segunda-feira, 12 de abril de 2010

Na Erotika Fair, toda nudez será valorizada

Publicado no Terra em abril de 2009
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Começou este fim-de-semana em São Paulo a 16ª edição da Erotika Fair, o evento que reúne fabricantes, vendedores e comunidades, todos ligados ao mercado do erotismo e sedução. Assim como nas outras edições, é dividido em dois setores, o Erotika Business, gratuito, com feira de produtos (a entrada só é permitida para maiores de 18 anos) e o Erotika Hot, com ingresso a R$50 e shows de strip, pole dancing, apresentações de sadomasoquismo, lap dancing e muito mais.

E não dá para não se divertir em uma feira dessas (a não ser que você seja conservador demais). Pelos corredores nota-se que não existem limites para o prazer e que a multimilionária indústria de produtos eróticos consegue apresentar todo o tipo de acessório possível e imaginável. As estrelas deste ano são os novos sabores de gels beijáveis (não mais chamados de comestíveis porque não são alimento, e número um em vendas no Brasil) saindo das frutas e entrando nas bebidas alcoólicas, ou seja, seu sexo oral pode ter gosto de caipirinha, amarula, piña colada e até mesmo açaí com guaraná.

No lado dos vibradores o que encanta este ano são os designs diferenciados dos produtos importados que fogem da figura do pênis em si e ganham cores e estampas mais transadas. Alguns, como o famosíssimo rabbit, pode ser comprado a partir de R$99 na feira. Ainda nesse acessório, os modelos voltados para o mercado gay estão mais populares e visíveis com formatos diferenciados para estimular a próstata e o períneo (o ponto G masculino).

Como sexo é sempre lúdico e interativo, o que não faltam agora são os novos joguinhos eróticos para serem brincados a dois ou em grupos. Do Sexy Trunfo (o Super Trunfo com mulheres ou homens nus) a jogos de tabuleiro com atividades para o casal, é possível encontrar de tudo, para todos os gostos.

Já no lado escuro da feira, ou seja, na parte de shows, meninas e meninos tiram a roupa e não dispensam a ajuda de alguém da plateia em sua performance. O mais engraçado foi ver os homens debandarem correndo da beira do palco quando, após a apresentação de uma loura com corpo escultural, surgiu um stripper vestido de enfermeiro. Restaram três meninas olhando o rapaz com um sorriso no rosto. Mais adiante em um stand voltado ao sadomasoquismo, uma menina com rosto angelical e bunda totalmente marcada, era amarrada com maestria por um homem.

Pela primeira vez, o Erotika Hot faz uma mostra de arte com fotografias, pinturas, colagens, design, moda, curtas e animações inspiradas pelo sexo. Com coordenação geral da promotora de eventos Clarissa Reche, tem ainda um lounge em homenagem ao mítico diretor de cinema americano dos anos 60 e 70, Russ Meyes, autor do lendário Faster Pussycat, Kill, Kill.

Mesmo não entrando na parte de show, dificilmente você sairá da feira sem ver alguém nu. As promoters dos stands fazem questão de desfilar suas formas invejáveis pelos corredores com a menor quantidade de pano possível e, para a alegria das mulheres e do público homossexual (e em nome da democracia) existem ainda os rapazes sarados de tanga. Ou seja, se você quer apimentar sua relação ou descobrir coisas que nem imaginava que existiam, ainda resta mais um fim-de-semana de atrações. Seguramente, um domingo lá é bem mais interessante do que ficar assistindo programa de auditório ou o replay do jogo Bangu x XV de Piracicaba, direto de Limeira.

Serviço
16ª Erótika Fair
16, 17 e 18 de Abril
Businnes: Das 15 às 23 horas, com entrada gratuita e aberta a todo o público MAIOR DE 18 ANOS
Hot: Das 17 às 23 horas. Ingresso único R$ 50,00, vendidos na bilheteria do pavilhão
Mart Center - Rua Chico Pontes, 1500 - Vila Guilherme - São Paulo

4 comentários:

Marcelo Tadeu disse...

Vou na 6ª ou no sábado, pois domingo tem São Paulo e Santos...

Petite Poupée disse...

Sem fotinhas desta vez? ahhhh

Claudio R S Pucci disse...

Petit, o Terra censurou....me dá seu e-mail que eu mando

Petite Poupée disse...

Ah Claudio, eu tenho dedinhos ávidos... eu vi ontem mesmo, é incrível como a curiosidade nos leva a descobrir o que se quer, né não?