sexta-feira, 4 de junho de 2010

Consultora lança coleção inédita de manuais de vibradores

Publicado no Terra em junho de 2010
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Há aquelas que os ama e as que os odeiam. Para as primeiras, vibradores são acessórios indispensáveis tanto para o prazer individual, como a dois e algumas até o batizam com nomes de seus ídolos. Para o outro grupo é algo inconcebível, frio, que não substitui um homem.

A estimulação vaginal com acessórios, reza a lenda, existe desde o tempo de Cleópatra e durante séculos foi usada no tratamento da Histeria Aflitiva Feminina, já que se acreditava que a única maneira de tratar e curar o distúrbio era através de orgasmos regulares. Primeiro isso foi feito com jatos d´água na vagina, depois um médico inglês criou em 1880 uma máquina enorme só para esse fim.

O modelo manual e portátil apareceu em 1902, e em 1917 haviam mais vibradores do que torradeiras nos lares norte-americanos. Com a revolução feminina na década de 1970 a coisa meio que pegou, e nos anos 1990 a venda aumentou drasticamente nos sex shops. No Brasil, é a terceira categoria de produtos mais vendidos, representando 16% das vendas.

Acontece que dificilmente quando uma mulher vai adquirir o seu, ganha uma aula de utilização do brinquedo. Vendedores em lojas especializadas não explicam muito como usar e conservar um vibrador, e muita gente acaba fazendo errado, causando frustração e dor. "É muito interessante poder pensar no prazer que um vibrador pode proporcionar. Entretanto, escolher um vibrador pode ser qualquer coisa, menos uma tarefa das mais simples. Depois da escolha começam outros dilemas. Como usar? Como cuidar e como guardá-lo? Parou de funcionar e agora? Estas perguntas sempre surgem para quem tem um vibrador", disse a consultora Paula Aguiar, autora de quatro livretos, inéditos no mundo, que explicam detalhadamente como tirar o melhor do acessório.

A coleção chamada My Vibe trata dos quatro tipos mais famosos de vibradores, explicando as características de cada um, vantagens e desvantagens de cada modelo, cuidados na conservação e até dicas de utilização para uso a dois. Veja a diferença entre cada tipo:

Vibradores reais: são aqueles moldados de um pênis verdadeiro com veias, curvas e em alguns, até o escroto. É o predileto das mulheres brasileiras porque recria as sensações do sexo anal e vaginal. Podem ser rígidos, em silicone, elastômero, jelly rubber (não muito recomendável porque possui materiais cancerígenos na sua composição) ou cyberskin, que imita a textura da pele humana.

Vibradores Personal: elaborados em plástico ou metal, são aqueles com formato que lembra um obelisco, geralmente lisos. É o modelo mais fácil de limpar. Podem receber inúmeros acessórios como capas com variados relevos e anéis, companheiros para dupla penetração.

Vibradores Rabbit: o modelo que ganhou o mundo depois de aparecer na série Sex and The City, quando Miranda adquire um e não sai mais de casa, é estrela em feiras eróticas. Possui um estimulador de clitóris em formato de coelho (daí o nome) e proporciona duplo prazer (pela vagina e pelo clitóris). Alguns modelos possuem cabeça giratória.

Vibradores Bullet: em formato de cápsula ou de uma bala de revolver, é o vibrador mais popular do mundo graças a sua forma de utilização simples e pela vibração potente. Pode ser usado no clitóris, para estimulação das zonas erógenas e também acoplado a vários acessórios como os anéis penianos, massageadores e estimuladores. A cada semestre, novos modelos aparecem nas vitrines das sex shops.

A coleção My Vibe está sendo lançado no 6º Salão Erótico de Portugal que acontece de 4 a 6 de junho e pode ser adquirido pelo site da consultoria Atena. Cada livreto possui 52 páginas e custa apenas R$ 12. Se você é daquelas que acha que ninguém lê manual de instrução, é bom rever seus conceitos. No final das contas, seu prazer só tende a aumentar.

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