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Você já parou para pensar porque determinado modelo de calça começa a ser vendido loucamente e de repente ninguém mais quer? E com os penteados, gravatas, carros, relógios, música? A primeira reação das pessoas ao se deparar com essa questão é responder: tudo é culpa do marketing. Ou ainda de novas tecnologias que enterram produtos ultrapassados. Obviamente que estes dois fatores são importantes para definir modismos, mas os pesquisadores Jonah Berger da Universidade da Pensilvânia e Gaël Le Mens das Universidades de Stanford e Pompeu Fabra em Barcelona, dedicaram-se a estudar outros agentes que influenciam para que algo saia de moda.
No resultado final, a conclusão do trabalho foi que quanto mais rápido algo se tornar popular, mais rápido será seu declínio. Para chegar a isso, os dois pesquisadores utilizaram a popularidade de primeiros nomes em bebês americanos e franceses entre os anos de 1900 e 2004. Nomes vêm carregados de modismos (quantos Mateus ou Gabriel você viu aparecer nos últimos tempos?) e não dependem de fatores tecnológicos ou comerciais para serem considerados "na moda". Na segunda parte da pesquisa, reuniram grupos de futuros pais e pediram-lhes para escolher nomes de uma lista, mostrando a curva de popularidade de cada um. Desta vez, o critério de escolha foi mais cuidadoso. Os pais não queriam dar ao filho um nome que acende muito rapidamente como popular, temendo que fosse considerado "brega" no futuro.
Pessoas gostam de se sentir exclusivas em seus gostos e posses e ver nessas posses a reflexão de sua identidade. E gosto por determinado tipo de produto vai gerar boca-a-boca e propaganda indireta e o sucesso está garantido. Obviamente quando o produto em si passa a ser usado por grupos de identidades diferentes, a pessoa prefere abandoná-lo. Ou seja, quando muitas pessoas estão utilizando algo que não mais reflete uma identidade em si, ela perde seu valor e acaba por afastar potenciais possuidores, até virtualmente morrerem. Outro detalhe levantado na pesquisa é que em produtos onde o abandono é mais trabalhoso e envolve despender muito dinheiro (como carros e nomes), as pessoas são mais hesitantes em abraçar um modismo.
O estudo ("How adoption speed affects the abandonment of cultural tastes" - ou Como a velocidade de adoção afeta o abandono de um gosto cultural) é particularmente importante para aqueles que desejam desenvolver um constante fluxo de adotantes, seja de um produto ou teoria, de uma maneira persistente e bem-sucedida e pode ser baixado gratuitamente no site da Proceedings of the Nacional Academy of Sciences of the USA (Pnas.org).
No resultado final, a conclusão do trabalho foi que quanto mais rápido algo se tornar popular, mais rápido será seu declínio. Para chegar a isso, os dois pesquisadores utilizaram a popularidade de primeiros nomes em bebês americanos e franceses entre os anos de 1900 e 2004. Nomes vêm carregados de modismos (quantos Mateus ou Gabriel você viu aparecer nos últimos tempos?) e não dependem de fatores tecnológicos ou comerciais para serem considerados "na moda". Na segunda parte da pesquisa, reuniram grupos de futuros pais e pediram-lhes para escolher nomes de uma lista, mostrando a curva de popularidade de cada um. Desta vez, o critério de escolha foi mais cuidadoso. Os pais não queriam dar ao filho um nome que acende muito rapidamente como popular, temendo que fosse considerado "brega" no futuro.
Pessoas gostam de se sentir exclusivas em seus gostos e posses e ver nessas posses a reflexão de sua identidade. E gosto por determinado tipo de produto vai gerar boca-a-boca e propaganda indireta e o sucesso está garantido. Obviamente quando o produto em si passa a ser usado por grupos de identidades diferentes, a pessoa prefere abandoná-lo. Ou seja, quando muitas pessoas estão utilizando algo que não mais reflete uma identidade em si, ela perde seu valor e acaba por afastar potenciais possuidores, até virtualmente morrerem. Outro detalhe levantado na pesquisa é que em produtos onde o abandono é mais trabalhoso e envolve despender muito dinheiro (como carros e nomes), as pessoas são mais hesitantes em abraçar um modismo.
O estudo ("How adoption speed affects the abandonment of cultural tastes" - ou Como a velocidade de adoção afeta o abandono de um gosto cultural) é particularmente importante para aqueles que desejam desenvolver um constante fluxo de adotantes, seja de um produto ou teoria, de uma maneira persistente e bem-sucedida e pode ser baixado gratuitamente no site da Proceedings of the Nacional Academy of Sciences of the USA (Pnas.org).
12 comentários:
Em primeiro lugar: parabéns pelo bom censo em aplicar a censura. Tava na hora de colocar ordem na casa!!
Em relação a matéria eu vou concordar com os resultados da pesquisa, apesar de parecer um pouco óbvio que todo ser humano gosta da exclusividade e, quando o exclusivo se torna comum, a coisa se torna "sem graça".
Não sou muito adepto a modismos, de estar na moda (seja ela qual for, de roupa a geeks). Gosto de usar/ter aquilo que me dá gosto de usar/ter. Tem coisas que tão em moda e são bonitas, tem outras que nem tanto. Procuro não me deixar levar pelo consumismo, primeiro pq não tô podendo ($$$), depois pq penso muito, e se penso muito, acabo por concluir que não precisava disso ou daquilo tanto assim. O negócio é estar bem consigo mesmo. E estar bem comigo mesmo é não ostentar, nem sobressair demais, seja positiva ou negativamente. Mas tem gente que não, seja de uma forma, seja de outra, mas tudo bem, é com cada um. Mas acho tb que moda ou modismo é o poder da influência sobre nós. E não faço questão de ser exclusivo ou ter exclusividade... dá muito trabalho... Pensamento brega, não? Tudo bem, afinal, a diversidade e singularidade de cada pessoa é uma coisa incrível...
A grande maioria realmente gostaria de usar/ter aquilo que quer, mas na maioria das vezes isso não é possível, principalmente por causa do $$$...
Cada um é cada um, mas no nosso mundo globalizado, o que é modismo sai bem mais em conta do que o que é exclusivo... E não sei se isso é pró ou contra?!
na boa Claudio,no reino da moda, vc parece um ilustre estrangeiro.Modismos nunca,morrem,meu caro,ficam em estado latente!A lei de mercado faz girar a roda do consumo,isso porque depois do prêt-à-porter a individualidade virou um mito.
pô esse lance de modismo dá maió trabalho,né não?
NEM ME FALE CEROLZIN.
COMO BEM DISSE A XIBOQUINHA, VOCE ACHA QUE EH FACIL MANTER ESSE MEU ESTILO NIKE-MOTOROLA-ITAU-VISA-SKOL-COCACOLA-TAM-BRASTEMP-SONY-ADIDAS-LG-VIVO-MACDONALDS-MONTBLANC-SWATCH-NATURA DE SER ??
OQUE SERA QUE VEM POR AI ??
Pausa pra falar sobre censura:
Claudio no caderno de moda dá nisso:tesoura,corte...parece um alfaiate,sempre com estilo,é claro!
Língua,
Eu não fiz a pesquisa, só divulguei o resultado. Nunca mate o mensageiro, a menos que vc se chame Leônidas.
Acho que a moda tem essa intensidade e breviedade muito devido aos meios de comunicação de massa. Vc pode ver on-line desfiles, ver instantaneamente o que tá rolando, notícias, o que tá in, ou out. Qdo não tinha TV, acho que demorava mais pros modismos passarem de um continente pro outro, pois dependiam muito de revistas, jornais, demorava mais...
Em relação ao mensageiro, Pucci, ele tb tem uma parcela de culpa, né, pois neste caso, apesar de não ter feito a pesquisa, foi quem escolheu o tema pra divulgar. Quem mandou, hehehe (só te enchendo um pouquinho. Realmente é um tema bem polêmico, dá muito 'pano pra manga', hahaha...)
Entreouvindo na máquina do café:
_Viu,o Claudio teve que fazer uns cortes em certos comentários
_É, pois é.Também neguinho sem noção pra postar
_Sabe o que é pior que a censura,véio?
_O que?
_A auto-censura
_Putz,se a moda pega...
Oió, Pucci: Censura, Auto-censura, Sem-censura, Non-Sense. Bom tema pro próximo texto. Abçs
O modismo acaba com a nossa sociedade, detonando as idéias das pessoas, sendo uma das maiores armas do capitalismo, pois a partir desse modismo o sistema manipula as idéias do povo, da massa (Claudio, esse tipo de comentário anarquista não vai ser censurado, vai?)
Ia esquecendo: Moskanasopa, eu te amo! (É só para garantir e não ser apagada)
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