segunda-feira, 22 de março de 2010

Porque as "bad girls" são tão atraentes a nós, homens

Publicado no Terra em março de 2010
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Todo mundo sabe que Sandra Bullock ganhou um Oscar e perdeu o marido. Seu casamento com o especialista em motocicletas, dublê e homônimo de bandido (real) de faroeste Jesse James acabou quando se descobriu que o cara mantinha um affair de 11 meses com a "modelo" Michelle "Bombshell" McGee. Se você não sabe, "Bombshell" no dicionário Michaelis está como "pessoa ou coisa atordoante, surpreendente ou devastadora". Michelle, ex-Miss Tatoo USA, é um pouco de tudo isso, mas também é a personificação do que os americanos consideram "trashy", ou como nós brasileiros chamamos em - não resisto a fazer a piada - bom português, bad girl.

A menina é tatuada da cabeça aos pés, posa sempre de maneira sexy, adora uma roupa de couro e até fotos dela com trajes nazistas a imprensa americana já escavou no meio dessa confusão toda. A pergunta que fica no ar para todos é: por que trocar a namoradinha da América, a bonita e elegante Sandra por uma ilustrada Michelle? Tudo bem que temos que considerar que Jesse James não tem assim o melhor histórico quanto a escolhas pessoais. Antes de Bullock, foi casado com a atriz pornô Janine Lindemulder e tem uma guerra judicial com a ex envolvendo a guarda da filha do casal. Só que a gente tem que admitir que as bad girls mexem com muitos fetiches masculinos.

Em primeiro lugar elas parecem ser livres de convenções antiquadas. A impressão que passam é que fazem o que der na cabeça, desde que isso as satisfaçam. No caso de Michelle McGee, como o site AskMen apontou, ela tem tatuagem até no rosto, o que demonstra que não está nem aí para o que os outros vão pensar. Isso é atraente para muitos homens? Sim. E vamos deixar claro que não existe nenhuma correlação entre ter tatuagem e não ter padrões morais. Isso já foi enterrado nos últimos dez anos, por mais que sua mãe e sua avó não concordem.

Depois vem a fantasia que garotas com atitudes mais rebeldes vão ser bem melhor na cama. Leia de novo, fantasia. Porque na cabeça de nós, machos, as chamadas garotas de família parecem que só irão para o rala e rola depois de um certo investimento financeiro na noitada ou que você terá que ter vários jantares/cinema/programas românticos para conseguir marcar o gol. As bad girls não. Como são "livres" e fazem o que querem, se estão a fim, o (bom) sexo está garantido.

Pense bem, estamos então falando de meninas que aliam a sensualidade de uma atitude com uma sexualidade latente (pelo menos nas nossas cabeças). Dá para se resistir a isso? É difícil. E aí vem a terceira parte: tudo tem a ver com o ego. Nenhum cara que se preze resiste a contar para os amigos que teve uma noite inesquecível com uma bad girl, especialmente se o corpo da menina for espetacular. Aliás, mesmo que não seja, a lenda sempre é maior que a realidade.

O que ninguém considera, porém, é que somos bombardeados com essa imagem de que bad girls são sinônimo de sexo desde a tenra idade. Quem ainda se lembra quando Angelina Jolie não era a boa moça de hoje, sabe que ela despertava um desejo enorme nos homens pelas suas atitudes sem limites, suas falas desconcertantes e seu corpo tatuado. Quem viu Tila Tequila na MTV, mignonzinha, safadinha e abertamente bissexual também sabe o que eu falo. Indo mais longe ainda, nos anos 60 haviam as "vixens", aquelas meninas de cabelo "Cleópatra" que sempre usavam calças justas pretas e decotes escandalosos e foram imortalizadas no filme, trash diga-se de passagem, Faster Pussycat Kill Kill, de Russ Meyer, em 1965. Elas eram bad girls. Assim como as pin-ups dos anos 50, com Betty Page como sua maior representante.

Com todos esses elementos, não dá para se negar que gostamos mesmo das trashies bad girls. Se elas são motivo para se arriscar um casamento, aí não sei. Tudo depende da sua satisfação pessoal, emocional e sexual com sua dileta esposa. Se a coisa está mais ou menos, você pode acessar, por exemplo, o site Trashy.com e escolher um modelito para sua parceira usar e apimentar a sua noite. Transformar sua esposa em uma bad girl entre quatro paredes pode ser uma boa ideia. Lembre-se que Jesse James aprendeu na marra - e não resisto a fazer piada com seu nome de bandido - que o crime não compensa.

8 comentários:

Marcelo Tadeu disse...

Sei não... Tem muita fantasia na cabeça do homem (e da mulher também!).
Tem a hora da Michelle McGee e tem a hora da Sandra Bullock... Ou seja, tal qual o grande Roger (Ultraje), eu gosto é de mulher!

Vivian disse...

Sim, mas como vc administraria as duas??? Por isso ele perdeu uma, né!

Regiane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Regiane disse...

Gostei da análise foi realista e divertida!!!Eu sou mais eu, mesmo sem tatoo ou calça de couro...rsrsrs

Marcelo Tadeu disse...

Vivian: em nenhum momento foi citado "relacionamnto sério"...

Vivian disse...

Sim, mas no caso dele era casado, tinha um relacionamento sério. E não soube manter a "amante" em sigilo. Coisa que muitos fazem bem!
E vc Marcelo? Teria um relacionamento sério com uma mulher tipo a Michelle McGee.

Petite Poupée disse...

Até acho que uma tatoo dorsal de um dragão numa pele lisinha e jovem possa chamar positivamente pro sexo, até mais que um piercing vaginal que é quase um grito histérico. Não me parece o caso de fadinhas, borboletinhas, estrelinhas e outras coisa fofas tão em moda na mulherada e nada sex, ao me ver.
Mas alguém que queira "mostrar atitude" fazendo uma tatoo, só vai mostrar uma coisa: que fez um tatoo, ponto!

Marcelo Tadeu disse...

Relacionamento sério... Tema complicado... Não sei absolutamente nada dessa Michelle McGee e olhando de cara: Não... Acho que não teria... Talvez...

- Petite: falou tudo!!