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Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock, efeméride transadinha criada depois que Bob Geldof organizou o Live Aid em 1985. Rock´n´roll e cinema tem uma história de amor e ódio. A sétima arte até entrou na onda desse ritmo frenético quando surgiu nos anos 50, mas enfrentou a reação enérgica dos pais, assustados com a sexualidade da música. No Brasil é famosa a história de Sementes de Violência de 1956, classicão com Glenn Ford e direção do ótimo Richard Brooks, que Jânio Quadros proibiu de ser exibido em São Paulo porque aparecia Bill Halley e seus Cometas cantando Rock Around the Clock. Nos anos 1970, vieram grandes documentários com bandas famosas como Woodstock, The Song Remain the Same, Gimme Shelter, entre outros e, nas décadas seguintes, foi a vez dos cantores tentarem se lançar no cinema (alguém ainda se lembra de Madonna peladona em Corpo em Evidência? Ou de Jagger e Dylan em um faroeste?). Ou seja, as duas artes andam lado a lado. E em homenagem ao ritmo que encanta há várias gerações, aqui vão 10 bandas surgidas nas telonas, algumas que até tentaram carreira no mundo real e outras que adoraríamos ter visto um show!
1. The Rutles: mega sacada do ex-Monty Python Eric Idle, tirando um tremendo sarro em cima dos Beatles no filme The Rutles: All You Need is Cash de 1978, depois do sucesso do sketche na TV. O documentário mostra a ascensão e queda da banda, desde seu início nos inferninhos alemães até a separação do grupo quando Nasty (ouLennon) se apaixona por uma artista neonazista (huuum…Yoko?) e apresenta músicas de ábuns como ‘Tragical History Tour’, ‘A Hard Day´s Rut’, ‘Ouch’, entre outros. A paródia teve a benção dos Beatles (e produção de George Harrison), gerou álbuns e mais álbuns (inclusive ‘Archeology’ em homenagem ao ‘Anthology’) e uma continuação, The Rutles 2: Can´t Buy Me Lunch. Participam da brincadeira Mick Jagger e Paul Simmon.
2. Spinal Tap: a comédia favorita de nove entre dez roqueiros, Isto é Spinal Tap é um falso documentário (ou mockumentary) mostrando a turnê da “banda inglesa mais barulhenta do mundo” pelos Estados Unidos em uma série de shows fracassados e clipes geniais. Duas cenas que marcaram história: o guitarrista Nigel Tufner mostrando que seu amplificador vai até o ’11′ e não dez, e a banda perdida nos bastidores de um show, sem conseguir chegar ao palco, porque os corredores parecem um labirinto.
3. The Commitments: mais um que começou nas telas e tentou ter vida própria fora delas, tendo vindo inclusive para o Brasil (num show ótimo, onde os cantores se divertiram mais que a platéia). O filme de 1991, dirigido por Alan Parker, traz a tentativa de um jovem em formar uma banda de soul music na Irlanda. Muitas piadas ótimas sobre como um bando de branquelões conseguiriam cantar algo genuinamente negro e uma trilha repleta de grandes músicas (potencializadas especialmente pelo vozeirão a la Joe Cocker do vocalista Andrew Strong). Vale também pelo toque de humor negro na cena onde, num hospital após um acidente com o baixista, eles começam a discutir se ficariam famosos se o colega morresse e discorrem sobre como grandes artistas faleceram.
4. The Wonders: a simpática e nada memorável estréia de Tom Hanks na direção também foca em bandas juvenis, mas desta vez em 1964, no auge da Beatlemania (em quem o filme se inspirou). Tem Liv Tyler, tem Hanks e tem a baladinha bacana ‘That Thing You Do’.
5. Stillwater: Quase Famosos é um filme obrigatório para quem gosta de rock e quer entender um pouco mais do cenário musical dos anos 70. O diretor Cameron Crowe se baseou na experiência que teve em escrever para a revista Rolling Stones aos 16 anos de idade e criou um pequeno clássico, cheio de referências pop (para começar o nome da personagem de Kate Hudson é Penny Lane). Já o rockeiro real Peter Frampton compos as músicas do Stillwater, o grupo focado na história e baseado no Allman Brothers, e ainda ensinou Billy Crudup a tocar guitarra. Quer mais? A trilha tem ainda Elton John, The Who e Led Zepellin.
Extra: duas menções honrosas
a. Ming Tea: a banda do indefectível agente secreto inglês Auston Powers merece estar aqui, especialmente graças à música ‘Daddy Wasn´t There’ de Goldmember.
b. POP: Música e Letra é mais uma daquelas comediazinhas româticas idiotas e óbvias, mas sua abertura se torna genial e impagável graças a Hugh Grant tirando uma de George Michael dos tempos de Wham! com o grupo POP e a canção ‘POP Goes My Heart’. OK, não é rock, mas a caracterização é ótima!
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