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Andando pelos corredores você começa a notar também que está realmente em um evento diferenciado. Para começar, não importa onde você vá, todos lhe olham atentamente na esperança que você seja alguém famoso. Seu corpo é totalmente escaneado, da cabeça aos pés ou como disse um rapaz ao passar por mim em uma fila: "Todo mundo aqui só me mede". E fila, aliás, é o que não falta, porque as pessoas querem pegar um lugar decente no próximo desfile (as disputadíssimas fileiras A) e todos os jornalistas e fotógrafos desejam entrar arduamente nos camarins das marcas e conseguir colher alguma informação essencial de backstage. Além, é óbvio, de entrevistar algum personagem famoso do mundinho.
Outro detalhe importante para um cara como eu que nunca havia visto qualquer coisa desse tipo é a quantidade de gente bonita, incluindo as jornalistas de moda, que são realmente muito gatas e interessantes, mesmo porque as modelos em si decepcionam. Para começar modelo não sorri. Mesmo quando estão correndo pelos corredores para se aprontar para o próximo desfile, elas fazem aquela cara de "tô enjoada" assim que qualquer câmera seja apontada para seu rosto. Se estiverem com qualquer expressão facial, esta desaparece ao menor sinal de clique. E mais, a finura das pernas das meninas (algumas menores que a largura do meu pulso) desanima qualquer heterossexual que acredita que sempre tem que ter algo para pegar no corpo feminino.
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