quarta-feira, 1 de julho de 2009

Polêmica e criativa, HBO completa 15 anos no Brasil

Publicado no Terra em julho de 2009
Link

Para uns ela é sinônimo de programação de qualidade. Para outros, garantia de programas polêmicos e realistas. Assim é a Home Box Office, empresa do grupo Time-Warner, que completa 15 anos de transmissão no Brasil nesta quarta-feira (1º).

Transmitida inicialmente pela TVA e pela (extinta) Direct TV e hoje parte integrante da programação premium das operadoras brasileiras de TV por assinatura, a HBO teve um longo caminho até aportar em terras tupiniquins. Em 1965, Charles Dolan conseguiu uma licença para explorar um serviço de transmissão por cabo na ilha de Manhattan, Nova York, tendo a Time-Life como detentora de 20% de sua empresa.

Originalmente chamada de Sterling Manhattan Cable e posteriormente de Green Channel, acabou sendo rebatizada de Home Box Office em 1972 (sendo que o primeiro filme apresentado ao público sob essa nova sigla foi Uma Lição para Não Esquecer, de 1970, com Paul Newman e Henry Fonda). Com poucos assinantes e dando prejuízo, a empresa foi totalmente adquirida pelo gigante da mídia em 1973.

No princípio ao mesmo tempo em que a HBO conseguia uma quantidade absurda de assinantes, via sua base ir pelo ralo, já que o cancelamento também era enorme, uma vez que o público cansava-se de ver os mesmos filmes na programação diária. Assim, em 1981, a emissora passou a transmitir 24 horas por dia, 7 dias por semana, revertendo a curva descendente.

Dois anos depois vem um passo decisivo para a HBO, quando transmite sua primeira produção original, The Terry Fox Story. Foi esse investimento que abriu as portas para arriscar em seriados e filmes mais ousados, amparados especialmente pelo fato da emissora, por ser exclusiva a assinantes pagos, ter uma política diferenciada em termos de publicidade e, assim, poder abordar temas como violência, sexo, palavrões e até mesmo profanação.

De lá para cá, o público pôde conferir premiados seriados e produções impecáveis como as quatro amigas em busca de amor e sexo de Sex and The City, a violenta e disfuncional Família Soprano, o historicamente realista Roma, western boca suja Deadwood - é recorde em palavrões por episódios -, o escandaloso The Ali G Show, criação do genial comediante inglês Sasha Baron Cohen, os eróticos Real Sex e G-String Divas, o poligâmico Big Love, o terror moderno True Blood e o consagrado e fidelíssimo retrato da II Guerra, com produção conjunta de Spielberg e Tom Hanks, Band of Brothers, entre muitas outros. Todos com a marca HBO.

No Brasil, a empresa produziu e transmitiu três minisséries espetaculares. Em 2005 veio Mandrake, em parceira com a produtora carioca Conspiração Filmes, baseado na obra e personagem de Rubem Fonseca. O projeto pioneiro foi estrelado por Marcos Palmeira, que fazia o mulherengo advogado criminal, que fazia perambulações não só pela alta sociedade carioca como também pelo submundo do Rio de Janeiro. Como recompensa a seu apuro técnico e dramático abocanhou uma indicação ao prêmio Emmy Internacional de Melhor Série Dramática.

Um ano depois foi a vez de Filhos do Carnaval, com direção de Cao Hamburguer (Castelo Ra-tim-bum e O Ano que Meus Pais Saíram de Férias) que mostrava a vida de um decadente bicheiro carioca, interpretado por Jece Valadão, e sua relação turbulenta com os filhos. Já em 2008 veio Alice, sobre uma garota de Palmas, que após a morte do pai em São Paulo, acaba descobrindo todos os diferentes e loucos aspectos da megalópole, tal qual sua homônima no País das Maravilhas.

Outro grande sucesso latino da HBO, transmitido inclusive para a Austrália e Polônia, é Epitáfios, seriado argentino que foca em um serial killer em busca de vingança contra os responsáveis pela morte de quatro estudantes.

Presente em mais de 150 países e com 40 milhões de assinantes nos Estados Unidos, a HBO é hoje um dos maiores componentes do grupo AOL Time Warner. Para 2010, sua grande estrela será The Pacific, produção de US$ 150 milhões da dupla Steven Spielberg e Tom Hanks, revisitando os cenários da II Guerra, mas desta vez, contra o inimigo japonês.

5 comentários:

Marcelo Tadeu disse...

Eu não sabia de toda essa histéoia não!?!!
Família Soprano e Deadwood = 10
Roma e Mandrake = 8
O resto não acompanhei.
Pelo jeito esse The Pacific promete...

MOSKNASOPA disse...

LAH TEM COISA (E MUITA COISA, SE EH QUE ME ENTENDEM) BOA: REAL SEX, G-STRING E BIG LOVE SAUM D+.

NAUM VI O FINAL DOS SOPRANOS E ME ARREPENDO MUITO.

SEX AND THE CITY NAUM GOSTEI. DESISTI NO COMEÇO.

Lílian P disse...

Encerrei minha conta de tv fechada, no começo achei que era uma vantagem ter mais canais, mas depois vi que , na verdade, tinha mais da mesma coisa. A HBO até que era bacaninha. Liga não Claudio, hj acordei me achando muito velha

Língua de trapo disse...

Que rasgação einh,teve valsinha?

Ivo Borges disse...

conhece a série The Office? Já comentou dela?