terça-feira, 31 de março de 2009

Cadeira do capitão Kirk é a fronteira final em decoração

Publicado no Terra em março de 2009
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Alguns homens têm a fantasia, desde criança, de dirigir uma Ferrari. Outros gostariam de poder jogar futebol no Maracanã. Já para os fanáticos por Jornada nas Estrelas (ou Star Trek, conforme o gosto dos fãs), mais que usar uniformes da Frota ou orelhas do Spock, o máximo é sentar na cadeira do capitão Kirk e comandar a sua nave. Isso, sem sair da sala de estar.

» Veja fotos de fãs do capitão Kirk, orgulhosos com suas cadeiras

Quase quarenta e três anos depois de seu lançamento, as aventuras de Kirk, Spock e Cia continuam no imaginário popular e muitos americanos estão construindo ou comprando cadeiras de capitão para complementar a decoração da casa, segundo o New York Times. Scott Veazie, de 27 anos, não era nem nascido quando Star Trek foi ao ar pela primeira vez, mas as inúmeras reprises na TV o encantaram mais do que as séries mais modernas da franquia. Veazie construiu sua própria poltrona de capitão e a exibe, orgulhoso, em sua sala. "Quando alguém vem em casa, é a primeira coisa que repara", diz o trekkie.

Para montar uma, os fãs têm à disposição livros e websites com plantas detalhadas de cada componente da nave estelar Enterprise, como, por exemplo, o site Star Trek LCARS Blueprints Database. Para aqueles que não querem se dar ao trabalho de passar semanas montando uma, empresas como Diamond Select Toys & Collectibles, vendem uma réplica perfeita pela bagatela de US$ 2.700. Esta versão, que possui 1701 peças (em homenagem ao número de registro da Enterprise - NCC 1701), vem com luzes e efeitos sonoros.

Alguns eternos capitães Kirk dométicos já querem algo mais útil que simplesmente luzinhas e sons. Keith Marshall, outro trekker de carteirinha, está adaptando um sistema de comunicador residencial e controle de luzes da casa nos botões na poltrona que está construindo.

A cadeira original do seriado foi vendida em 2002 em um leilão e alcançou a marca de US$ 305.000, fazendo parte hoje do Science Fiction Museum and Hall of Fame em Seattle, nos Estados Unidos. Há várias versões para a origem da peça. Alguns dizem que foi baseada em um modelo produzido entre 1962 e 1968 pela Madison Furniture Industries of Canton. Só que Herbert F. Solow, antigo vice-presidente da Desilu, estúdio da comediante Lucille Ball, onde Star Trek era filmado, já afirmou que foi feita com sobras do estúdio (como quase tudo da série, reza a lenda). Da mesma opinião é John Jefferies, designer e irmão de Matt Jefferies, o homem que projetou todas as naves e cenários do seriado. John se lembra de ajudar seu irmão a construir a cadeira com madeira compensada e pintá-la de cinza.

A poltrona em si era extremamente desconfortável, já que os braços eram baixo demais e muito afastados, o que explica porque William Shatner, o ator canadense que fazia o capitão Kirk, estava sempre inclinado para a frente. Só que o charme da poltrona era imbatível, e os antigos fãs já estão chiando a respeito da nova versão no filme de JJ Abraham que estréia em breve. Segundo eles, parece uma cadeira de escritório.

Voltando aos fãs, o que uma pessoa sente ao ter uma cadeira de capitão em casa? Bruce Boyd, que também montou a sua, afirma: "todo mundo quer se sentar nela. Tem algo de carismático, é difícil explicar. Eu sei que não é real, mas toda vez que sento nela, sinto um arrepio na nuca. Além disso, tenho quatro filhos e, quando há uma briga doméstica, é nela que aplico a lei". Clark Bradshaw, designer gráfico, adora fazer caras e poses sentado na sua. É inevitável. Já Todd Sturgeon se sente o comandante da casa e não deixa de jogar videogames de Star Trek, em sua própria poltrona do Kirk.

E o que as esposas deles acham de tudo isso? A senhora Bradshaw permitiu que a cadeira ficasse no escritório de Clark e o ameaçou com um divórcio caso ela voltasse para a sala de estar. Já Bárbara Paugh, esposa de Mike Paugh, que assiste aos episódios em sua cadeira especial e reproduz verbalmente cada som e diálogo, já é mais contundente: "acho que meu marido é um nerd".

E antes que você também comece a pensar "que nerd babaca", fica a pergunta: existe alguma diferença entre esses fanáticos com seus uniformes espaciais e aqueles indivíduos que se travestem com a camisa de seu time de futebol, não admitem que se use as cores do adversário e enchem o carro ou quarto do filho com flâmulas e símbolos? Cada um com sua paixão, meu caro!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ovos de Páscoa caseiros podem dar lucro de 100%

Publicado no Terra em março de 2009
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Uma ótima maneira de conseguir um dinheirinho extra nesses dias que antecedem a Páscoa é arregaçar as mangas, fazer o ovo de chocolate de seus sonhos e colocá-los à venda. Simples de produzir e com custo muito baixo, o ovo de Páscoa caseiro é uma ótima pedida para aqueles que querem aumentar a renda ou ainda dar um presente mais exclusivo e pessoal.


Segundo o especialista internacional em vendas, Marcelo Ortega, “vender mais na páscoa é fazer com que o produto em questão, não represente um precinho ou preção, mas um desejo que proporciona benefícios como felicidade, harmonia, solidariedade, convivência humana, paz de espírito”. E é lógico que os chocolateiros caseiros têm que ter isso em mente ao bolar seus produtos. Entregar algo diferenciado e feito com carinho.


Para aqueles que vão se aventurar neste trabalho, a boa notícia é que cada ovo produzido pode dar um lucro de 100% sobre o investimento. Maria Scinke Vitorino, paulista de 53 anos da zona sul de São Paulo, produz ovos em casa há 20 anos. Segundo ela, cada confeito (contando não só ingredientes como também embalagem e gás de cozinha) custa-lhe em média R$ 15,00 e são vendidos em torno de R$ 30,00. Apesar da clientela ainda restrita, dona Maria diz que chega a lucrar de R$ 1500 a R$ 2000 em apenas três semanas de trabalho.

Truques para vender mais
A pessoa deve atentar para alguns detalhes antes de começar, especialmente referente aos truques de marketing a serem usados (se dá certo para as grandes empresas, funcionará para você):

1. Não é difícil produzir um ovo de Páscoa, mas se você nunca fez um, tem a opção de assistir a um dos inúmeros cursos que aparecem nessa época ou, caso prefira aprender sozinho, é recomendável testar algumas receitas antes de colocá-los à venda ou pode queimar a freguesia.

2. Seus familiares podem se tornar ótimos vendedores de seu produto. Bote o maridão ou a esposa para vender na empresa, os filhos para divulgar no colégio ou faculdade, informe os vizinhos e assim por diante. Se possível, dê uma comissão a eles e a seus amigos que se dispuserem a divulgar seus ovos. Outra boa tática é oferecer ovos gratuitamente para aqueles que mais trouxerem clientes.

3. Um truque sempre muito bom é distribuir pequenas amostras grátis. Se morar em prédio, deixe um bombom em cada apartamento, por exemplo, com um bilhetinho avisando de sua empreitada. Lembre-se que se as pessoas se deliciarem com seu quitute, vão querer mais e também que você, estará lutando contra grandes marcas já estabelecidas há anos no mercado.

4. Internet não é só bate-papo e sim, uma tremenda ferramenta para divulgar seu chocolate. O site Mercado Livre, por exemplo, oferece recursos de venda onde você não paga nada para a divulgação dos ovos e sim um pequeno percentual sobre cada unidade vendida. Além disso, redes de relacionamento como Orkut, se mostram uma mão na roda para avisar os amigos e conhecidos que você é um chocolateiro de primeira.

5. Ingrediente é tudo nessa vida e a opinião dos clientes também. Escolha boas marcas de chocolate e recheios de qualidade. Lembre-se sempre de perguntar a quem comprou se gostou e se há algum ponto a melhorar. Maria Vitorino passou a usar chocolate fabricado pela Munik, porque a marca anterior era considerada “muito doce” pelos seus clientes e viu a satisfação aumentar (e, obviamente, as vendas também).

6. Pesquise preços na sua região antes de colocar um valor em seus ovos. Produtos muito baratos causam desconfiança e muito caros precisam de muito justificativa ou não vendem.

7. Atente para a sua capacidade de produção, ou seja, não adianta nada receber um pedido de 100 ovos se você só consegue fazer 30. Uma oportunidade pode se transformar em um pesadelo se você se comprometer com algo que não tem capacidade de entregar. E o cliente nunca mais voltará a confiar em você de novo.

8. Saiba fazer vários tipos de ovos. Além do tradicional, existem receitas de trufado, crocante, craquelado, recheado, marmorizados etc. Quando pegar mais experiência, que tal personalizar o ovo para o cliente?

9. Não esqueça que além do ovo, você tem que pensar nos bombons ou no brinde. Se optar por brinquedinhos, atente para aqueles que levam o selo do Inmetro, pois não vai querer uma criança engasgando com seu regalo e um pai revoltado em seu encalço. Já nos bombons, a variedade de sabores conta a seu favor.

10. Procure registrar o nome e email de seus clientes. Com isso pode agradecê-los por preferirem seus ovos, fazer pesquisas de satisfação e principalmente divulgar seus produtos no ano seguinte.

Quanto custa produzir um ovo de páscoa
Para calcular o custo de um ovo de páscoa, pesquisamos em sites de fornecedores de acessórios e encontramos os seguintes preços:

» Barra de chocolate 1kg: de R$9,00 a R$17,50

» Forma Silicone para ovo de 500g: R$4,50

» Forma PVC para ovo de 500g: R$0,70

» Forma para bombom PVC: R$0,70

» Kit misto com 10 mini-brinquedos plásticos: R$1,40

» Base para ovo de páscoa: de R$0,99 a R$1,30 (10 unidades)

» Fecho prático para ovo: R$1,65 (100 unidades)

» Fita para fechamento: R$12,90 (50 metros)

» Embalagem para ovo: de R$19,90 a R$23,90 (50 unidades)

» Celofane: R$1,35 (3 folhas)

» Embalagem Bombom: R$3,70 (100 unidades)

» Papel Chumbo (alumínio) decorado: R$23,90 (50 unidades)


Ou seja, um ovo de 500g, recheado de bombons e brinquedinhos custaria ao chocolateiro caseiro em torno de R$ 12,00, levando-se em conta ainda o custo do gás de cozinha, luz elétrica e investimento em utensílios. Um ovo de páscoa com esse mesmo peso, de marcas mais famosas, está saindo com o preço mínimo de R$ 35,00 nos supermercados. Assim, vendendo-o a cerca de R$ 25,00, você estará conseguindo seus 100% de lucro. É ou não um grande negócio?

sábado, 28 de março de 2009

Homens levam apenas 8,2 segundos para se apaixonar

Publicado no Terra em março de 2009
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Sabe aquela coisa do amor à primeira vista? Pois é, conseguiram mensurar o tempo que leva para um homem achar uma menina atraente ou não só de bater os olhos. Estudo publicado no jornal Archives of Sexual Behavior, analisou, por meio de câmeras escondidas, o comportamento de 115 estudantes durante conversas com atores e atrizes. Depois disso, os jovens responderam a uma pesquisa que tinha como objetivo medir o grau da atração sentida pelos interlocutores - cada um deles.

Os moços analisados olharam nos olhos das moçoilas que achavam interessantes por no mínimo 8,2 segundos, mas esse tempo caiu para 4,5 segundos quando não se deslumbravam com a pessoa. Se esse contato visual passava dos 8 segundos, a chance de estarem "sentindo algo" era bem maior. Já no caso do público feminino, não foi encontrada diferença neste tipo de comportamento. Elas despendiam o mesmo tempo olhando diretamente nos olhos dos interessantes ou desinteressantes.

A conclusão foi a de que essa diferença entre homens e mulheres ainda está fortemente ligada a heranças evolucionárias. Segundo os responsáveis pela pesquisa, para o público masculino, "a atração física pela beleza da face sinaliza a qualidade - genética e fértil - da parceira, o que aumenta a viabilidade de reprodução". Por isso, eles não tiram os olhos das mais interessantes apenas. Já no caso das mulheres, como o que vale são os relacionamentos mais estáveis, elas não deixarão de olhar nos olhos de um homem só porque o visual não lhe agrada. E os cientistas complementam: "mostramos que os homens se empenham em estratégias de união mais evidentes e proativas, enquanto as mulheres se concentram em estratégias mais ocultas e cautelosas".

Chocolates que marcaram época

Publicado no Terra em março de 2009
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quarta-feira, 25 de março de 2009

Homens, com H maiúsculo, vivem crise emocional

Publicado no Terra em março de 2009
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O que é ser homem nos tempos de hoje e qual o verdadeiro papel do masculino na sociedade moderna? Muita gente aí, de ambos os sexos diga-se de passagem, responderia que homem que é homem não questiona isso e dariam a questão por encerrada, mesmo porque é mais fácil fugir do assunto. O problema é que os tempos mudaram, as mulheres ganharam seu espaço e o homem deixou de ficar no papel de único provedor e autoridade máxima da casa. E o nó na cabeça está estabelecido.

Para apimentar ainda mais a questão, entrou em cartaz na semana passada a peça teatral Homem de Tarja Preta. No monólogo escrito por Contardo Calligaris, psicanalista e articulista do jornal Folha de São Paulo, e produzido a pedido do ator Ricardo Bittencourt, vemos um homem de meia idade, bem-sucedido, casado pela segunda vez e pai de dois filhos, que se prostra na frente de seu computador durante a madrugada, entrando em chats gays e assumindo o papel de um crossdresser (alguém que tem prazer em se vestir ou usar objetos do sexo oposto). E é nessa "brincadeira" que surgem os dilemas masculinos.

Calligaris não propõe conclusões (você as tira), mas o maior objetivo da peça é mostrar que ser homem é tão ou mais complicado que ser mulher, por mais que as moças saiam gritando por aí que nossa posição é confortável. As pressões de todos, especialmente da sociedade (você ouve "seja homem" a partir do momento que nasce), a caricatura do macho e até mesmo as referências culturais, que vão de Superman a Rocky Balboa, fazem com que o cidadão esteja eternamente descontente com sua própria virilidade.

Os homens também lutam, inconscientemente, contra a rotina básica de vida (emprego, esposa e filhos), porque desde criança são cobrados para serem excepcionais, ou seja para serem mais do que realmente são. Até mesmo o lado sexual, incluindo a fama de promíscuo, vem carregado de senso de dever. Mais uma vez, de ser excepcional.

Há uma crise de macho do ar
Calligaris afirmou que o fato de há 40 anos discutir-se a complexidade feminina, mas muito pouco a masculina, o levou a bolar o texto para o palco do teatro. Para o psiquiatra e psicanalista Luiz Cushnir, especializado na psique do homem e da mulher, o tema é bastante pertinente e ilustra uma situação real de conflito emocional vivida pelo sexo masculino.

Responsável pelo Centro de Estudos da Identidade do Homem e da Mulher (IDEN) e o Gender Group no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o médico realiza há 30 anos terapias em grupos, com homens e mulheres separadamente, e analisa a questão do gênero sexual no mundo moderno e a posição de cada um. De acordo com Cushnir, enquanto as moçoilas, para romper as amarras que a prendiam, basearam sua luta nos seus direitos, especialmente sócio-jurídicos (direito a voto, trabalho, condições iguais, etc.), a transformação masculina, que já foi pejorativamente chamada de revolução das cuecas, é no fundo uma batalha para conquistar direitos emocionais.

Segundo o especialista, o homem moderno deve ser mais sensível, mas não cair na armadilha de ser feminino, teoria aliás já abordada na década de 70 pelo americano Robert Bly em seu livro Iron John: A Book about Men. "Deve abandonar o papel de machista-machão para encontrar sua masculinidade interior, ignorando o apelo social de que sensibilidade está apenas do lado feminino. E, à medida que esse homem consegue encontrar uma posição onde é forte, passa a pedir uma resposta feminina da mulher", explica. Ou seja, um homem completo vai buscar uma mulher completa ou ajudar uma mulher a achar seu feminino.

Muita gente reclama hoje que as mocinhas estão duras e masculinizadas, mas aquilo que se convencionou como padrão de vitória e conquista na vida, especialmente no campo profissional, foi feito para os homens. E é lógico que as moças tiveram que vestir uma máscara de ferro masculina ou se dariam mal. Mas um homem com H maiúsculo sabe que por trás daquela "armadura" existe um ser feminino completo e o faz desabrochar facilmente.

Homens do século XXI
Ok, mas, afinal, o que é ser um homem de verdade hoje? Não existe resposta fácil. Primeiramente, o "ser homem" é algo individual, feito sob medida para cada um. Ou seja, se alguém tenta se adaptar a um modelo imposto pela sociedade, com regras arcaicas ou não, acaba perdendo sua própria identidade. Quer agradar aos outros e não a si próprio e, logicamente, vai ficar perdido.

Aí, então, dá-lhe caras por aí agindo como canalhas, sem sentimento, embora no fundo estejam loucos para dizer algo sensível como "eu te amo" e morrendo de medo de serem tachados de frutinhas. Ou aqueles que, depois de lerem revistas femininas para saber a nova "moda" em atitudes, se impõem uma sensibilidade tão grande que enterram de vez sua masculinidade e acabam invertendo o papel com as mulheres.

Se fôssemos arriscar, o homem verdadeiro é aquele que tem segurança de sua posição, de seus conceitos e sentimentos, de seu papel na sociedade e, por tudo isso, que respeita a posição feminina. Mesmo porque ele vai querer alguém que agregue algo à sua vida, que o complete.

Homem de verdade não se cobra para ser um às na cama e aceita a sexualidade feminina. Não é incomum um cara passar a vida inteira esperando encontrar uma garota boa de cama e, quando isso acontece, passa a encanar sobre como ela sabe fazer tudo isso e com quem ela aprendeu. E aí, para se refugiar do embaraço, tasca a pecha de vagabunda à menina. Aliás, um homem de verdade pode negar sexo se não estiver no clima. E aí cabe a ressalva de que, se não tiver pela frente também uma mulher de verdade, vai ser questionado injustamente sobre sua masculinidade. Mas o homem de verdade não está nem aí, ele sabe o que é e o que quer.

O caminho a ser percorrido para que o homem do século XXI encontre sua identidade ainda é longo, mas muita coisa já foi alcançada. Luiz Cushnir exemplifica com a criação de filhos, que passou a ser compartilhada entre marido e esposa. Há muitos anos, era raro ver um pai brincando com suas crianças. Hoje, pais criam meninos e meninas sozinhos, viajam com eles e participam ativamente das suas vidas, não mais como aquela figura autoritária.

Um dos exercícios propostos pelo especialista Cushnir, em seus grupos de terapia com homens, aliás, é pedir para que cada paciente imagine que atitudes cada um teria para tornar o filho um homem de verdade. Segundo o médico, a forma de tratamento que esse pai dispensa às mulheres - como respeito e colaboração- acaba sendo determinante para esse ensinamento.

Enfim, se a individualidade de homens e mulheres deve ser respeitada, você pode procurar ainda hoje qual é seu homem de verdade interior, aquele que você realmente quer ser, sem medo de errar. Deixamos, porém, uma última reflexão, com a incrível frase de Contardo Calligaris: nos seres humanos, o macho alfa (mais forte, mais viril, mais autoritário, mais marcante e com mais bravura) só existe na cabeça dos machos beta.

Serviço
Homem de Tarja Preta - Teatro Eva Herz
Quinta e sexta: 21h
Av. Paulista, 2.073 - Livraria Cultura no Conjunto Nacional
Telefone: (11) 3170-4059.
Ingressos a R$ 20,00

Para saber mais sobre o trabalho e livros do Dr. Luiz Cuschnir, conhecer o IDEN e o Gender Groups: www.luizcuschnir.com.br

segunda-feira, 23 de março de 2009

Associação inglesa proíbe jargão empresarial

Publicado no Terra em março de 2009
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Todos os dias é possível encontrar alguma coisa estranha vinda da Inglaterra, mas esta aqui é de tirar o chapéu e deveria ser aplicada em todos os países do mundo. O LGA - Local Government Association, uma associação fundada em 1997 para garantir os interesses dos governos locais na Inglaterra e País de Gales proibiu certas expressões "empresariais" nas repartições públicas inglesas.

A proposta é acabar com a bizarra mania das pessoas falarem muito sem dizer nada e tornar a comunicação mais efetiva, especialmente nesse momento de crise, em que a população quer e espera uma explicação clara do que está acontecendo para sair do buraco. Em novembro, a LGA já havia proibido jargões em latim como vice-versa, ad hoc e pro rata, mas a nova medida caiu como uma bomba, especialmente entre o pessoal de TI.

São 200 expressões proibidas, entre elas, benchmarketing, best practice, core value, funcionalidade, output, parceria, visão, sinergia, paradigma, terceiro setor, exclusão social, interface e pensar fora da caixa. A associação ainda mandou a lista de substitutos para cada bla-bla-bla banido.

Para quem trabalha ou já trabalhou em alguma grande empresa sabe que essa medida cai como uma luva para aquelas extensas e inúteis reuniões onde todo mundo quer aparecer mais do que o outro e solta uma série de baboseiras inteligíveis. Tanto que há alguns anos circula na internet o Business Bullshitt Bingo (bingo das besteiras empresarias): durante as reuniões, você vai marcando na cartela as expressões à medida que são faladas por outras pessoas, como o bingo de números. Quem completar a cartela primeiro, ganha.

A presidente do LGA, Margaret Eaton afirma que as pessoas devem se comunicar claramente e explicar as coisas de uma maneira que todos entendam. Segundo ela, Churchill e Eistein assim o faziam e tiveram muito sucesso em suas empreitadas. São role models cujos best practices devem ser otimizados. Entendeu?

domingo, 22 de março de 2009

Hollywood comemora 70 anos de seu melhor ano

Publicado no Terra em março de 2009
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Todos os cinéfilos de carteirinha, fanáticos por cinema e críticos da sétima arte concordam que 1939 foi o melhor ano de toda a história do cinema. Foi neste ano que vimos surgir alguns dos maiores clássicos já assistidos.

Na época imperava o sistema dos estúdios, onde produtores reinavam absolutos sobre suas "criações" e mantinham diretores, atores e profissionais da área presos a contratos por longos prazos. Eles decidiam o que seria feito, como e por quem, e poucos astros tinham liberdade de recusar. Era a época das mãos de ferro de Louis B Mayer na Metro, Jack Warner na Warner Pictures, Darryl F. Zanuck na Fox, David Sarnoff na RKO e Adolph Zukor na Paramount, também conhecidos como os cinco grandes.

Em O Terceiro Homem (1949), Orson Welles diz uma frase que se encaixa perfeitamente na situação de Hollywood em 1939: "Durante 30 anos sob os Bórgias, a Itália conheceu a guerra e o terror, mas produziu Michelangelo, Da Vinci e a Renascença, ao passo que a Suíça teve 500 anos de paz, amor e democracia, mas produziu apenas o relógio-cuco". Em Los Angeles, apesar da ditadura dos cinco grandes, nunca se produziu tanta coisa de qualidade em 1939.

Começando por O Mágico de Oz. A obra de Frank L. Baum, escrita em 1900, foi transportada às telas magistralmente por Victor Fleming com a garota-prodígio Judy Garland como Dorothy, consagrou todos os envolvidos e também a canção Over The Rainbow, que é regravada até hoje. Com uma produção turbulenta, parte em preto-e-branco e parte colorida e um custo astronômico de 2,8 milhões de dólares, o filme faturou na época 3 milhões e entrou para os anais da história do cinema.

No Tempo das Diligências, de John Ford, trouxe o faroeste para outro patamar e consagrou um ator que se tornaria um dos grandes ícones do gênero: John Wayne. Contando a história de um grupo de pessoas numa diligência e seus dramas pessoais enquanto atravessam a belicosa região apache, o filme também mostrou Monument Valley, na divisa entre os estados de Utah e Arizona, como o local preferido para filmagens de westerns.

No campo da crítica social, A Mulher faz o Homem - nome idiota para Mr. Smith Goes to Washington - era uma comédia dramática estrelada por James Stewart e dirigida por Frank Capra, onde o astro interpretava um simplório alçado à condição de senador dos EUA que se vê diante da corrupção e do mar de lama que impera na capital americana. A cena em que ele discursa sem parar para escapar de um escândalo se tornou famosa e, em 1989, a Biblioteca do Congresso americano adicionou o filme no National Film Registry por sua "relevância cultural, histórica e estética".

Já os ânimos e desconfianças sobre o sistema de governo soviético encontraram graça e leveza no filme Ninotchka, com Greta Garbo como a comunista ferrenha em visita a Paris e Melvyn Douglas como o dandy que a leva para o mau caminho. Obviamente todos os socialistas no filme se rendem ao capitalismo e à boa vida.

Drama mesmo foi O Morro dos Ventos Uivantes, adaptação da obra de Emile Brönte com o maior ator sheakesperiano de todos os tempos, Laurence Olivier, e dirigido pelo sensacional William Wyler.

Vale ressaltar também que em 1939 vimos a primeira aventura do eterno vilão de filmes capa-e-espada, Basil Rathbone como Sherlock Holmes. Foi o mais perfeito detetive de todos os tempos, especialmente devido aos seus atributos físicos, muito parecidos com aqueles imaginados por Conan Doyle em sua obra literária. Rathbone faria ainda mais 13 filmes como Sherlocke Holmes.

Por fim, o maior de todos: 1939 foi o ano de E O Vento Levou, o filme que estreou a moda das superproduções, levou 10 Oscars (oito nas premiações tradicionais, um técnico e um honorário) e figura entre os dez melhores de todos os tempos. A saga da arrogante e lutadora Scarlett O¿Hara e sua relação de amor e ódio com o cínico Rhett Butler em meio à guerra civil americana encanta gerações até os dias de hoje.

E todas as lendas que cercam o filme são verdadeiras, a começar pelo fato de mais de 1.400 atrizes terem sido entrevistadas para o papel que acabou nas mãos da indiana de ascendência inglesa Vivien Leigh, na época amante (e depois esposa) de Laurence Olivier. Também não é mentira que ela e Clark Gable, que fazia Rhett, se odiavam e que ele comia cebola antes das cenas românticas para irritá-la. Foi o primeiro longa colorido a levar o Oscar de melhor filme e deu também o primeiro prêmio a uma atriz negra, Hattie McDaniel, como melhor coadjuvante. A produção custou pouco mais de 5 milhões de dólares para a MGM, mas quatro anos depois de seu lançamento, a renda obtida pelo filme nas bilheterias já superava 32 milhões de dólares. A frase final do filme, "Francamente, querida, eu não dou a mínima", foi escolhida como a melhor do cinema na votação da American Film Institute, na comemoração dos 100 anos da sétima arte em 1998.

Em 1939 nascia também Francis Ford Coppola, que 32 anos depois revolucionaria o cinema com O Poderoso Chefão, mas isso é outra história.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Site lista as "obrigações" de cada sexo para uma relação durar

Publicado no Terra em março de 2009
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Mais uma de nossos amigos bretões - sempre prontos a descobrir as mazelas da natureza humana - foi publicada no Daily Telegraph. Um site inglês, especializado em gravidez, maternidade e bebês rosinhas, o babywebsite.com promoveu uma pesquisa com 5.000 pessoas para descobrir qual deve ser a responsabilidade de cada sexo no dia-a-dia dentro de casa. Resultado: enquanto as mulheres têm que manter o ambiente limpo e arrumado, os homens precisam fazer com que as coisas estejam funcionando, ou seja, ambos os sexos tem que por a mão na massa para tudo dar certo.

Um porta-voz do site, provavelmente acostumado a diferenciar o sexo pela cor do sapatinho do rebento, declarou que algumas vezes os homens terão que fazer uma atividade "rosa", enquanto as mulheres terão que se encarregar de um trabalho "azul". Segundo ele, a divisão das tarefas não tem nada a ver com habilidade e sim com o fato das moçoilas serem mais organizadas e metódicas, enquanto os mocinhos carregam a fama de pau para toda obra.

Entre as obrigações masculinas citadas na pesquisa temos que levar o lixo para fora, cuidar do carro dos dois (troca de óleo, lavar, completar a água do radiador, etc.), cortar a grama, ler manuais de instruções, tirar aranhas e baratas do banheiro (é sério), desentupir pias e privadas, abrir tampas de potes, programar DVD ou TV, comprar o jornal de domingo e ainda limpar as janelas de casa.

Já as meninas devem se ocupar lembrando de aniversários e comemorações, arrumando a cama, cuidando de piolhos na cabeça das crianças (está lá no resultado, eu juro), comprando presentes, remendando meias, lavando roupas, fazendo comida, organizando o calendário social do casal e das crianças, limpando a casa, indo a festas de crianças (só ela) e, finalmente, (agora nós machos temos uma pesquisa científica para justificar o nosso desinteresse pela coisa) trocar o rolo de papel higiênico.

Só estranhamos não aparecer na lista a missão de recolher toalha molhada que ele largou em cima da cama e guardar roupas masculinas espalhadas pela casa, ou o sacrifício de suportar TPM sem dar um pio.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quatro filmes para assistir comendo chocolate

Publicado no Terra em março de 2009
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A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971): o filme que o autor do livro, Road Dahl, odiou e se recusou a ver inteiro, é uma enorme referência para quem viveu nos anos 80 graças a suas inúmeras reprises na TV (que falhavam por não traduzirem as canções moralistas dos Oompa-loompas). O nome original já contrastava com a obra literária já que se chamava Willy Wonka and the Chocolate Factory e o livro, Charlie and the Chocolate Factory. Só que não podemos deixar de considerar a obra cinematográfica uma delícia, com cenários kitsch e coloridos e a interpretação indefectível de gene Wilder como o maluco chocolateiro. Foi o único papel de Peter Ostrum, que interpretava Charlie Bucket, o menino pobre que tirava a sorte grande ao achar o ticket dourado que lhe dava direito a conhecer a empresa de Wonka. Apesar do grande sucesso de bilheteria que teve na época de seu lançamento, Dahl não permitiu que uma continuação, Charlie e o Elevador de Vidro, fosse filmada.

Como água para chocolate (1992): a trágica história de Tita e sua paixão por Pedro é um ode ao amor e ao sentimento no ato de cozinhar. Por ter que cuidar de sua mãe doente, Tita é impedida de casar com Pedro, que a acaba desposando sua irmã. Ao fazer o bolo do casório, chorando por seu destino infeliz, Tita provoca reações de tristeza aos convidados que degustaram do doce e assim descobre que suas reações emocionais são transportadas para a comida. Baseada na obra de Laura Esquivel, a expressão "como água para chocolate" refere-se, na língua espanhola, a um estado de paixão, excitação ou até mesmo raiva. Só que também é a receita do chocolate quente mexicano, onde mistura-se com água e não leite.

Chocolate (2000): uma mulher misteriosa e sua filha de seis anos abrem uma bomboniere em uma cidadezinha da zona rural da França em 1960 e são recebidas com frieza e desconfiança pela população local. Logo, a mágica que impõe aos seus deliciosos chocolates começa a alterar a vida de todos. Uma fábula sobre compreensão e aceitação, dirigida pelo norueguês Lasse Hallström (de Regras da Vida e Minha Vida de Cachorro), era estrelada pela lindíssima Juliette Binoche e Johnny Depp, como um cigano. De todos os filmes da lista, esse é o que mais provoca vontade de devorar uma caixa de bombons.

A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005): mesmo com a morte de Road Dahl em 1990, os estúdios não conseguiam refilmar o clássico de 1971 uma vez que a família não abria a mão dos direitos autorais. Só que o genial Tim Burton conseguiu convencê-los que tinha toda a capacidade de manter coerente e viva o universo de Dahl e assim surgiu a nova versão da história, com Johnny Depp dando um show de interpretação e um visual deslumbrante. Burton filmou o livro literalmente, acrescentando novos detalhes (como a infância de wonka) que fez com que a filha do autor original declarasse que parecia que o pai o tinha feito. Além disso, Danny Elfman, o autor das trilhas sonoras de todos os filmes do louco diretor, simplesmente musicou os poemas originais dos Oompa-Loompas no livro, não alterando nenhuma linha. Outro detalhe interessantíssimo é que todos os pequenos anõezinhos foram interpretados por um ator apenas, o queniano Deep Roy, que recebeu um milhão de dólares pelo papel estendido. Elementos originais como os esquilos que escolhiam nozes (no anterior substituíram por gansos de ovos de ouro) também foram incorporados, numa obra que fez torcer o nariz dos amantes do filme de 1971, mas que com certeza, figura entre os melhores do universo de Tim Burton.

Tudo o que você queria perguntar sobre chocolate, mas estava ocupado comendo um bombom

Publicado no Terra em março de 2009
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1. Chocolate é benéfico à saúde?
Sim, segundo últimos estudos o cacau tem ação antioxidante bastante considerável e a pressão sanguínea pode diminuir com o consumo de chocolate. O problema é que se trata do chocolate amargo, pois a adição de leite gorduroso, ou o consumo de chocolate ao leite anulam esses efeitos benéficos.

2. Chocolate é afrodisíaco?

Talvez seja, pois reza a lenda que Montezuma não dispensava uma xícara da bebida antes de visitar seu harém. Obviamente que o chocolate afeta a química corporal. Seu sabor doce e a gordura aumentam a produção de serotonina, dando uma sensação de satisfação e bem-estar, além de ser energético. O consumo exagerado de chocolate porém, faz com que a serotonina seja convertida em melatonina, que reduz a libido.

3. Chocolate dá espinhas?

Não foi provado ainda cientificamente, mas pessoas com propensão ao aparecimento de acne tiveram uma incidência maior após consumo de chocolate, mesmo porque é gorduroso.

4. Chocolate vicia?

Sim, pode viciar, mesmo porque possui três componentes que ajudam: cafeína, teobromina e feniletiamina. Obviamente que para ser considerado um vício, o usuário deve ter crises de abstinência quando fica sem comê-lo ou só se sente bem quando devora uma barra.

5. Quais são os tipos de chocolate no mercado?

O chocolate ao leite, que como o nome diz, leva leite na sua composição e deve ter, pelos padrões suíços, 25% de cacau; o chocolate branco feito com manteiga de cacau, leite, açúcar e lecitina, além de em alguns casos baunilha e o chocolate amargo que não leva leite e deve conter no mínimo 35% de cacau (aqui no Brasil o meio amargo leva essa porcentagem e o amargo tem 50% de cacau).

6. Quem mais consome chocolate no mundo?

Dados de 2006 mostram que os irlandeses são os que mais consomem hoje em todo o planeta com 11,2 kilos per capita ao ano, seguido pelos suíços com 10,7 kg.

7. Quem mais produz cacau no mundo?

A maior parte do cacau usado na indústria chocolateira vem da Costa do Marfim, seguida de Gana, Indonésia, Camarões e Nigéria. O Brasil figura em sexto lugar com uma produção de 155.000 toneladas, segundo dados de 2007.

8. Por que o chocolate fica branco ao ser posto na geladeira?

Segundo o website da Lacta, isso ocorre nas variações de temperatura, onde o produto se desestabiliza e a gordura acaba migrando para a parte superior do chocolate, dando esse aspecto.

9. Qual o chocolate mais caro do mundo?

É o Madeline au Truffe, fabricado pelo exclusivíssimo chocolateiro dinamarquês Fritz Knipschildt. Recheado com uma raríssima trufa perigord, o chocolate em volta é composto de 70% de cacau Valrhona, misturado num ganache com óleo de trufa, baunilha e açúcar. Além disso, cada bombom é enrolado à mão e polvilhado com pó de cacau. Para se deliciar com a iguaria, paga-se 170 euros (R$ 508) a unidade de 40g.

10. Qual o melhor chocolate do mundo?

A Academy of Chocolate, instituição fundada em Londres em 2005, premiou, pelo quarto ano consecutivo a marca italiana Amadei, como melhor chocolate do mundo, em especial pelo seu Amadei no. 9. Entretanto o fabricante da Toscana dividiu o primeiro prêmio com o novato Amano, de Utah nos Estados Unidos. Ou seja, na falta de um, existem dois grandes chocolates.

15 fatos interessantes na história do chocolate

Publicado no Terra em março de 2009
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1. O chocolate surgiu primeiramente como bebida, feita a partir do cacau, na América Central e no México. Vestígios de plantações datadas de 1.100 a 1.400 anos a.C. foram encontradas nas Honduras em 2007.

2. Embora a teoria seja questionada por alguns historiadores, comumente é dito que o nome vem dos astecas, que faziam uma bebida escura chamada xocoatl (água amarga, literalmente), que usavam em cerimoniais e no dia-a-dia, já que combatia o cansaço. Já na época era misturada com baunilha e pimenta.

3. Colombo foi o primeiro europeu a experimentar o chocolate em 1502, mas foram os conquistadores espanhóis que levaram mudas de cacau para a Europa e as presentearam aos reis.

4. O cacau era cultivado em fazendas por escravos e a fabricação de chocolate na Europa era restrita aos monges monastérios, para uso exclusivo da nobreza espanhola. Os religiosos, porém, não conseguiram esconder a novidade por muito tempo.

5. O chocolate chegou à Inglaterra em meados do século XVII e a primeira casa fabricante da iguaria instalou-se lá em 1657. Enquanto na França o governo monopolizava a fabricação do doce, na Grã-Bretanha qualquer um que tivesse dinheiro conseguia comprar o seu.

6. Em 1689, o médico Hans Sloane criou uma bebida com leite e chocolate na Jamaica que vendeu posteriormente para os irmãos Cadbury, famosos produtores e hoje marca mundial.

7. A revolução industrial trouxe a possibilidade das prensas de manteiga de cacau e da produção em massa. Assim o chocolate se popularizou no mundo.

8. No final do século XVIII, foi produzido o primeiro chocolate sólido (ainda não comestível e sim para bebida) em Turim, Itália por Doret e foi comercializado a partir de 1826 por Pierre Paul Caffarel.

9. A primeira fábrica suíça de chocolate foi levantada em 1819 por F. L. Cailler, já em 1828 o holandês Coenraad Johannes van Houten desenvolveu o processo de separar a gordura das sementes de cacau e fazer cacau em pó e manteiga de cacau. Foi ele também que descobriu que ao tratar as sementes com carbonato de sódio ou potássio, era possível retirar seu sabor amargo.

10. Em 1847 Joseph Fry criou o primeiro chocolate comestível, seguido em 1849 pelos irmãos Cadbury.

11. Foi o suíço Daniel Peter que em 1867 começou a usar leite como um dos ingredientes para a fabricação do chocolate. Assistido por seu vizinho e amigo Henri Nestlé, foram capazes de remover a água do leite dando mais consistência e em 1875 levaram o novo produto ao mercado.

12. Já Rodolphe Lindt inventou em 1879 o processo de aquecer e moer o chocolate sólido para depois misturar igualitariamente com a manteiga de cacau e o leite, dando seu sabor característico e mais qualidade ao produto.

13. No Brasil, a primeira empresa de chocolate foi aberta em 1891, em Porto Alegre, pelos irmãos alemães Franz e Max Neugebauer e seu sócio Fritz Gerhardt.

14. Em 1913, outro suíço, Jules Sechaud, desenvolveu o processo de chocolates com diferentes recheios.

15. A Nestlé pôs no mercado em 1938 o Crunch, primeiro chocolate a trazer flocos de arroz em sua composição, provocando uma nova experiência sensorial ao degustar o doce.

Entenda o significado da Páscoa e seus símbolos

Publicado no Terra em março de 2009
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Para as crianças a Páscoa é aquela época maravilhosa do ano, em que se come muito chocolate sem culpa e sem broncas dos pais. Mas a tradição deste feriado religioso é muito antiga e possui vários significados. O termo páscoa vem do hebraico "pessach" que significa passagem e simboliza o êxodo dos judeus, libertos pelo faraó egípcio, e sua travessia pelo Mar Vermelho em busca da Terra prometida. Cristo morreu no início do pessach judaico e a última ceia era, na realidade, a celebração do seder do pessach, um tradicional jantar para comemorar o êxodo.


Em 325 d. C., no Concílio de Nicéia, os religiosos cristãos resolveram fixar a comemoração da morte e ressurreição do messias no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera, considerando que estavam no hemisfério norte, o que se localiza entre 22 de março e 25 de abril (existe uma fórmula, desenvolvida por Johann Friederich Carl Gauss para saber a data exata em cada ano). Na realidade muitos historiadores acreditam que essa manobra do princípio da fé cristão foi estrategicamente calculada pois coincidia o maior feriado cristão com uma celebração judaica e com as festas pagãs de início de primavera. Ou seja, a idéia era se apoderar da data mesmo, nublando a concorrência.


Só por curiosidade mesmo, Páscoa em inglês é Easter e em alemão Ostern. A explicação vem de duas teorias, a de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos e com o antigo mês germânico Eostremonat. A Páscoa é tomada por rituais e simbologias, mesmo antes do grande domingo. Abaixo algumas das tradições que envolvem a data, dentro das religiões católica e judaica.


Ovos de Páscoa
Povos antigos como persas, romanos, armênios e judeus já tinham a tradição de trocar ovos coloridos, que simbolizavam a fertilidade e no início da primavera (ou seja no renascimento da vida) a tradição se instalou. Na miscigenação cultural entre os povos, a Igreja Católica acabou incorporando o hábito relacionando-o com a Páscoa. Foi no século XVIII que os confeiteiros franceses resolveram trocar os tradicionais ovos de galinha por ovos de chocolate.



Coelho da Páscoa
Como coelhos costumam ter uma prole muito grande quando se acasalam, tornaram-se para os antigos egípcios a personificação da fecundidade e da reprodução da vida. Já para os alemães, nas festas de primavera, uma lebre trazia ovos coloridos às crianças boazinhas e rapidamente a idéia se espalhou na América devido aos colonos germânicos. Como ovos já estavam diretamente relacionados com a Páscoa, o coelho passou a ser o portador dos deliciosos presentes. Algumas correntes acreditam que o coelho, para os católicos, simboliza também a capacidade da igreja em fecundar novos discípulos.



Colomba
Reza a lenda que quando o rei Albuino dos Lombardos quis invadir a cidade de Pavia, no norte da Itália, um padeiro local lhe ofereceu um bolo em formato de pomba. O monarca gostou tanto do delicado sabor do regalo que desistiu da invasão. Como a pomba é um dos símbolos católicos da paz e do espírito santo, incorporou-se o doce para o café da manhã pascal.




Quaresma
Mais uma tradição judaica que foi incorporada pela Igreja Católica, já que os hebreus passaram 40 anos no deserto. Hoje em dia, por 40 dias os hebreus devem resguardar o corpo de excessos. Para os católicos, são os 40 dias que antecedem a Páscoa, começando na quarta-feira de cinzas e que convida os fiéis à reflexão, penitência e meditação.




Sábado de Aleluia
É o último dia da semana santa e não se celebra missa ou qualquer ritual eucarístico a não ser a confissão e a liturgia das horas. É nesse dia também que acontece a malhação de Judas, comemorando a morte do traidor de Cristo.






Cordeiro de Deus
O cordeiro também está diretamente relacionado com a festa, já que nas tradições católicas, Cristo seria o cordeiro de Deus sacrificado pelos nosso pecados e cujo ato livraria o mal do mundo, nos redimindo. É interessante notar que, na história do êxodo, Deus manda que os judeus sacrifiquem um cordeiro e passem seu sangue na porta de suas casas, assim a praga da morte dos primogênitos não os atingiria e sim somente aos egípcios. Ou seja, o animal é figura recorrente nas tradições.



Círio Pascal
É uma grande vela usada durante as missas do tempo pascal (período litúrgico que segue até 50 dias depois do domingo de Páscoa), que possui as letras alfa e ômega do alfabeto grego significando que Deus é o princípio, o fim e ainda o ano corrente. Além disso, durante a vigília pascal, o sacerdote insere na vela cinco grãos de incenso simbolizando as chagas de Cristo.



Pão e vinho
O pão era um dos alimentos mais comuns na antiguidade e nossos antepassados tomavam vinho em quase todas as refeições. Daí a explicação porque Cristo usou os dois alimentos em sua última refeição. O pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho seu sangue e é uma maneira de lembrar aos fiéis de seu sacrifício na cruz e nos fazer partilhar deste momento.

Conheça as Bond Girls que fizeram história no cinema

Publicado no Terra em março de 2009
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Depois do primeiro filme, 007 contra Dr. No , que tem Ursula Andress como Bond Girl, o filme que veio na sequência, Moscou contra 007 (1963) teve a maravilhosa italiana Daniela Bianchi como a relutante espiã russa Tatiana Romanova. Assim como Ursula, Daniela teve que ser dublada em suas falas, já que não falava nada de inglês, mas isso não importa. A moça compensava em beleza.

Em Goldfinger (1964), a melhor de todas as aventuras do espião, babava-se primeiro com Shirley Eaton, aquela que teve o corpo pintado de dourado, depois com Tania Mallet, a irmã da mocinha morta. O bacana é que neste filme finalmente o público se depara com uma Bond Girl diferente, feroz e bem avançada para a época, que ainda por cima carregava um nome singelo: Pussy Galore, interpretada por Honor Blackman.

Claudine Auger, a Domino de 007 e a Chantagem Atômica (1965), havia sido Miss França antes do filme, mas a italiana Luciana Paluzzi não fazia feio como a assassina Fiona Volpe.

Em 007 Só de Vive Vuas vezes (1967), a beleza estava no oriente, já que a missão se passava no Japão e Akiko Wakabayashi fazia a doce e fatal Aki, em um filme que trouxe a coisa mais inverossímil de toda a série: o escocês Connery travestido de japonês.

George Lazenby entrou no lugar de Sean Connery em 1969 para A Serviço de Sua Majestade e encontra uma série de beldades no covil de seu arqui-inimigo, Erns Stavro Blofeld (Telly ¿Kojak¿ Savallas), mas seu coração pende para a antipática Tracy de Vicenzo, personificada por Diana Rigg.

Os Diamantes são Eternos (1971) trazia a sem graça Jill St. John como Tiffany Case, depois que Raquel Welch, Jane Fonda e Faye Dunaway recusaram o papel. Ela pelo menos ganhou a fama de primeira Bond Girl americana da série.

Em 1973 um substituto à altura de Connery aparece, o britânico Roger Moore. Como 007, ele seduz a belíssima Jane Seymour e ainda usa um truquezinho legal para levar a moçoila para a cama em Viva e Deixe Morrer. Já O Homem da Pistola de Ouro (1974) traz duas mulheres fantásticas para deixar Bond louco: Britt Ekland como Mary Goodnight (não é à toa que Austin Powers sacaneou com os nomes das personagens) e ainda Maud Adams como Andrea Anders, a namorada do vilão, Scaramanga.

Em O Espião que me Amava de 1977, a senhora Ringo Star, Barbara Bach, aparece na tela como a agente russa determinada a matar James Bond. Não só não consegue como vai repetidamente para a cama com ele. O péssimo 007 e o Foguete da Morte, com algumas cenas filmadas no Brasil, teve sua fraca história compensada pela beleza sem igual de Lois Chiles com sua Dra. Holly Goodhead.

Em Octopussy, de 1983, Moore ainda teria em seus braços Maud Adams mais uma vez (sim, ela é a única Bond Girl a trabalhar em dois filmes como dois personagens diferentes) e seduziria a andrógina cantora Grace Jones e a ex-pantera, ex-That´s 70´s Show, Tanya Roberts em sua despedida do papel em Na Mira dos Assassinos de 1985.

Entra em cena, Timothy Dalton e seu Bond sério. Em Marcado para a Morte, de 1987, a bonitinha Maryam d'Abo faz a violoncelista Kara Milovy. Já em Licença para Matar, que mais parece um episódio da extinta série Miami Vice, 007 se vê frente a frente com duas beldades: Talisa Soto como Lupe Lamora e Carey Lowell como Pam Bouvier.

Com Pierce Brosnan assumindo o manto no século 21, as mulheres se tornaram mais decididas e fortes, a começar pela chefe. A "M" de Judi Dench é simplesmente genial. No seu primeiro filme como Bond, Goldeneye (1995), Brosnan encontra a assassina mais original de toda a franquia, Xenia Onatopp com Famke Janssen mais bonita do que nunca (depois ela foi a Jean Grey de X-Men). A moça matava com as pernas (e que pernas!). Já no lado das boazinhas, 007 acaba ficando com outra russa, Natalya Simonova, feita pela polonesa Izabella Scorupco.

Em O Amanhã Nunca Morre de 1997, a série trouxe Teri Hatcher como Paris Carver, esposa do vilão e ainda a mestre em artes marciais, Michelle Yeoh (de O Tigre e o Dragão) como Bond Girls. Só que em termos de beleza nada supera O Mundo não é o Bastante (1999) onde a maravilhosa Denise Richards faz uma improvável cientista nuclear, Christmas Jones, enquanto Bond está mesmo a fim da quase-desprotegida Elektra King com a francesa Sophie Marceau.

Um Novo Dia para Morrer de 2002, última participação de Brosnan, e comemorando a 20ª aventura de Bond, mostra Halle Berry saindo do mar emulando a aniversariante de hoje, Andress, numa homenagem que deveria ser repetida à exaustão. Só que o filme também teve Rosamund Pike como a fria Miranda Frost.

Daniel Craig e seu 007 guardam pouquíssimas semelhanças com seus antecessores, mas mostraram que não brincam em serviço. Apesar de Eva Green ter mostrado todos os seus dotes em Os Sonhadores de Bertolucci, está bastante recatada e bem sem graça em Cassino Royale de 2006. Mulherão mesmo era Caterina Murino, só que Bonde se apaixona pela insossa Vésper Lynd. Então, na aventura seguinte, Quantum of Solace de 2008, ele fica lado a lado da ucraniana de cair o queixo, Olga Kurylenko e não faz absolutamente nada. Espero que na próxima ele volte a ser mais canalha.

Enfim, a mais sensacional Bond Girl de todos os tempos é, na verdade, a Srta. Moneypenny. A coitada deu em cima de Bond na maioria dos filmes, mas conseguiu ganhar apenas alguns beijinhos na testa. Ela merece essa distinção.

Primeira Bond Girl completa 73 anos e é considerada a melhor

Publicado no Terra em março de 2009
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Ela sai da água com um indefectível biquíni branco, uma concha nas mãos e uma faca na cintura. Canta Under de Mango Tree e faz a platéia masculina delirar. Ursula Andress, a suíça que estreou um cargo importantíssimo na cinematografia mundial, o de Bond Girl, completa hoje 73 anos de idade.

Ursula, que era praticamente desconhecida quando fez 007 contra Dr. No, foi alçada a símbolo sexual e viu sua carreira artística deslanchar. Envolveu-se romanticamente com James Dean, John Derek (que depois casou com outra deusa, Bo Derek), Dean Martin, Jean Paul Belmondo (o homem mais bonito do mundo nos anos 60), Marlon Brando, Warren Beaty e ainda tirou uma casquinha de Sean Connery, que ela até hoje se refere como um de seus melhores amigos.

Em 1995, a revista inglesa Empire a escolheu como uma das 100 atrizes mais sexy de todos os tempos, enquanto os leitores do jornal londrino Daily News a consagraram como a melhor Bond Girl de todos os tempos.

Mas aí está algo bem difícil de votar. Qual seria a garota mais sexy, mais deslumbrante e mais encantadora de toda a série do famoso agente secreto? É óbvio que os padrões de beleza mudam com o tempo, mas mesmo hoje, 47 anos depois do lançamento do primeiro filme de Bond, não é difícil se apaixonar por uma de suas primeiras atrizes. Uma coisa é certa, os cinco intérpretes de James Bond não podiam reclamar da companhia.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Estudo mostra que envelhecimento começa aos 27 anos

Publicado no Terra em março de 2009
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O que Brian Jones (um dos fundadores dos Rolling Stones), Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain têm em comum? Todos morreram antes de começar a envelhecer de verdade. Isso porque o professor Timothy Salthouse, da Universidade da Virginia, chegou à conclusão de que noção espacial e rapidez de raciocínio começam a declinar no cérebro a partir dos 27 anos idade (em tempo, todos os músicos acima fazem parte do que convencionou-se chamar de "Clube dos 27", por terem falecido com essa idade).

Seu estudo, conduzido por sete anos, período em que entrevistou e testou 2.000 pessoas, de 18 a 60 anos, está sendo publicado neste mês na revista especializada Neurobiology of Aging. Os testes mostraram que, em nove dos doze testes, o pico de eficiência cerebral ocorre aos 22 anos, enquanto que os primeiros sinais de declínio de desempenho foram constatados em pacientes com 27 anos.

Entre outros dados levantados pelos pesquisadores, a memória continua intacta até em média os 37 anos de idade, enquanto atividades baseadas em cultura acumulada, como as que envolvem o vocabulário, por exemplo, aumentam até os 60 anos.

A pesquisa sugere novas informações que podem ajudar médicos especialistas na doença de Alzheimer a entender onde e quando a doença pode se manifestar. Afinal, este tipo de demência não é algo natural que ocorre por conta do envelhecimento e sim uma doença que destrói as células cerebrais, afetando milhares de pessoas acima dos 65 anos de idade em todo mundo.

terça-feira, 17 de março de 2009

HQs voltam à moda com adaptações cinematográficas

Publicado no Terra em março de 2009
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Em meados dos anos 80, os amantes de quadrinhos saíram do armário, já que finalmente suas paixões se tornaram moda. Foi a época do descobrimento dos grandes nomes do quadrinho inglês como Alan Moore e Neil Gaiman, da ascensão de Frank Miller, John Byrne e George Perez e do lançamento de Watchmen, O Cavaleiro das Trevas, Crise nas Infinitas Terras, entre outras obras. Agora, mais de 20 anos depois, vemos uma retomada com as muitas adaptações cinematográficas sérias e condizentes com as obras originais e um crescente interesse do público geral nessa forma de arte.

Em termos editoriais brasileiros, editoras como Panini e Conrad não fazem feio com seus lançamentos, seja na escolha de títulos, como na apresentação do material. Só neste mês de março, a Panini, subsidiária de um grupo editorial italiano, lançou em livrarias e bancas as edições de luxo de A Piada Mortal, obra maravilhosa de Moore e Brian Bolland, Watchmen - edição definitiva, vindo na carona do filme e obrigatória para iniciados ou não na arte, além de mais um volume da Biblioteca Histórica Marvel, com republicação das primeiras aventuras dos heróis Marvel, desta vez, focando no Demolidor (que usava então um ridículo uniforme amarelo).

A brasileira Conrad, que foi incorporada pela IBEP-Companhia Editora Nacional, traz Verão Índio, dos sensacionais italianos Hugo Pratt e Milo Manara, este último um dos reis dos quadrinhos adultos no mundo. Até mesmo a LP&M, uma das editoras que mais publicou HQs nos anos 80, volta com Valsa para Bashir, cuja adaptação em desenho animado ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro este ano.

Já na terra do Tio Sam, o sucesso das editoras está tão grande, que o tradicional jornal e formador de opinião New York Times resolveu lançar esta semana em seu site a lista das Graphic Books Best Seller, ou seja, as obras mais vendidas em narrativas gráficas ou graphic novels (termo cunhado pelo Deus dos quadrinhos, Will Eisner). Dividida em três categorias: hardcover (capa dura), softcover (capa cartão) e mangá, a lista será atualizada semanalmente. Nas hardcovers, o primeiríssimo lugar está com Starman Omnibus vol. 2, um catatau de 448 páginas com as aventuras de Jack Knight, filho do Starman original da DC Comics, herói famoso lá nos anos 40. Watchmen está em terceiro lugar e a morte de Batman (sim, o morcegão supostamente faleceu nas HQs) em quarto. Entre os softcores, Watchmen reina tranqüilo. Já os diversos volumes de Naruto, sobre o menino que quer se tornar o maior ninja místico de todos os tempos, ocupa quase todas as posições no Top Ten de mangás.

E a coisa não para por aí. Ainda este ano, veremos nas telas de cinema a adaptação da obra clássica do Deus dos quadrinhos, Will Eisner, The Spirit, dirigido pelo roteirista e desenhista de HQs Frank Miller, com um elenco estelar (Jaime King, Eva Mendes, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Paz Vega e Gabriel Macht no papel-título).

Dos quadrinhos japoneses, surgirá Dragonball Z, cujo roteiro assustou o autor do original que declarou, simpaticamente, que é para ser considerado um universo alternativo de seu personagem. O que todos querem ver mesmo é a aventura solo do X-Man mais querido de todos, Wolverine.

O filme, que estréia em 30 de abril no Brasil, é estrelado pelo sempre correto Hugh Jackman e aparentemente é baseado em duas HQs de sucesso: Origens, que mostra a infância e a descoberta de seus poderes e Arma X, com a explicação do esqueleto de adamantiun em seu corpo e porque o herói desconhece seu passado. Para quem gosta dos gibis, o filme promete um desfile de personagens mutantes na tela, como Gambit, Dente-de-Sabre, Deadpool e a sensualíssima, ora vilã, ora heroína, Emma Frost.

Já foram confirmadas as produções de Thor (dirigido por Kenneth Brannagh), Lanterna Verde, Alvo Humano, Fathon (provavelmente com a estonteante Megan Fox), Esquadrão Suicida (com um bando de vilões agindo em nome do governo americano), e ainda a continuação de Homem de Ferro e Homem-Aranha.

Se a idéia pegar no Brasil, bem que poderíamos ver as aventuras da Mônica e o Cebolinha adolescentes, um dos campeões de venda nas bancas em 2008, no cinema também? Se tudo o que Maurício de Souza toca vira ouro, bem que ele poderia vir com essa proposta, não é?

Entenda por que homens podem preferir mulheres mais velhas

Publicado no Terra em marçode 2009
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Sempre que uma artista sênior, como Susana Vieira, desfila com um garotão mais novo a tiracolo, a mídia se delicia e publica uma enxurrada de matérias com fotos, como se isso fosse coisa de outro mundo. O que pouca gente entende é que os tempos mudaram. Antigamente, uma mulher de 30 anos já era considerada "velha" e deveria estar casada, esquentando a barriga no forno e esfriando-a no tanque.

Hoje mulheres têm mais poder de decisão, mais oportunidades de carreira e, além disso, inúmeros produtos de beleza e recursos médicos que possibilitam um visual mais jovem (mas sem forçar a barra, por favor, porque uma coisa é ter aparência jovem, outra é tentar ser uma garota de 18 anos de idade).

Existe uma troca produtiva numa relação deste tipo: ela quer jovialidade, aventura, companheirismo, emoções e desprendimento que uma pessoa de sua idade provavelmente não daria, e ele quer crescer, ser valorizado e protegido. Se você tem vocação para Ashton Kutcher, marido de Demi Moore e 16 anos mais novo que ela ou de Guy Ritchie, o ex-marido 10 anos mais novo que Madonna (aqui não foi a idade que os separou, foi o ego desproporcional dela), então o Terra preparou os prós e contras (para os homens) de uma relação com mulher mais velha:

1- Ela te escolheu como namorado, porque viu um potencial em você, um diamante bruto, que, lapidado, pode se tornar uma jóia de real valor. MAS, atenção: existe uma possibilidade dela estar com você apenas porque morre de medo de se sentir velha.
2- Ela pode te ensinar muito, pois já sabe o caminho das pedras e tem uma vivência maior que a sua, MAS pode cair na tentação de querer controlar sua vida e lhe dizer tudo o que deve fazer ou não.
3- O papo vai ser mais profundo, com assuntos mais interessantes do que aqueles que você teria com uma menina mais nova e com certeza ela vai despertar seu intelecto, MAS ela pode se cansar de sua imaturidade e sua mania de falar que filme preto-e-branco é chato ou que Nietzsche parece som de espirro.
4- Ela vai lhe valorizar e ter orgulho de estar ao seu lado, porque você a faz se sentir mais gostosa, MAS ainda existe preconceito e muita gente vai achar que você só está com ela por causa do dinheiro.
5- Ela é mais liberada em termos de sexo, porque não tem os complexos e barreiras de uma menina mais nova e, com certeza, quer agradá-lo, MAS você não tem que encanar achando que ela é tarada, liberada demais ou algo assim. Freie sua cabeça de macho e aproveite.
6 - Ela é uma mulher pronta, que sabe o que quer e que poderá, além de dar muito carinho, cuidar de você e lhe ajudar em momentos mais obscuros, MAS ela pode se tornar uma segunda mãe e você corre o risco da namorada madura querer ajeitar sua camisa e seu cabelo em público, causando aquele momento embaraçoso.
7- Ela vai incentivar seus sonhos e te dar liberdade para alcançá-los, MAS pode não querer que você saia de perto dela, e a relação tende a ficar sufocante.
8- É bem provável que ela queira uma relação romântica, um namoro prolongado e que casamento ou a união dos trapos esteja fora de cogitação a curto e médio prazo, MAS isso pode vir contra o que você quer para seu futuro.
9- Ela tem autoconfiança, maturidade e aquele ar que de que sabe cada coisa que passa pela sua cabeça, MAS sempre vai morrer de ciúmes de ver você conversando com aquela gata de 20 e poucos anos, com medo de ser instantaneamente trocada.
10- Amar alguém mais velho pode ser uma experiência fascinante e, sim, pode dar certo, MAS depende dos dois terem certeza de suas escolhas e estrutura para sustentar a relação - até porque é muito provável que enfrentarão a resistência das famílias e de alguns amigos retrógrados.

domingo, 15 de março de 2009

Pesquisa mostra porque umbigos masculinos enchem de algodão

Publicado no Terra em março de 2009
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Aqui vai uma das notícias mais inúteis que você já leu, mas que fará um tremendo sucesso nas rodas de bar, almoços de domingo e nas reuniões de planejamento financeiro que duram mais de seis horas. O químico da Universidade de Tecnologia de Viena, Georg Steinhauser, estudou por três anos, os emaranhados de algodão que acumulavam em seu umbigo. Após analisar mais de 503 pedacinhos de lanugem, Georg descobriu que além de algodão extraído das roupas, a maçaroca continha também pele morta, gordura, suor e poeira.

Com seu trabalho publicado na revista Medical Hypotheses, o incrível professor demonstrou que a estrutura escamosa dos pelos agem como ganchos contra os tecidos e já que os pelos da barriga geralmente crescem em círculos concêntricos em volta do umbigo, acabam empurrando tudo para dentro do buraco.

Além de seu próprio material, o Dr. Steinhauser analisou e colheu de seus amigos, familiares, colegas e ainda concluiu que "o assunto preocupa mais gente do que ele havia pensado". A solução para evitar esse terrível drama pessoal, segundo ele, é raspar os pelos da barriga ou ainda colocar um piercing no umbigo.

Inacreditavelmente, o mesmo estudo estava sendo conduzido na Austrália, e agora os pesquisadores querem saber por que algumas pessoas acumulam mais bolinhas de algodão que as outras. E assustadoramente, vão conseguir subsídios para suas pesquisas.

Em tempo, Greg Barker, atendente num hospital da terra dos cangurus guarda o produto de seu umbigo em jarros desde 1984 e já entrou no livro Guiness de recordes. Inexplicavelmente, a maioria de sua coleção está na cor vermelha e ele alega que raramente usa roupas desta tonalidade. Quem sabe o pessoal do Arquivo X não soluciona esse terrível e importante mistério?

quinta-feira, 12 de março de 2009

Hotel tem pacote especial para 40 anos de protesto de Lennon

Publicado no Terra em março de 2009
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Há 40 anos, mais especificamente entre 26 de maio e 2 de junho de 1969, o mítico Beatle John Lennon e sua esposa, Yoko Ono, resolveram passar sua lua de mel "acampados" no quarto 1742 do hotel Fairmont Queen Elizabeth em Montreal, no Canadá e, deitados na cama, deram uma série de entrevistas a jornalistas pregando a paz mundial, culminando na gravação do hino Give Peace a Chance (dê uma chance à paz).

Agora, para comemorar a data, o hotel está promovendo pacotes especiais para os fãs do músico com acomodações para uma noite, café na cama para dois e ainda dando o CD com a canção e a letra da música. O Imagine Package, oferecido para estadias entre 01 de março e 21 de junho, custa US$ 199 para uma suíte comum ou US$ 599 para a famosa 1742. Além disso, o barman do hotel criou um drinque especial para a ocasião que traz gin (inglês, em homenagem à Lennon), saquê (para Yoko), grenadine (que simboliza o amor) e limão (para mostrar que, às vezes, o amor é azedo).

As comemorações, porém, não param por aí. Em Rotterdam, na Holanda, o fã Marcel Gootjes está convidando a todos para 3 dias de cama no Euromast Tower onde, a 100 metros de altura, ele quer espalhar mensagens de paz e levantar fundos para as organizações de auxílio a filhos da guerra, crianças que perderam suas famílias em batalhas. Já na terra dos Beatles, Liverpool, o grupo FAB4PEACE promoverá um evento no What´s Cooking restaurant. Além de camas orgânicas, os manifestantes usarão Macbooks "verdes" da Apple para disparar mensagens e vídeos no YouTube e no Twitter. Finalmente no Japão, mais especificamente na cidade de Saitama, o John Lennon Museum abrirá a exposição "O mundo de AMOR que John e Yoko criaram", com manuscritos do cantor e análises de suas canções.


Site do Fairmont Queen Elizabeth: www.fairmont.com

quarta-feira, 11 de março de 2009

Como ser um cavalheiro no primeiro encontro

Publicado no Terra em março de 2009
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Em tempos de sexo fácil, ficantes e afins, a arte de impressionar a moçoila com o galanteio parece ter se perdido um pouco. Hoje, muitas meninas reclamam que os homens já chegam nelas como beduínos sedentos em um oásis, e alguns moços estão impressionados negativamente também com o furor de certas meninas em alcançar os finalmentes.

Para fins didáticos nesta matéria, consideremos as condições normais de pressão e temperatura quando você conhece uma menina em algum lugar ou é apresentado a ela. Vocês conversam um pouco, trocam telefones e, finalmente, está pronto para convidá-la para sair e, quem sabe, transformá-la na outra metade da laranja.

Agora, vamos imaginar que o convite já tenha sido feito e aceito. E, aqui, vale uma ressalva: se a menina levar mais de cinco minutos para descobrir quem você é ao telefone, desista e desligue com um "desculpe, foi engano".

Se o primeiro encontro é na realidade um grande planejamento de marketing ou, se preferir, uma estratégia de guerra, então detalhes são importantes. Seja criativo, planeje antes e atente-se para as dicas abaixo:

Escolha o campo de batalha Geralmente, a menina vai esperar que você escolha um local para esse grande evento. E só há duas opções: um bom bar ou um bom restaurante. Lembre-se de que seu objetivo é conhecê-la melhor e ter um papo gostoso, portanto, danceterias estão descartadas, a menos que você queira berrar como um louco e mostrar a concorrência a ela, com muitos rapazes melhores que você se chacoalhando na pista.

Cinema também é uma péssima opção. No escurinho não rola conversa e, provavelmente, ela quer ver alguma história com a Jennifer Aniston e você Aliens X Predador VII, o que gera desconforto. Se a sua opção for um barzinho, evite ir naqueles onde você é totalmente conhecido e o garçom lhe recebe com um "E aí, lingüinha?". Definitivamente, não vai cair bem.

Mariana Yamada, psicóloga na Lunch42, empresa especializada em aproximação de pessoas, também atenta para o fato da escolha estar dentro de suas possibilidades econômicas, para não causar um problema posterior. E também para evitar festas de conhecidos de uma das partes, pois, segundo ela, a outra pessoa pode não se sentir à vontade e ficar deslocada.

Deu certo com seu avô, vai dar certo com você
Algumas regras básicas de cavalheirismo e etiqueta podem ser consideradas hoje um exagero por algumas meninas mais xiitas em sua visão feminista, mas, acredite, funcionam. Espere fora do carro ao buscá-la. Abra a porta, feche-a, dê a volta por trás e só depois entre. Abra também as portas dos restaurantes ou seja lá o lugar onde você vai levá-la.

Puxar a cadeira para a pretendente sentar também mostra que você é um rapaz de fino trato. Na escada rolante, ela vai na frente ao subir e atrás de você ao descer, já que a regra é a dama ter um homem para ampará-la caso algo dê errado (nunca dá, mas é bom prevenir). E, na hora da conta, pelo menos nessa primeira saída, insista em pagar. Caso ela não queira mesmo essa distinção, aceite de bom grado dividir a despesa. Lembre-se: as mulheres hoje são auto-suficientes o bastante para arcar com suas despesas, mas uma atitude pró-ativa do rapaz causa muito boa impressão.

Não seja egocêntrico, nem interrogue demais
Jerry Seinfeld, comediante americano, disse que um encontro é como uma entrevista de emprego. A diferença é que, dificilmente, no segundo caso, você acabe nu no final. Assim, as regras para se conseguir um trabalho são as mesmas para se conseguir a garota, e a primeira delas é seja você mesmo. Não invente histórias mirabolantes sobre sua vida nem fatos que nunca aconteceram, porque se a coisa der certo, ela vai descobrir a mentira.

Mariana Yamada dá as dicas: "sugerimos sempre que os homens, assim como as mulheres, dêem a oportunidade de conhecer e ser conhecido. Falar de si e perguntar sobre o outro é uma demonstração de interesse e cria um vínculo maior entre as pessoas. Mas é importante que esse bate-papo ocorra de forma equilibrada, pois uma pessoa que fala só de si pode ser considerada um narcisista. Por outro lado, uma pessoa que só pergunta sobre o outro, pode aparentar alguém fechado, que não se abre com ninguém".

Entre os assuntos que você deve evitar no grande dia, estão a história de seu casamento frustrado, o pé na bunda que levou da namorada, os problemas que tem no escritório. Também não vale ficar reclamando da vida. Prefira falar de temas que possam ser usados na construção da relação.

Capriche no "pós-venda"
Tudo deu certo, o encontro foi ótimo, ela é maravilhosa e você até ganhou um beijo de despedida (ou quem sabe uma noite tórrida de sexo). Obviamente, que você quer repetir o feito, portanto, agradeça o bom momento que tiveram juntos. Seja com flores, um cartão ou até mesmo uma singela mensagem no celular com um "foi ótimo". Isso vai dar segurança a você e a ela de que a próxima vez pode ser tão boa quanto a primeira. Gentileza e boas maneiras nunca saem de moda. Seja legal e não demore duas semanas para ligar de novo ou vai virar, nas imortais palavras de Gal Costa, página virada, descartada do folhetim da menina.

Cinco dicas rápidas para causar boa impressão
1.Apresentação é tudo. Use roupas em ordem, passadas, limpas e não exagere no perfume. Lave e encere seu carro, mesmo que seja uma Brasília 1972.

2.Ache algo que lhe impressionou na menina e elogie sinceramente. Nada de "sapatos bonitos, Amélia", porque vai soar falso demais.

3.Olhos nos olhos, meu amigo, ou ela vai achar que você está prestando mais atenção no decote da menina da mesa ao lado do que no que ela está falando.

4.Saiba ouvir. E não fique desesperado pensando no que você vai falar em seguida. As coisas vêm naturalmente.

5.Cuidado com o álcool. Se você beber demais, não estará na sua melhor forma. Se ela beber demais, pode significar uma dor de cabeça depois.

Lugares para um segundo encontro ou para impressioná-la de verdade:
-Parque temático: ela viu seu lado sedutor, agora está na hora de ver sua porção divertida. O único senão é acabar cansado demais no fim do dia.
-Passeio de balão: muitas empresas oferecem passeios no raiar do dia com piquenique no final. Se ela não achar isso romântico, arrume outra.
-Um dia na praia (se você não mora numa cidade praiana): só um dia de caminhadas na areia, almoço num lugar legal e muita chance para se conhecer melhor.
-Uma exposição de arte: passa a idéia de que você não é apenas um rostinho bonito, mas que tem conteúdo, mesmo quando você, definitivamente, não tem um rostinho bonito.
-Sua casa: um jantar preparado por você, de verdade, pode impressionar a menina, servido obviamente com um bom vinho. Só não se esqueça de esconder sua coleção de revistas masculinas e tirar o telefone do gancho.

terça-feira, 10 de março de 2009

Mulheres bebem além do limite para atrair homens, diz estudo

Publicado no Terra em março de 2009
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No eterno jogo da conquista, em que parecer interessante é a chave de tudo, as coisas estão saindo dos limites. Pesquisa realizada nos EUA com 3.316 estudantes de duas universidades mostrou que muitas meninas estão bebendo mais do que deveriam para conseguir impressionar seus parceiros.

O estudo mostrou que a grande maioria dos moços gostaria que suas parceiras, sejam amigas ou namoradas, bebessem, mas 71% das moçoilas acabam superestimando a dose. Analisando os diferentes subgrupos, os pesquisadores notaram que 26% dessas moças acreditam que um homem é mais propenso a ter amizade com mulheres que bebam acima de cinco drinques, enquanto 16% já acham que serão mais atraentes se beberem tanto quanto os meninos. Quando as duas estimativas são confrontadas com o que os garotos querem, as diferenças de opinião aparecem.

"Existe uma grande e arriscada desconexão entre os sexos", afirma Joseph LaBrie, PhD, professor de psicologia na Loyola Marymount University e autor do estudo. "Não são todas as mulheres que estão bebendo para chamar a atenção dos homens, mas isso pode explicar porque mais e mais mulheres estão bebendo a um nível perigoso".

A pesquisa será publicada na edição de março da revista médica Psychology of Addictive Behaviors, e o pesquisador LaBrie já está conduzindo outro estudo de acompanhamento, com a inversão de papéis. Ou seja, o objetivo será levantar o que os homens acham que as mulheres querem que eles bebam e em quais quantidades.

É bom notar que homens e mulheres possuem diferenças físicas que influenciam na capacidade de suportar bebidas alcoólicas. Homens têm mais massa muscular para segurar a onda e mulheres, em média, absorvem 30% mais álcool em sua corrente sangüínea. E, se a biologia não lhe fizer pensar duas vezes antes de se embriagar, fica aqui o lembrete: um homem que bebe demais se torna um babaca. Já a mulher, um alvo fácil.

Serviço: Para quem quiser mais detalhes, o estudo está publicado na íntegra no site da American Psychological Association e pode ser lido, em inglês, no www.apa.org/journals/releases/adb231157.pdf.