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Nesta quinta-feira é o aniversário do homem mais invejado do mundo: Hugh Hefner, o criador da revista Playboy. Em 1953, o ex-funcionário da revista Esquire, resolveu passar o chapéu entre os familiares e após juntar US$ 8 mil lançou a publicação com a megastar Marylin Monroe na capa (em fotos que ela fez em 1949 para um calendário). "A revista não tinha número nem data na capa, porque eu não acreditava que teria uma segunda edição", disse Hefner anos depois. O resultado foram 50 mil exemplares vendidos e a descoberta de um filão de ouro que iniciaria um império envolvendo programas de TV, clubes, bares e mais do que isso, a filosofia de vida que sexo era uma coisa normal. Em 2003, em uma entrevista, Hefner brincou que as três maiores invenções da humanidade foram o fogo, a roda e a Playboy. Segundo ele, antes da revista ser lançada, ninguém fazia sexo. Na realidade o empresário teve sua iluminação criativa em uma época em que sexo começava a sair do escuro e do proibido para entrar nos lares americanos, especialmente depois do controverso relatório Kinsey, que expunha a sexualidade e manias da classe média.
A grande sacada é que mais do que uma revista de sexo, a cria de Hefner era uma publicação voltada para um estilo de vida onde sexo era apenas um dos componentes. Não só mostrava a garota da porta ao lado, nua, como também em suas páginas desfilavam grandes escritores, cronistas, matérias interessantes e tudo o que o jovem solteiro da época queria ler para se tornar um homem mais completo. E dentro da visão de Hefner, a revista também alavancou o movimento feminino justamente por mostrar que meninas boazinhas também transavam. Era uma quebra total de paradigmas vigentes na época, onde havia dois tipos de garotas: as virginais e as liberadas, e apenas as primeiras eram consideradas produto para um casamento ou relação de longo prazo. A atual presidente do grupo, Christie Hefner, filha de Hugh, corrobora essa visão na introdução do livro O Mundo de Playboy. "Reconhecemos que mulheres podem ser patrões, e companheiras de bebidas ou mentores ou colegas. A revista escreve sobre isso, sobre ambas as possibilidades e complexidades na relação homem-mulher".
Até mesmo um dos mais radicais representantes da direita americana, William F. Buckley Jr, que faleceu em fevereiro de 2008, foi colaborador da revista por mais de 40 anos. Era a idéia de Hefner dar abertura aos vários lados da mesma história, mesmo que este lado fosse, em princípio, contra sua filosofia. Quando perguntado certa vez qual seria a solução para o crescimento populacional, Buckley disse: "faça as pessoas pararem de ler Playboy!". Outro exemplo foi uma visão diferenciada de Cristo, escrita por um pastor batista anti-Playboy, Harvey Cox, que saiu na revista na década de 70 e ainda foi premiada.
A brincadeira de que as pessoas compravam Playboy pelas reportagens e entrevistas não era tão infundada assim. Foi nas páginas de Playboy que leitores conheceram a história de Ron Kovic, depois transformada no filme Nascido em 4 de julho ou o texto do hoje diretor, Cameron Crowe, que virou o filme Picardias Estudantis com Sean Penn, leram a última entrevista de John Lennon, a visão de Fidel Castro sobre o mundo nos anos 70 e viram o puritano presidente americano Jimmy Carter discorrer sobre suas fraquezas. A revista investia também em artistas de primeira para ilustrar suas matérias e também não se esquecia da música, quando os leitores participavam de eleições de melhor músico do ano em várias categorias, começando com jazz nos anos 50 e 60 e incorporando o rock depois.
Hoje Hefner vive na mansão Playboy com suas muitas mulheres e ainda tem um prestígio inigualável entre políticos e artistas. E quer mais um motivo para invejar o homem? Quando ele entrou na terceira idade, o Viagra foi lançado. Parabéns, Mr. Hefner.
A grande sacada é que mais do que uma revista de sexo, a cria de Hefner era uma publicação voltada para um estilo de vida onde sexo era apenas um dos componentes. Não só mostrava a garota da porta ao lado, nua, como também em suas páginas desfilavam grandes escritores, cronistas, matérias interessantes e tudo o que o jovem solteiro da época queria ler para se tornar um homem mais completo. E dentro da visão de Hefner, a revista também alavancou o movimento feminino justamente por mostrar que meninas boazinhas também transavam. Era uma quebra total de paradigmas vigentes na época, onde havia dois tipos de garotas: as virginais e as liberadas, e apenas as primeiras eram consideradas produto para um casamento ou relação de longo prazo. A atual presidente do grupo, Christie Hefner, filha de Hugh, corrobora essa visão na introdução do livro O Mundo de Playboy. "Reconhecemos que mulheres podem ser patrões, e companheiras de bebidas ou mentores ou colegas. A revista escreve sobre isso, sobre ambas as possibilidades e complexidades na relação homem-mulher".
Até mesmo um dos mais radicais representantes da direita americana, William F. Buckley Jr, que faleceu em fevereiro de 2008, foi colaborador da revista por mais de 40 anos. Era a idéia de Hefner dar abertura aos vários lados da mesma história, mesmo que este lado fosse, em princípio, contra sua filosofia. Quando perguntado certa vez qual seria a solução para o crescimento populacional, Buckley disse: "faça as pessoas pararem de ler Playboy!". Outro exemplo foi uma visão diferenciada de Cristo, escrita por um pastor batista anti-Playboy, Harvey Cox, que saiu na revista na década de 70 e ainda foi premiada.
A brincadeira de que as pessoas compravam Playboy pelas reportagens e entrevistas não era tão infundada assim. Foi nas páginas de Playboy que leitores conheceram a história de Ron Kovic, depois transformada no filme Nascido em 4 de julho ou o texto do hoje diretor, Cameron Crowe, que virou o filme Picardias Estudantis com Sean Penn, leram a última entrevista de John Lennon, a visão de Fidel Castro sobre o mundo nos anos 70 e viram o puritano presidente americano Jimmy Carter discorrer sobre suas fraquezas. A revista investia também em artistas de primeira para ilustrar suas matérias e também não se esquecia da música, quando os leitores participavam de eleições de melhor músico do ano em várias categorias, começando com jazz nos anos 50 e 60 e incorporando o rock depois.
Hoje Hefner vive na mansão Playboy com suas muitas mulheres e ainda tem um prestígio inigualável entre políticos e artistas. E quer mais um motivo para invejar o homem? Quando ele entrou na terceira idade, o Viagra foi lançado. Parabéns, Mr. Hefner.
2 comentários:
Acho que Hugh Hefner teve a idéia certa na hora e lugar exatos, e foi mudando de acordo com o gosto popular (quer fórmula melhor?)... Não invejo, mas sim admiro esse cara!!
Que nada,o cara era um tarado com tino para negócios,espertinho...achou a mina ou melhor as mina meu,tá ligado?
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