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Quem sempre gostou de seriados de TV consegue reconhecer o nome de Aaron Spelling nos créditos. O produtor, nascido em 22 de abril de 1923, esteve por trás de nada mais, nada menos que nove dos dez maiores sucessos da televisão entre os anos 70 e 80, aqui e nos Estados Unidos. Seu primeiro grande hit moderno foi Mod Squad, sobre três delinqüentes que se tornam combatentes do crime para escapar de penas na cadeia. O foco erava em drogas, movimento hippie, contracultura e questões raciais. Em 1999, virou filme para telona com Claire Danes.
Mais tarde veio outro grupo que virou hit: As Panteras. A primeira formação tinha Kate Jackson, Farrah Fawcett-Majors e Jaclyn Smith, como Sabrina, Jill e Kelly, três moças recém-formadas pela academia de polícia que decidem trabalhar para o misterioso Charlie (voz de John Forsythe, já que o personagem nunca apareceu) no negócio de investigação particular. Depois, com a saída de algumas atrizes, entraram no elenco Cheryl Ladd (Kris), Tanya Roberts (Julie) e Shelley Hack (Tiffany). As duas primeiras temporadas estiveram entre os 10 programas de TV mais vistos nos Estados Unidos. Drew Barrymore, que levou as aventuras das Panteras para o cinema, promete um terceiro filme para 2011.
Na linha policial Spelling criou ainda Starsky e Hutch, com dois policiais muito durões, T.J. Hooker (Carro Comando no Brasil) que salvou a carreira de William "Capitão Kirk" Shatner depois de Jornadas nas Estrelas, Vegas sobre um detetive na cidade do pecado, Casal 20 com dois bons vivants investigadores (Stephanie Powers e Robert Wagner - série que fez um sucesso monstruoso no Brasil e virou até tema de propaganda - e o seriado que fez muitas crianças quererem partir para a academia de polícia: Swat, com sua indefectível música-tema.
Para os mais românticos, a Spelling Productions trouxe O Barco do Amor, mega-sucesso na América com as vidas e situações engraçadas dos passageiros e tripulantes do transatlântico Pacific Princess; Dinastia, uma resposta ao sucesso de Dallas da CBS, focando mais uma família milionária e disfuncional e ainda A Ilha da Fantasia com os dramas e desejos dos visitantes do paraíso tropical do Sr. Rourke, sempre acompanhado de seu parceiro, o anão Tattoo.
Para os mais moderninhos, foi Spelling que criou Beverly Hills 90210 ou Barrados no Baile, como a Globo batizou, mostrando um grupo de adolescentes ricos e de bem com a vida na parte nobre de Los Angeles. É engraçado notar que a filha de Aaron, Tori, fazia o papel da virginal Donna Martin porque papai não queria ver sua rebenta na cama dos rapazes. A fórmula de sucesso de série levou ao desenvolvimento de Melrose Place ainda nos anos 80 e mais recentemente Charmed, sobre as três irmãs bruxinhas, quase um As Panteras com magia.
A produtora de Spelling também investia em longas para a TV - e fica aqui uma curiosidade. Em 1976, catapultaram a carreira do jovem John Travolta no drama O Menino na Bolha de Plástico. Já em 1993, produziram o premiadíssimo And The Band Played On, primeiro filme a focar a descoberta do vírus HIV e as mortes por AIDS na São Francisco do final dos anos 70. Spelling faleceu em decorrência de um derrame em junho de 2006 aos 83 anos idade.
Um comentário:
Não sabia que era tudo desse cara!! Realmente seriados para todos os gostos... Particularmente gostava de assistir "Starsky e Hutch" e "A Ilha da Fantasia".
"O Menino na Bolha de Plástico"... Esse você desenterrou!!
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