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Sharon Tate era uma atriz medíocre. Só que Sharon Tate era linda de doer. E gostosíssima. Para se ter uma idéia, depois de trabalhar só de biquini no filme Don´t Make Waves de 1967 com Tony Curtis, o estúdio encheu as salas de cinema com cartazes em tamanho natural da menina! E sua personagem, Malibu, teria inspirado a criação da Malibu Barbie.
Dos 12 filmes que trabalhou só dois são dignos de nota: A Dança dos Vampiros e O Vale das Bonecas. O primeiro, uma comédia amalucada e um tanto datada, foi dirigida e estrelada por Roman Polanski, que acabou seduzindo a moça e se casando com ela. O segundo foi um escândalo no seu lançamento por mostrar garotas em busca de sucesso que se envolvem com sexo e drogas.
Sharon Tate poderia ter sido só uma nota de rodapé na história do cinema se em 09 de agosto de 1969 não tivesse sido morta pela famigerada “família Manson”. Charles Manson era um cara totalmente doido que acreditava que haveria uma guerra entre raças e que o grupo radical Panteras Negras ganharia. Só que o louco também acreditava que precisava ganhar a confiança dos negros, porque eles precisariam de um branco para governar o mundo (palavras dele, não minhas). E ele pensou tudo isso inspirad0 pela música ‘Helter Skelter’ dos Beatles.
Manson também era um músico frustrado e para impressionar todo mundo, resolveu matar quem estivesse na casa do produtor musical Terry Melcher (que se recusara a gravar uma de suas músicas) como forma de mandar a mensagem que os ricos seriam massacrados. Acontece que Melcher não morava mais lá e calhou de Tate e alguns amigos estarem no local e assim a atriz acabou esfaqueada e morta, grávida de nove meses.
A escritora Joan Didion declarou anos mais tarde que os anos sessenta acabaram naquela 09 de agosto. Toda a mensagem de paz, amor livre, direitos iguais e toda simbologia que envolveu a geração hippie foi destruída naquele assassinato. Um clima de paranóia foi estabelecido, mesmo depois que todos os envolvidos foram presos e condenados à prisão perpétua.
Tate não deixou um legado como atriz, mas marcou profundamente a justiça americana. No começo da década de 80 soube-se que uma das integrantes da família Manson havia entrado com um pedido de habeas corpus, angariando 900 assinaturas para sua liberação. Foi o bastante para a mãe de Sharon fazer uma campanha brutal contra o indulto, conseguindo que mais de 300 mil pessoas assinassem seu documento. Pelo resto de sua vida dedicou-se a impedir que os assassinos de sua filha saíssem da prisão e acabou criando uma fundação de apoio a família de vítimas de crimes violentos. Por causa dela e graças ao que aconteceu à sua filha, os familiares podem hoje opinar nos comitês de liberdade condicional na Califórnia.
Quanto a Polanksi, sempre declarou ter ficado arrasado com a morte da esposa grávida, dedicando seu filme Tess a ela, mas isso não o impediu de ter que fugir dos EUA graças a um processo por estupro que rola até hoje. Mas isso é assunto para outro post.
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