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Se não tivesse morrido de cancer em 12 de março de 1978, John Cazale teria completado 75 anos hoje. Cazale é um desses fenômenos na história de alguma arte que acontece muito raramente, mas deixa marcas. Isso porque o cara só trabalhou em cinco filmes em toda a sua carreira, todos como coadjuvantes e todos esses filmes não só concorreram ao Oscar de Melhor Filme, como se tornaram clássicos e indispensáveis. E, somando a tudo isso, está o fato de que esse ator, natural de Boston, está excelente em todos eles.
Cazale começou no teatro no começo de seus 20 anos e fez uma grande amizade com outro estreante, Al Paci. Os dois trabalharam juntos em algumas peças e ganharam prêmios Obie , dados aos melhores do circuito Off-Broadway. John também chegou a dividir os palcos com Robert De Niro e Meryl Streep (com que namorou até sua morte).
A chance nos cinemas veio com O Poderoso Chefão no marcante papel de Fredo, o mais fraco dos irmãos Corleone. Copolla se impressionou tanto com o trabalho que o chamou para seu próximo filme, o ótimo A Conversação ao lado de Gene Hackman e aumentou a participação de seu personagem em O Poderoso Chefão 2 – aquele onde Fredo decepciona MUITO seu irmão Michael.
Em 1975, Pacino e Cazale estrelam o melhor filme de assalto de todos os tempos, Um Dia de Cão. O clássico é baseado em fatos reais ocorridos em NY e o diretor Sidney Lumet estava receoso de colocar Cazale, já que o ator em nada parecia com o verdadeiro Sal (que tinha apenas 18 anos de idade quando do crime). Suas dúvidas se dissiparam no teste e sua interpretação foi tão forte que um jornalista da Assciate Press chegou a escrever que “Cazale quebrou corações na tela com representações de homens voláteis, vulneráveis e vacilantes, especialmente o parceiro de Pacino no trágico assalto a banco de Um Dia de Cão“.
Seu último filme o icônico (e hoje sabido irreal) O Fraco Atirador. Ele já estava em fase terminal de câncer ósseo e o diretor Michael Cimino mudou a ordem das filmagens para que ele e sua noiva, Meryl Streep, pudessem acabar suas participações antes. O ator virou um símbolo do homem sensível que tem um grande amor por aquilo que faz. E em 2009 tornou-se o tema de um documentário, I Knew it Was You.
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