sobre política, mercado, economia, limpa a casa, cozinha e passa roupa. Caracas!! Nem o Superman é assim. Haja.... No fim, o melhor é ser vc mesmo, pq nunca vai atender a tudo o que querem de alguém ideal, e vc não precisa ser alguém que não é.