Link
Uma pesquisa informal na década de 80 mostrou que o brasileiro se identificava mais com o Pato Donald do que com o Zé Carioca, esse sim produto da política de boa vizinhança americana em tempos de Segunda Guerra e uma caricatura do carioca romântico. Para quem gosta de quadrinhos não é difícil saber o porquê. Donald, que comemora 75 anos em 09 de junho, reúne o melhor e pior dos habitantes das terras de Santa Cruz, até mesmo quando está falando inglês. Confira abaixo os motivos:
Ele trabalha muito e está sempre devendo: Donald se mata para colocar o arroz e feijão no prato da família, mas chega ao final do mês sempre falta um pouquinho para comprar algo que ele realmente quer. Parece alguém que você conhece? Sem contar que está sempre devendo para alguém, especialmente ao seu tio.
Ele anda de carro velho e não troca por nada neste mundo: o velho 1313 pode enguiçar de vez em quando, mas está com o pato faz décadas e ele nem pensa em se livrar da charanga. Até mesmo quando se tornou o Superpato, preferiu colocar acessórios no calhambeque a sair por aí com um Aston Martin.
Ele tem primos que agem como cunhados: Peninha e Gastão são o próprio reflexo dos típicos irmãos de esposa. Um só aparece para filar a bóia, enquanto o outro fica se gabando de seu próprio sucesso e relembrando Donald de seu papel de fracassado.
Ele é explorado no trabalho: o famoso Tio Patinhas (cuja fortuna, em 2006, foi estimada pela Forbes - isso é sério - em 10,9 bilhões de dólares, perdendo para Montgomey Burns dos Simpsons e para "Daddy" Warbucks da pequena órfã Annie) sempre consegue um empreguinho para o pobre pato, mas com salários irrisórios como 0,05 centavos de pataca a hora ou o colocando em cargos esdrúxulos como arrancar as penas de preocupação ou polir as milhões de moedinhas na caixa-forte. E isso sem pagamento de hora extra.
Ele tem vizinhos irritantes: seguramente todo mundo que mora em prédio teve ou tem um Silva na vida. Aquele vizinho chato, que reclama de tudo, incomoda ao extremo e depois parte para a briga.
Ele cria o filho dos outros: Huguinho, Zezinho e Luisinho são filhos de sua irmã gêmea, Dumbella, que largou as pestes com ele e não mais apareceu. O brasileiro também é assim. Assume os problemas alheios como seus, não se importa com as conseqüências e parte para a luta. E é lógico que geralmente se dá mal.
Sua namorada o faz de gato e sapato: Margarida está com ele há 69 anos e, apesar do romance entre os dois, adora provocá-lo seja fazendo ciúmes com o Gastão, seja colocando-o para carregar os inúmeros pacotes de compras. E é óbvio que ela quer mudar o jeito dele de qualquer maneira. Assim, como a sua esposa faz com você.
Mesmo quando é especialista em algo, se dá mal: Donald já foi mestre-relojoeiro e destruiu os vidros de Patópolis. Também foi mestre-demolidor e pôs abaixo um asilo de multimilionários. Qualquer semelhança entre ele e a seleção brasileira de futebol em copas do mundo não é mera coincidência.
Ele quer uma vida pacata: o tio tenta de qualquer maneira mostrar ao sobrinho as vantagens e maravilhas de ser um empresário milionário de sucesso, mas o que Donald quer mesmo é apenas curtir uma tarde no parque tomando sorvete. Para que ter as preocupações e estresses de um ricaço? Sem contar que há sempre a possibilidade de se herdar algo ou ganhar na Mega Sena, não é mesmo?
Apesar de tudo isso, ele não desiste nunca: nenhuma adversidade tira o pato de seu rumo ou de conseguir o que quer. As coisas podem dar errado aqui e ele vai tentar algo novo lá. Mais ou menos como o brasileiro. Ou você acha que chegamos à posição de segundo povo mais otimista do mundo à toa?
Ele trabalha muito e está sempre devendo: Donald se mata para colocar o arroz e feijão no prato da família, mas chega ao final do mês sempre falta um pouquinho para comprar algo que ele realmente quer. Parece alguém que você conhece? Sem contar que está sempre devendo para alguém, especialmente ao seu tio.
Ele anda de carro velho e não troca por nada neste mundo: o velho 1313 pode enguiçar de vez em quando, mas está com o pato faz décadas e ele nem pensa em se livrar da charanga. Até mesmo quando se tornou o Superpato, preferiu colocar acessórios no calhambeque a sair por aí com um Aston Martin.
Ele tem primos que agem como cunhados: Peninha e Gastão são o próprio reflexo dos típicos irmãos de esposa. Um só aparece para filar a bóia, enquanto o outro fica se gabando de seu próprio sucesso e relembrando Donald de seu papel de fracassado.
Ele é explorado no trabalho: o famoso Tio Patinhas (cuja fortuna, em 2006, foi estimada pela Forbes - isso é sério - em 10,9 bilhões de dólares, perdendo para Montgomey Burns dos Simpsons e para "Daddy" Warbucks da pequena órfã Annie) sempre consegue um empreguinho para o pobre pato, mas com salários irrisórios como 0,05 centavos de pataca a hora ou o colocando em cargos esdrúxulos como arrancar as penas de preocupação ou polir as milhões de moedinhas na caixa-forte. E isso sem pagamento de hora extra.
Ele tem vizinhos irritantes: seguramente todo mundo que mora em prédio teve ou tem um Silva na vida. Aquele vizinho chato, que reclama de tudo, incomoda ao extremo e depois parte para a briga.
Ele cria o filho dos outros: Huguinho, Zezinho e Luisinho são filhos de sua irmã gêmea, Dumbella, que largou as pestes com ele e não mais apareceu. O brasileiro também é assim. Assume os problemas alheios como seus, não se importa com as conseqüências e parte para a luta. E é lógico que geralmente se dá mal.
Sua namorada o faz de gato e sapato: Margarida está com ele há 69 anos e, apesar do romance entre os dois, adora provocá-lo seja fazendo ciúmes com o Gastão, seja colocando-o para carregar os inúmeros pacotes de compras. E é óbvio que ela quer mudar o jeito dele de qualquer maneira. Assim, como a sua esposa faz com você.
Mesmo quando é especialista em algo, se dá mal: Donald já foi mestre-relojoeiro e destruiu os vidros de Patópolis. Também foi mestre-demolidor e pôs abaixo um asilo de multimilionários. Qualquer semelhança entre ele e a seleção brasileira de futebol em copas do mundo não é mera coincidência.
Ele quer uma vida pacata: o tio tenta de qualquer maneira mostrar ao sobrinho as vantagens e maravilhas de ser um empresário milionário de sucesso, mas o que Donald quer mesmo é apenas curtir uma tarde no parque tomando sorvete. Para que ter as preocupações e estresses de um ricaço? Sem contar que há sempre a possibilidade de se herdar algo ou ganhar na Mega Sena, não é mesmo?
Apesar de tudo isso, ele não desiste nunca: nenhuma adversidade tira o pato de seu rumo ou de conseguir o que quer. As coisas podem dar errado aqui e ele vai tentar algo novo lá. Mais ou menos como o brasileiro. Ou você acha que chegamos à posição de segundo povo mais otimista do mundo à toa?
12 comentários:
Olha, me desculpa, mas discordo em dizer que o Pato Donald representa o típico brasileiro. Tudo bem que tem algumas características per si, mas vale tb para qquer habitante (muito azarado) do planeta. E outra, se ele representa um brasileiro, explorado pelos tios, primos e etc, então estes devem ser o quê então, senão outros brasileiros que o exploram, ou sendo mais simbolista, americanos, argentinos, paraguaios, europeus e outros pelo mundo afora? Acho que ele cativa porque tem um pouco de nós mesmos, e das dificuldades que passamos todos os dias, aproximando-se mais da nossa realidade, mas como seres humanos, e não brasileiros. Da mesma forma cativou-nos o Peter Parker, e todos os azares, dificuldades e frustrações que já viveu em milhares de páginas de HQ, conquistando o público não pelos seus poderes, mas por sua simplicidade, humanidade e dificuldades normais de qquer pessoa, tais como não ter dinheiro para pagar aluguel, comprar presente pra namorada ou pegar um ônibus...Mas tudo bem, valeu por mais esse aprendizado a respeito desse pato, com duplo sentido, mesmo...ou como diria o Consigliere, 'patzo' !!
Johnny,
Sabe o que é licença poética, brincadeira, chiste, piada, crônica social etc etc etc? Caramba, se eu não te conhecesse há 28 anos e não soubesse que você é faixa preta de karatê, eu te arrebentava a cara *rs.
Pô cara, agora me deixou sem jeito. Ás vezes me é difícil lidar com textos de enfoques diferentes no mesmo lugar. Ora textos sérios, ora satíricos. Acho que tenho de levar a vida menos a sério. Desculpa aí pelo talvez tom meio pesado, não foi a intenção. Só trocando idéias, sabe cumé...
Com certeza a pesquisa "informal" foi feita em SP... Se tivesse sido no RJ, o resultado seria outro!!
O JOHNY TEM RAZAO, AINDA MAIS COM SUA SABEDORIA E QUALIDADES 'MARCIAIS' (SE BEM QUE NAUM ENTENDI MUITO O QUE ELE QUIS DIZER).
QUANTO AO TEXTO, O PATO DONALD EH O BRASIL DO MEIO PRA BAIXO E O ZE CARIOCA DO MEIO PRA CIMA.
A matéria sobre o pato encrenqueiro tá boa,mas... Marcelo cadê sua fotinha?
Vocês sabias que o Pato Donald não é um pato e sim um marreco?
Marreco e pato sempre deram muita confusão, mas o personagem da Disney é comprovadamente um marreco-de-pequim.
O pato é de origem latina e o marreco é de origem chinesa.
Claudio, não tem censura para o comentário da Petit Poupeé?
Xiboca,
A censura se aplica em ofensas entre os membros do blog e não para xavecos, seduções, flertes etc.
Quanto ao pato ser marreco, ess foi simplesmente genial. E eu me achava o rei da cultura inútil haahahah!
Você não responeu meu e-mail a matéria onde seu nome real vai constar sai hoje.
Beijos
Claudio,mon chér,eu já te xavequei?
Marcelo,lindo,eu já te xavequei?
Johnny,gostoso,eu já te xavequei?
Xiboquinha,nem que vc quissese!!!!!!
Poupée,
o cachorrinho tem telefone? eu já te xavequei?
E AI PETIT, ESQUECEU D'EU ?
Postar um comentário