terça-feira, 2 de março de 2010

Tamanho da camisinha também é documento

Publicado no Terra em março de 2010
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Uma empresa americana de preservativos e o famoso Instituto Kinsey de pesquisas na área sexual resolveram pesquisar como os homens estavam se entendendo com seus produtos e o resultado foi, fazendo um trocadilho besta, brochante. Dos 436 entrevistados, entre 18 e 67 anos de idade, 44,7% afirmou ter tido uma má experiência com as camisinhas, especialmente no tocante a tamanho. Isso porque lá, elas são vendidas nos tamanho grande, médio e extra-pequeno e nenhum macho que se preze vai, em sã consciência, adquirir um modelo P para seu brinquedo.

O que acontece é que na hora H, quando a camisinha é grande demais, escorrega, sai ou fica raspando no pênis, causando irritação na pele. Quando a camisinha é muito apertada, corre o risco de se romper e pode até mesmo prejudicar a ereção. A má escolha do preservativo mais do que dobra o risco de se contrair doenças venéreas e machucar o instrumento consagrado pelo uso. Segundo um dos pesquisadores, Richard Yarber, não é a mulher que tem inveja do pênis e sim, o homem e a recomendação geral foi criar mais campanhas de esclarecimento para que as empresas de preservativos alterem os nomes dos modelos, chamando a P de grande e as outras de Maxi alguma coisa.

No Brasil, existem hoje modelos para todos os gostos e formatos. Só uma das grandes marcas aqui atua com as opções Teen (de 44 mm de diâmetro), Extra e Extra Sensitivity (54 e 55 mm, respectivamente), Plus e Prolong (53mm) e Lite (com 52 mm). Ou seja, o cardápio é extenso, mas mesmo assim, o gerente de marketing da empresa afirma que, por questões psicológicas e de auto-estima, a Extra acaba sendo a campeã de venda e a Teen a menos vendida.

E não é só o tamanho que pode confundir a cabeça dos usuários, sendo assim, vale repassar alguns modelos mais usuais encontrados em farmácias e supermercados nacionais (verifique sempre se possui o selo certificador do Inmetro que garante boa qualidade do produto):

Aromas: ideal para o sexo oral, podem ser encontradas nos sabores morango, uva, hortelã, menta, chocolate, entre outros.

Efeito retardador: ótima para quem tem um probleminha para segurar o orgasmo e ejacula muito rapidamente (não estamos falando de ejaculação precoce e sim dos "apressados"). São feitas com 4,5% de benzocaína, substância anestésica, que retarda a ejaculação.

Espermicidas: dá uma proteção extra à relação pois contém um lubrificante que mata boa parte dos espermatozóides quando saem do pênis. Usar somente um gel espermicida, sem camisinha, não é 100% seguro e não evitará a gravidez indesejada.

Hot: este modelo possui um gel tanto na parte interna como externa da camisinha que dá a sensação de calor tanto no pênis quanto na vagina.

Lubrificadas: é o modelo mais usual vendido no mercado brasileiro e contém gel à base de água ou óleo de silicone que facilita a penetração e causa menos irritação às paredes da vagina. Os modelos não-lubrificados são recomendados apenas a aqueles que tem algum tipo de alergia a lubrificantes.

Sensíveis: quase todas as marcas tem a sua opção de camisinhas mais finas para aqueles que acreditam que o preservativo tire parte do prazer na hora da transa.

Texturizadas: podem possuir bolinhas, anéis, relevos etc e darão mais prazer na relação à mulher, já que estimulam a região vaginal.

É bom lembrar que a camisinha é fundamental para o sexo seguro. E se você quer realmente impressionar a dama na cama e não ter dores de cabeça nos dias seguintes, escolha um modelo mais apropriado ao seu pênis. É seu desempenho que deixará um sorriso no rosto dela e não se seu preservativo é tamanho super-mega-über-max-grande.

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