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Ele era chamado de rei do cool. Estiloso, quieto, com um olhar de meninão e traços de homem, Steve Mcqueen foi o grande astro de filmes de ação dos anos 60 e 70 em produções como Inferno na Torre, Sete Homens e um Destino, Bullit e Fugindo do Inferno. Vinte e nove anos depois de sua morte, McQueen ainda inspira grandes designers e o modo de se vestir masculino.
Na vida real, Steve era a epítome do homem aventureiro. Ex-mariner, atlético, adorava carros e motos e ainda dispensava dublês em cenas de ação nas telas, para desespero dos produtores e diretores. O mais interessante é que se vestia de uma forma casual, sóbria, sem exageros, sempre com tons mais apagados, já que não era a roupa que merecia o destaque e sim a pessoa. Lançou moda como os óculos escuros, botinas, ternos mais justos, longcoats mais esportivos, malhas em gola rolê, calças cáqui, suéteres em gola V e camisas pólo. Além de óbvio do indefectível trio: calça jeans, camiseta e jaqueta de couro aviador. Na verdade, nada mais fez do que dar masculinidade a roupas anteriormente consideradas apenas para esportistas.
É por essas e outras que a Dolce & Gabanna lançou uma linha de camisetas decoradas com figuras dos anos 60 e 70 inspiradas em Mcqueen em seu filme Crown, O Magnífico. A rede de lojas americana J. Crew também emula o ator nas nova coleção para homens, enquanto a Gucci desenvolveu em 2008 um visual baseado no lado de corredor de automóveis do ídolo. Até mesmo a Hermés se rendeu aos encantos de Steve em sua coleção de malas e mochilas, a Rolex já teve um modelo chamado McQueen e a Tag Heuer e a Persol ressucitaram um relógio e o óculos escuro aviador identificado com ele. E a Johnson Motors, criadora da motocicleta modelo Triumph que Steve tanto gostava de andar, lançou sua coleção McQueen.
Alguns gritam que por McQueen ainda inspirar tantos estilistas, o mundo precisa de novos ídolos, mas como colocar em cheque uma figura tão carismática e masculina como ele? Justamente por ter vivido e interpretado seguindo o lema que menos é mais, dificilmente o estilo do ator morrerá tão cedo. Até mesmo seu filho, Chad McQueen disse recentemente ao Wall Street Journal que seu pai estranharia essa devoção, por ter sido uma pessoa humilde e por nunca ter se levado tão a sério. E isso sim, é ser cool.
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