Mulheres prefeririam os homens falsos e narcisistas

Publicado no Terra em março de 2010
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O famoso adesivo para carros, "garotas boas vão para o céu, garotas más vão onde querem" parece também poder ser aplicado no universo masculino, já que uma universidade britânica mostrou que homens com QI mais alto dão mais valor à monogamia, enquanto no estado do Novo México, nos Estados Unidos, pesquisadores afirmam que os bad boys é quem levam grande parte das meninas.

Satoshi Kanazawa, da Escola Londrina de Economia e Ciências Sociais, estudou duas grandes pesquisas americanas que averiguavam as atitudes sociais e o QI de jovens e adultos. Segundo ele, empiricamente homens mais inteligentes buscam relacionamentos mais estáveis e valorizam a exclusividade sexual e essa correlação entre inteligência e monogamia faz parte da história da evolução humana, uma vez que o homem antigo era programado para ser promíscuo. O fato de se aliar a apenas uma mulher, passar sua bagagem cultural para as gerações futuras e adotar um novo modelo de comportamento são características do homem inteligente. O estudo ainda apontou que o liberalismo e o ateísmo também são características evolucionárias dos homens de QI superior.

Por outro lado, homens que tem a "tríade negra": narcisismo, busca pela emoção e falsidade, são aqueles com maior chance de ter relações sexuais. Peter Jonason, autor de um estudo a respeitio do assunto, acredita que esses também sejam traços evolucionários e inerentes aos homens, por isso alguns caras não conseguem deixar de se comportar mal. Para chegar a essa conclusão, ele realizou testes de personalidade em 200 alunos de uma faculdade, solicitando que ranqueassem a eles mesmos nas características da "tríade negra". Depois eles foram questionados a respeito de sua vida amorosa, incluindo sexo casual e affairs mais breves. E assim, os que estavam mais bem colocados em termos das características eram os que tinham uma vida sexual mais intensa e procuravam mais relações de curta duração.

O mais interessante é que David Schmitt da Universidade de Peoria em Illinois, entrevistou 35 mil pessoas em 57 países e chegou ao mesmo resultado. Ou seja, se o objetivo da sua vida é ser como James Bond, então aparentemente, você está no melhor caminho.