domingo, 10 de maio de 2009

Relembre 10 cenas inesquecíveis dos musicais do cinema

Publicado no Terra em maio de 2009
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Quando os musicais eram sinônimos de grandes bilheterias, os estúdios passaram a investir em coreografias ousadas e até efeitos especiais para atrair o público. E era possível dividir o gênero em dois grandes estilos: o suave e elegante de Fred Astaire e a dança mais física de Gene Kelly. Por mais que os filmes musicais hoje sejam raridade, essa tradição ainda aparece nos representantes do gênero. E é essa ousadia e criatividade que faz com que, até quem não goste de música em filmes, curta o momento. Confira:

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Astaire sobe as paredes: em Núpcias Reais, um Fred Astaire apaixonado começa a dançar no seu quarto e de repente sapateia subindo as paredes, faz evoluções no teto para depois voltar à posição original. A idéia, concebida pelo dançarino, foi colocar o câmera em uma gaiola que girava junto com o cenário e o efeito é deslumbrante.

Gene Kelly dança na chuva: a cena clássica e muito conhecida por todos é talvez uma das maiores demonstrações de felicidade que alguém colocou em uma dança. Mais uma vez, a paixão e o amor faz uma homem ir às raias na loucura, dançando e cantando debaixo de uma tempestade. Detalhe: a música, Singin' in the Rain não era inédita quando o filme foi produzido.

Donald O'Connor vai à exaustão: em Cantando na Chuva o grande e desprestigiado Donald O'Connor faz loucuras físicas no número "make them laugh", unindo humor e dança de uma maneira magistral. O artista foi parar no hospital depois de realizá-la. A melhor maneira de impressionar seis meninas: em Sete Noivas para Sete Irmãos, os seis irmãos Pontipee decidem se casar depois que o mais velho arrumou uma esposa. A cena da festa da comunidade onde dançam para conquistar seis meninas e ainda têm como concorrentes seis homens locais é um show de coreografia e o ponto alto do filme.

A guerra dos sexos com música e dança: Amor Sublime Amor conta a história de Romeu e Julieta no West side de Nova York, colocando americanos contra os porto-riquenhos. Na música America, as mulheres latinas cantam um Estados Unidos bonito e justo, enquanto os homens discorrem sobre as injustiças americanas, numa das canções mais legais feitas em um musical.

Aretha Franklin grita com o marido: Os Irmãos Cara-de-Pau foi um grande clássico de 1980 que ressucitou a carreira de muito artista de primeira que estava no ostracismo. A grande dama do soul music, Aretha Franklin, dá uma bronca danada no marido vivido por Matt "Guitar" Murphy na memorável canção Think. Destaque para a coreografia ridícula de Dan Aykroid e John Belushi.

Robert Preston se traveste: não existe comédia musical mais hilária que Vitor ou Vitória, de Blake Edwards sobre o cenário gay na Paris dos anos 1920 e uma cantora que se apresenta como um homem travestido de mulher. A cena final com Robert Preston vestido de espanhola e tentando repetir a coreografia da pequena e leve Julie Andrews foi totalmente improvisada e feita sem ensaios. É de chorar de rir.

John Travolta se torna pop: Os Embalos de Sábado à Noite é um marco na história do cinema e da cultura pop por transformar a discoteca em moda no mundo inteiro. As coreografias de Tony Manero, vivido por John Travolta, tem coreografias tão incríveis que até hoje é muito legal ver o ator rebolando em qualquer filme.

Roxanne vira um tango: um filme que divide opiniões, uns amam e outros odeiam, mas que tem as adaptações musicais mais criativas de todos os tempos é Moulin Rouge de Baz Luhrman. Ao transformar o clássico Roxanne, do Police, em um tango, mostra uma das cenas musicais dramáticas mais fortes de todos os tempos.

Mulheres que odeiam homens: The Cell Block Tango é talvez a melhor cena musical de Chicago graças ao seu humor negro de primeira e ritmo com prisioneiras explicando porque mataram seus maridos ou amantes com a justificativa de que eles tiveram o que mereceram.

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