Link
Pouca gente no mundo tem a habilidade e maturidade para conseguir lidar com as DRs e ainda saírem ilesas de uma. As diferenças naturais entre homens e mulheres fazem com que as discussões acabem em intermináveis bate-bocas e posições inflexíveis. Recentes estudos americanos resolveram abordar alguns aspectos desse assunto como porque cada um tem uma lembrança diferente de sua posição (e a do parceiro) em brigas, como a coisa pode ser resolvida mais construtivamente e ainda os efeitos de um parceiro que apoia demais o outro. Veja abaixo a que conclusão eles chegaram.
1) O uso de "nós" e "nosso" garante brigas mais tranquilas.
O estudante de psicologia da Universidade da Califórnia Benjamin Seider mostrou, recentemente, que quando em um casamento ou relacionamento formal o parceiro usa as palavras "nós" e "nossos" em conflitos, acabam projetando uma atitude mais positiva que aqueles que descarregam "eu", "você", "meu" e "seu", já que transmitem que os dois são aliados e não concorrentes em um problema. O estudo envolveu 154 casais de meia-idade que estivessem em seu primeiro casamento. Em laboratório, eles passaram por uma discussão de 15 minutos sobre algum conflito marital enquanto eram monitorados em termos de batimentos cardíacos, temperatura do corpo, nível de sudorese, entre outros fatores. De qualquer maneira, como o teste foi feito em ambiente controlado e as pessoas podiam estar resguardando suas emoções, mais pesquisas nesse sentido deverão ser realizadas. Mas, convenhamos, já é um bom começo para se lidar com uma briga de casal.
2)Personalidade influencia na memória afetiva de uma discussão.
Você já deve ter passado por uma situação onde, no meio da discussão, seu parceiro ou parceira começa a citar a sua atitude em outra DR e você passa a tentar mostrar que não agiu dessa ou daquela maneira naquele momento passado. Pois é, seu companheiro ou companheira não está difícil ou tentando lhe detonar um pouco mais. Três cientistas em psicologia, Jeffry Simpson, da Universidade de Minnesota; W. Steven Rholes, do Texas A&M University; e Heike A. Winterheld, da Universidade Estadual da Califórnia, provaram que seu grau de conexão e dedicação ao relacionamento vai influenciar em como você se lembra de eventos afetivos. Pessoas mais esquivas em termos da relação, aquelas que limitam a intimidade e valorizam o controle a independência durante um relacionamento se veem como menos apoiadoras e incentivadoras do que realmente foram no momento da discussão, enquanto aquelas mais abertas e menos ansiosas, que prezam a vida a dois e a intimidade, se acham mais próximas e compreensivas do que realmente foram quando estavam discutindo algum assunto polêmico. Ou seja, pessoas não respondem à relação pelo que falam, ouvem e agem e sim pelo que colocam como objetivos na vida amorosa.
3)Apoio errado pode causar mais confusão do que benefícios
Todo mundo já deve ter se cansado de ouvir que quando um casal tem problemas, o melhor é um apoiar o outro. O que não contaram é que tipo de suporte deve ser dado, porque um estudo da Universidade de Iowa mostrou que muito apoio ou apoio errado podem por tudo a perder. E para a coisa não chegar a um nível péssimo, muito diálogo deve aparecer no dia a dia, porque concluíram que a satisfação marital acontece quando o marido recebe o apoio certo para seu problema e quando a esposa pede pelo apoio correto ao seu (ao invés de esperar que o parceiro saque qual ela está precisando). Depois de entrevistar 103 indivíduos, os pesquisadores dividiram os tipos de apoio em quatro: físico/emocional (ouvir, abraçar, pegar na mão), apreço (expressar orgulho e confiança no outro), informativo (dar conselhos ou buscar informações para a resolução do problema) e tangíveis (assumir certas responsabilidades para ajudar o parceiro). Como a cada hora precisamos de um ou mais tipos diferentes de suporte, o melhor é perguntar como você pode ajudar ou dizer que tipo de ajuda precisa. Fácil, não é?
Um comentário:
Os caras precisaram de 154 casais e depois mais 103 indivíduos para chegar a uma conclusão... As dicas são boas, mas de quantas relações, discussões ou encarnações precisamos para começar a entender a parceira e ter habilidade e maturidade para tirar de letra uma DR???
Postar um comentário