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Morreu hoje aos 58 anos de idade, um dos grandes tesões dos anos 1970, a francesa Maria Schneider. Em 1972, com apenas 20 anos, ela trabalhou ao lado de Marlon Brando, então com 48, no polêmico O Último Tango em Paris de Bernardo Bertolucci ou a propaganda mais erótica de manteiga que já foi feita. A produção, sobre um relacionamento somente baseado em sexo, entre um empresário americano de meia idade e uma teenager francesa chocou o mundo e ganhou a classificação X (de filmes pornôs) em sua estréia nos EUA. Depois desse filme, Schneider fez Profissão: Repórter de Michelangelo Antonioni com Jack Nicholson, teve uma crise dos nervos e se internou por um tempo em um hospital especializado em distúrbios mentais. Até 2008, apareceu somente em produções européias.
A famosa cena da manteiga como acessório para sexo anal, foi bolada na hora por Marlon e Bertolucci e por mais que o sexo fosse simulado, a atriz chorou de verdade, pois ficou chocada com a idéia. Existe, porém, outra história ótima sobre as filmagens, que é contada no documentário Brando. O ator, disléxico e na época com dificuldade de memorizar as falas, escrevia-as nos peitos de Maria Schneider ou colava fitas adesivas com os diálogos em seu corpo para assim conseguir fazer o personagem (isso quando ele não mandava tudo às favas e improvisava). E esta é – talvez – a melhor justificativa que um homem já usou para ficar olhando para um par de peitos femininos sem parecer indiscreto, tarado ou idiota.
Maria Schneider ficou marcada pelo papel. Disse que quando leu O Último Tango em Paris, não viu nada que a preocupasse pois tinha apenas 20 anos e simplesmente queria estar no cinema. Anos depois percebeu que foi completamente manipulada por Bertolucci e Brando. E morreu considerando o diretor como seu maior inimigo.
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